Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje voltei a ter um dia muito preenchido, onde fiz muitos exercícios e dei continuidade ao trabalho que tem vindo a ser feito.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, como a pedaleira de braços estava ocupada, assim como as barras, decidi ir até ao degrau do ginásio para o pátio e estive a tentar subir o degrau sem qualquer apoio, no início precisei sempre de dar um pequeno toque na porta, mas depois comecei a dar bem o impulso para subir e consegui sem me apoiar, estive a fazer este exercício durante bastante tempo, depois agarrei na canadiana e comecei a andar aos círculos, subindo e descendo o degraus usando apenas a canadiana, correu muito bem, o último exercício que fiz ali no degrau foi a descer o degrau encostado ao lado direito, descia com a canadiana na mão esquerda e com a mão direita apoiada no aro da porta, já tinha tentado descer desta maneira e não tinha conseguido porque o apoio do lado direito não me dá confiança nenhuma, mas hoje consegui, a seguir fui até ao corredor grande, quando lá cheguei encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, fui tendo sempre em atenção o baloiçar dos braços, o tamanho dos passos e fui tentando olhar em frente, percorri o corredor para os dois lados, depois percorri novamente o corredor para os dois lados, mas desta vez a andar aos ziguezagues, a seguir fui até ao fundo do corredor para depois voltar a andar de costas, correu bastante bem e consegui dar bastantes passos seguidos sem me apoiar, entretanto chegou lá a terapeuta e montou um percurso bastante apertado que tive de percorrer a andar aos ziguezagues com a canadiana, na primeira vez tive de andar de frente e nos espaços mais apertados junto às paredes precisei de passar a andar de lado, fiz todo o circuito para os dois lados, a seguir voltei a fazer todo o percurso, mas desta vez para a andar para a frente até à parede do lado direito e a seguir de costas até ao outra parede, sempre sem tocar nelas nem nos objectos do circuito, por último fiz todo o percurso a andar sempre de costas, quando acabei voltei para o ginásio, ao chegar lá a terapeuta disse-me para o atravessar para os dois lados a andar sem apoios, a seguir disse-me para andar de lado, mas nessa altura disse-lhe para se aproximar de mim, preciso de me sentir confiante para conseguir andar assim sem apoios e ainda precisei de me apoiar duas vezes nela, mas só para evitar dar um passo em frente, para finalizar o treino a terapeuta deu-me a canadiana e disse-me para andar o mais rápido que conseguia, é claro que ainda ando bastante devagar, acelerei o máximo que conseguia, a prótese esquerda até avança rápido, no entanto a direita como não tenho coto nenhum é mais difícil, faço o movimento da anca, mas a velocidade é sempre a mesma, atravessei o ginásio três vezes a andar o mais rápido que conseguia, quando acabei já me doía bastante a lombar do lado direito por causa do esforço que fiz para avançar a prótese do lado direito mais depressa, acabei nessa altura o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, com bastantes exercícios, tenho vindo a andar mais só com uma canadiana porque é essa a forma como irei andar na rua, deixando definitivamente uma canadiana quando ando na rua, tal como já faço quando vou para a fisioterapia. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Candidatura para o "Querido mudei a cozinha"
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Fisioterapia 187º dia (06 - 12 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje tive mais um dia diferente, com um pequeno passeio pelo meio e no fim a terapeuta fez-me uma pequena avaliação.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras onde fiz o aquecimento habitual, subi para cima da tábua de Freemen e fui treinando o equilíbrio, a seguir agarrei na bola e comecei a manda-la contra a parede, hoje também voltei a fazer aquele exercício de rodar a bola à volta da cintura sempre que a mandava uma vez à parede, estes exercícios correram bastante bem, depois encostei a tábua e a bola e estive a andar um pouco de lado ali nas barras, quando acabei todos os exercícios nas barras agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, quando lá cheguei encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, percorri o corredor todo para os dois lados, a seguir fui andando aos ziguezagues no corredor, entretanto chegou lá a terapeuta com uma amputada e fomos os três dar um pequeno passeio pela rua, eu fui com a canadiana, saímos do pavilhão e subimos a rampa, eu subi sem me apoiar no corrimão, no cimo da rampa virámos à esquerda e seguimos por cima do pequeno passeio encostado à parede, aquele passeio tem o piso muito irregular, mas consegui andar sem grandes dificuldades, quando chegámos a uma parte com uns bancos, a senhora amputada sentou-se e eu dei uma volta pelo meio dos carros com a terapeuta, alguns dos carros estavam bastante encostados, por isso tive de passar de lado, a maior dificuldade que tive fui numa parte em que o piso era ligeiramente a descer e tive de o descer a andar de lado, estava muito inseguro, mas acabei por conseguir, a seguir demos outra volta os 3, passámos por trás de uns bancos, onde tinha uma pequena valeta para a água escorrer, nessa parte eu fui andando com um pé de cada lado, no entanto quando tive de dar a volta fiquei com algum receio, uma vez que não sabia bem como fazer, ou rodava bastante a prótese esquerda para a apoiar no mesmo lado da direita, o que era bastante arriscado, ou então recuava uma das próteses, foi o que acabei por fazer, recuei a direita e depois já consegui sair daquela parte, a seguir fizemos o caminho de regresso para o pavilhão, voltámos na mesma por cima daquele passeio e a rampa desci-a apoiado à parede, correu bastante bem, quando entrámos no pavilhão fui com a terapeuta para o corredor grande, ela meteu várias cadeiras de rodas no meio do corredor e eu tive de ir andando conforme ela me pedia, umas vezes de frente, outras de lado e também de costas, sempre à volta das cadeira, cheguei mesmo a dar voltas completas a andar de costas e de lado, consegui fazer tudo bastante bem, por fim pediu-me para ir andando normalmente pelo meio do corredor, nessa altura ela foi avaliando a forma como ando, o tamanho dos passos, se um é maior do que o outro, o movimento dos braços e se olho muito para o chão, também foi avaliando a forma como trabalho com o joelho da prótese esquerda e a forma como apoio os pés no chão, foi avaliando todos os pormenores, ela disse-me que até estou bastante bem, apesar de alguns problemas que eu próprio me apercebo, como é o caso de dar um passo maior com a prótese esquerda do que com a direita, com esta pequena avaliação acabei o meu dia de fisioterapia.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi bastante positivo, um pouco diferente do habitual e com esta pequena avaliação no fim, tenho consciência de todos os erros que cometo e tenho-os vindo a corrigir, só preciso de dar continuidade. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje tive mais um dia diferente, com um pequeno passeio pelo meio e no fim a terapeuta fez-me uma pequena avaliação.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras onde fiz o aquecimento habitual, subi para cima da tábua de Freemen e fui treinando o equilíbrio, a seguir agarrei na bola e comecei a manda-la contra a parede, hoje também voltei a fazer aquele exercício de rodar a bola à volta da cintura sempre que a mandava uma vez à parede, estes exercícios correram bastante bem, depois encostei a tábua e a bola e estive a andar um pouco de lado ali nas barras, quando acabei todos os exercícios nas barras agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, quando lá cheguei encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, percorri o corredor todo para os dois lados, a seguir fui andando aos ziguezagues no corredor, entretanto chegou lá a terapeuta com uma amputada e fomos os três dar um pequeno passeio pela rua, eu fui com a canadiana, saímos do pavilhão e subimos a rampa, eu subi sem me apoiar no corrimão, no cimo da rampa virámos à esquerda e seguimos por cima do pequeno passeio encostado à parede, aquele passeio tem o piso muito irregular, mas consegui andar sem grandes dificuldades, quando chegámos a uma parte com uns bancos, a senhora amputada sentou-se e eu dei uma volta pelo meio dos carros com a terapeuta, alguns dos carros estavam bastante encostados, por isso tive de passar de lado, a maior dificuldade que tive fui numa parte em que o piso era ligeiramente a descer e tive de o descer a andar de lado, estava muito inseguro, mas acabei por conseguir, a seguir demos outra volta os 3, passámos por trás de uns bancos, onde tinha uma pequena valeta para a água escorrer, nessa parte eu fui andando com um pé de cada lado, no entanto quando tive de dar a volta fiquei com algum receio, uma vez que não sabia bem como fazer, ou rodava bastante a prótese esquerda para a apoiar no mesmo lado da direita, o que era bastante arriscado, ou então recuava uma das próteses, foi o que acabei por fazer, recuei a direita e depois já consegui sair daquela parte, a seguir fizemos o caminho de regresso para o pavilhão, voltámos na mesma por cima daquele passeio e a rampa desci-a apoiado à parede, correu bastante bem, quando entrámos no pavilhão fui com a terapeuta para o corredor grande, ela meteu várias cadeiras de rodas no meio do corredor e eu tive de ir andando conforme ela me pedia, umas vezes de frente, outras de lado e também de costas, sempre à volta das cadeira, cheguei mesmo a dar voltas completas a andar de costas e de lado, consegui fazer tudo bastante bem, por fim pediu-me para ir andando normalmente pelo meio do corredor, nessa altura ela foi avaliando a forma como ando, o tamanho dos passos, se um é maior do que o outro, o movimento dos braços e se olho muito para o chão, também foi avaliando a forma como trabalho com o joelho da prótese esquerda e a forma como apoio os pés no chão, foi avaliando todos os pormenores, ela disse-me que até estou bastante bem, apesar de alguns problemas que eu próprio me apercebo, como é o caso de dar um passo maior com a prótese esquerda do que com a direita, com esta pequena avaliação acabei o meu dia de fisioterapia.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi bastante positivo, um pouco diferente do habitual e com esta pequena avaliação no fim, tenho consciência de todos os erros que cometo e tenho-os vindo a corrigir, só preciso de dar continuidade. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Fisioterapia 186º dia (29 - 11 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
O meu dia hoje foi bastante intenso, para além de fazer muito exercícios, hoje voltei a fazer mais uma "avaria", tive de andar com as mão no chão a tentar evitar ficar estendido nele.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio grande, a terapeuta tinha dito à auxiliar para eu ir para aquele ginásio, quando lá cheguei comecei por treinar o equilíbrio nas barras com a tábua de Freemen, hoje treinei em cima da que tem meia bola de madeira por baixo, é muito mais difícil, mas consegui aguentar sem me agarrar mais tempo do que alguma vez tinha aguentado, a seguir saí de cima dessa tábua e estive a mandar a bola contra a parede, sem estar em cima de nada, sem a tábua é muito fácil por isso fui diversificando a forma como mandava a bola, quando acabei esse exercício com a bola estive a andar de lado algum tempo, depois a terapeuta foi buscar um elástico, colocou-o à volta da minha cintura e disse-me para começar a andar em direcção à porta, fui até lá sem canadianas, mas tive um grande desequilíbrio que quase caía, a sorte foi conseguir-me agarrar à porta, depois disso a terapeuta deu-me a canadiana e continuámos a fazer esse exercício, no entanto fui sempre com a canadiana no ar, aos poucos a terapeuta foi aumentando a resistência, em algumas situações tinha de fazer força para não vir para trás, aos poucos melhorei bastante a marcha durante o exercício e percorri todos os corredores do pavilhão sem apoiar a canadiana uma única vez, ou me ter apoiado no corrimão, quando acabei a terapeuta tirou e elástico e disse-me para começar a andar normalmente, sem a canadiana, os primeiros passos foram muito difíceis e tive de me agarrar logo ao corrimão, isso porque estava habituado à pressão do elástica e naquela altura comecei a andar a fazer a mesma força, por isso quase que começava a correr, foi por isso que tive de me agarrar logo ao corrimão, depois voltei ao normal, fui andando até uma marca à frente da secretaria, aí a terapeuta disse-me para esticar os dois braços o máximo que conseguia para cima, depois um de cada vez e por fim mais uma vez com os dois ao mesmo tempo, estes exercícios já os faço sem qualquer dificuldade, a seguir ela disse-me para andar de lado até ao balcão da secretaria e voltar novamente até ao corrimão, sempre sem sair de cima daquela linha, correu bem este exercício, quando voltávamos para o ginásio distraí-me na conversa com as terapeutas, ao fazer o apoio do pé esquerdo no chão o joelho da prótese destrancou-se e acabei por ir com as duas mãos ao chão, tentei-me levantar, agarrei-me ao corrimão e quando estava quase de pé destrancou-se o joelho da prótese direita, acabei por ir novamente com as mãos ao chão e com a uma pequena ajuda da terapeuta acabei por me conseguir levantar, percebi logo porque tinha ido ao chão, felizmente não me aleijei nem me assustei com esta situação, depois deste percalço seguimos para o ginásio, no meio do ginásio a terapeuta tinha colado uma fita-cola no chão, fazendo uma linha ao longo dele, ela pediu-me para andar com um dos pés em cima dessa linha, depois com o outro e por último com um pé de cada lado, correram bastante bem estes exercícios, nas voltas também não tive grandes dificuldades, por último fui dar mais uma volta pelos corredores e acabei por ali o meu treino.
Foi um dia bastante positivo, os exercícios que a terapeuta me vai pedindo são cada vez mais difíceis e arriscados, não me posso distrair nem um pouco, hoje mais uma vez isso ficou provado, felizmente sem qualquer consequência. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
O meu dia hoje foi bastante intenso, para além de fazer muito exercícios, hoje voltei a fazer mais uma "avaria", tive de andar com as mão no chão a tentar evitar ficar estendido nele.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio grande, a terapeuta tinha dito à auxiliar para eu ir para aquele ginásio, quando lá cheguei comecei por treinar o equilíbrio nas barras com a tábua de Freemen, hoje treinei em cima da que tem meia bola de madeira por baixo, é muito mais difícil, mas consegui aguentar sem me agarrar mais tempo do que alguma vez tinha aguentado, a seguir saí de cima dessa tábua e estive a mandar a bola contra a parede, sem estar em cima de nada, sem a tábua é muito fácil por isso fui diversificando a forma como mandava a bola, quando acabei esse exercício com a bola estive a andar de lado algum tempo, depois a terapeuta foi buscar um elástico, colocou-o à volta da minha cintura e disse-me para começar a andar em direcção à porta, fui até lá sem canadianas, mas tive um grande desequilíbrio que quase caía, a sorte foi conseguir-me agarrar à porta, depois disso a terapeuta deu-me a canadiana e continuámos a fazer esse exercício, no entanto fui sempre com a canadiana no ar, aos poucos a terapeuta foi aumentando a resistência, em algumas situações tinha de fazer força para não vir para trás, aos poucos melhorei bastante a marcha durante o exercício e percorri todos os corredores do pavilhão sem apoiar a canadiana uma única vez, ou me ter apoiado no corrimão, quando acabei a terapeuta tirou e elástico e disse-me para começar a andar normalmente, sem a canadiana, os primeiros passos foram muito difíceis e tive de me agarrar logo ao corrimão, isso porque estava habituado à pressão do elástica e naquela altura comecei a andar a fazer a mesma força, por isso quase que começava a correr, foi por isso que tive de me agarrar logo ao corrimão, depois voltei ao normal, fui andando até uma marca à frente da secretaria, aí a terapeuta disse-me para esticar os dois braços o máximo que conseguia para cima, depois um de cada vez e por fim mais uma vez com os dois ao mesmo tempo, estes exercícios já os faço sem qualquer dificuldade, a seguir ela disse-me para andar de lado até ao balcão da secretaria e voltar novamente até ao corrimão, sempre sem sair de cima daquela linha, correu bem este exercício, quando voltávamos para o ginásio distraí-me na conversa com as terapeutas, ao fazer o apoio do pé esquerdo no chão o joelho da prótese destrancou-se e acabei por ir com as duas mãos ao chão, tentei-me levantar, agarrei-me ao corrimão e quando estava quase de pé destrancou-se o joelho da prótese direita, acabei por ir novamente com as mãos ao chão e com a uma pequena ajuda da terapeuta acabei por me conseguir levantar, percebi logo porque tinha ido ao chão, felizmente não me aleijei nem me assustei com esta situação, depois deste percalço seguimos para o ginásio, no meio do ginásio a terapeuta tinha colado uma fita-cola no chão, fazendo uma linha ao longo dele, ela pediu-me para andar com um dos pés em cima dessa linha, depois com o outro e por último com um pé de cada lado, correram bastante bem estes exercícios, nas voltas também não tive grandes dificuldades, por último fui dar mais uma volta pelos corredores e acabei por ali o meu treino.
Foi um dia bastante positivo, os exercícios que a terapeuta me vai pedindo são cada vez mais difíceis e arriscados, não me posso distrair nem um pouco, hoje mais uma vez isso ficou provado, felizmente sem qualquer consequência. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Fisioterapia 185º dia (24 - 11 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje tive um dia diferente na fisioterapia, treinei alguma coisas que há muito tempo não treinava e fiz um exercício novo que foi muito exigente e cansativo.
Comecei o dia a descer a rampa e como hoje foi dia de greve geral tive de ir para o ginásio grande, por isso tive de atravessar logo o corredor grande e fui até às barras daquele ginásio, fiz os exercícios de equilíbrio que faço habitualmente em cima da tábua de Freemen, primeiro equilibrando-me sem nada nas mãos e depois com a bola, mandando-a contra a parede, naquelas barras o piso está bastante gasto, por isso a tábua estava a escorregar bastante no chão, o que dificultava ainda mais, a seguir fiz outro ali nas barras, estavam lá uns paus (+\- 5cm de altura), eu fui tentando subir para cima deles sem me apoiar, foi difícil porque os paus estavam soltos e aquelas barras são estreitas, mas consegui subir várias vezes, depois fui andar um pouco para o corredor grande, andei por todo o pavilhão e fui tentando fazer os movimentos naturais com os braços, andei por ali cerca de 30 minutos, até a terapeuta me chamar para tentarmos fazer dois exercício, meter o pé da prótese esquerda em cima de um pau redondo e movimenta-lo para a frente e para trás, mas não consegui porque o joelho não me permite fazer aquele tipo de força, ele ia dobrando, a seguir tentámos o mesmo, mas com uma bola, também não foi possível, a única forma que conseguia movimentar a bola era andando aos círculos, mas não dava para fazer força, por isso estes dois exercícios não dão para mim, fui então até às escadas daquele ginásio, são umas de madeira com 8 degraus pequenos e 3 grandes, estive ali a subir e a descer os degraus durante muito tempo, primeiro tentei sem apoios, fui conseguindo apenas um ou outro degrau sem me apoiar, mas geralmente precisei de me apoiar no corrimão, para descer tive mesmo de me apoiar em todos os degraus, depois tentei com uma canadiana, consegui subir e descer todos os degraus sem usar o corrimão, por último fui tentando apenas com uma mão no corrimão, dessa forma consegui subir todos os degraus, tanto os pequenos como os grandes, para descer só consegui os pequenos, nos grandes tive de me apoiar nos dois lados, quando acabei este treino nas escadas ia começar a fazer outro, mas chegou lá o médico para a visita médica, ele já me deu a entender que quando tiver o novo encaixe vou ter alta da fisioterapia, o meu caminho ali na fisioterapia já está próximo do fim, quando acabou a visita médica fiz um último exercício, o mais cansativo e exigente de todos, fui a andar desde o ginásio grande até à secretaria, a terapeuta ia atrás de mim e colocou-me um elástico à volta da minha cintura, esse elástico ia a fazer força para trás, a terapeuta ia controlando a resistência dele, o esforço era muito grande, a pressão na zona lombar era enorme, as dores apareceram e começaram a aumentar muito, mas consegui fazer todo o percurso até à secretaria e acabei ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, acabei completamente de rastos, o último exercício foi muito exigente, mas é muito gratificante conseguir acaba-lo. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje tive um dia diferente na fisioterapia, treinei alguma coisas que há muito tempo não treinava e fiz um exercício novo que foi muito exigente e cansativo.
Comecei o dia a descer a rampa e como hoje foi dia de greve geral tive de ir para o ginásio grande, por isso tive de atravessar logo o corredor grande e fui até às barras daquele ginásio, fiz os exercícios de equilíbrio que faço habitualmente em cima da tábua de Freemen, primeiro equilibrando-me sem nada nas mãos e depois com a bola, mandando-a contra a parede, naquelas barras o piso está bastante gasto, por isso a tábua estava a escorregar bastante no chão, o que dificultava ainda mais, a seguir fiz outro ali nas barras, estavam lá uns paus (+\- 5cm de altura), eu fui tentando subir para cima deles sem me apoiar, foi difícil porque os paus estavam soltos e aquelas barras são estreitas, mas consegui subir várias vezes, depois fui andar um pouco para o corredor grande, andei por todo o pavilhão e fui tentando fazer os movimentos naturais com os braços, andei por ali cerca de 30 minutos, até a terapeuta me chamar para tentarmos fazer dois exercício, meter o pé da prótese esquerda em cima de um pau redondo e movimenta-lo para a frente e para trás, mas não consegui porque o joelho não me permite fazer aquele tipo de força, ele ia dobrando, a seguir tentámos o mesmo, mas com uma bola, também não foi possível, a única forma que conseguia movimentar a bola era andando aos círculos, mas não dava para fazer força, por isso estes dois exercícios não dão para mim, fui então até às escadas daquele ginásio, são umas de madeira com 8 degraus pequenos e 3 grandes, estive ali a subir e a descer os degraus durante muito tempo, primeiro tentei sem apoios, fui conseguindo apenas um ou outro degrau sem me apoiar, mas geralmente precisei de me apoiar no corrimão, para descer tive mesmo de me apoiar em todos os degraus, depois tentei com uma canadiana, consegui subir e descer todos os degraus sem usar o corrimão, por último fui tentando apenas com uma mão no corrimão, dessa forma consegui subir todos os degraus, tanto os pequenos como os grandes, para descer só consegui os pequenos, nos grandes tive de me apoiar nos dois lados, quando acabei este treino nas escadas ia começar a fazer outro, mas chegou lá o médico para a visita médica, ele já me deu a entender que quando tiver o novo encaixe vou ter alta da fisioterapia, o meu caminho ali na fisioterapia já está próximo do fim, quando acabou a visita médica fiz um último exercício, o mais cansativo e exigente de todos, fui a andar desde o ginásio grande até à secretaria, a terapeuta ia atrás de mim e colocou-me um elástico à volta da minha cintura, esse elástico ia a fazer força para trás, a terapeuta ia controlando a resistência dele, o esforço era muito grande, a pressão na zona lombar era enorme, as dores apareceram e começaram a aumentar muito, mas consegui fazer todo o percurso até à secretaria e acabei ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, acabei completamente de rastos, o último exercício foi muito exigente, mas é muito gratificante conseguir acaba-lo. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Fisioterapia 184º dia (22 - 11 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje voltei a ter um dia cheio de trabalho, onde os exercícios que fiz variaram muito, foi um dia muito diversificado e bastante positivo.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras, estive a treinar o equilíbrio na tábua de Freemen, equilíbrio sem nada e depois a mandar a bola contra a parede, a seguir pousei a bola e encostei a tábua, juntei as próteses o máximo que conseguia e estive a dar um pequeno passo em frente com a prótese esquerda, transferindo sempre o peso para cima dela, depois estive a andar de lado, andei durante algum tempo para o lado direito e para o esquerdo, também tentei andar para trás, mas nas barras o espaço é muito apertado, por isso é mais complicado, quando acabei estes exercícios agarrei na canadiana e na bola e fui até ao corredor grande, quando lá cheguei encostei as duas coisas e comecei a andar sem apoios, comecei por atravessar o corredor todo quatro vezes a andar perto do corrimão e a fazer os movimentos com os braços, a seguir voltei a atravessar o corredor todo mais duas vezes, mas agora a andar aos ziguezagues, sempre sem tocar nas paredes, depois agarrei na bola para fazer outros exercícios, em cada um deles percorri o corredor para um dos lados, comecei por andar com a bola atrás das costas, a segui com a bola encostada à barriga, depois com os dois braços esticados para a frente, a seguir com os braços esticados para cima e por último atravessei o corredor duas vezes a driblar a bola, destes exercícios todos com bola o mais difícil para mim é andar com a bola encostada à barriga, à partida seria o mais simples, no entanto o facto de não ter um ponto de referência para onde olhar acaba por dificultar bastante, a seguir fui mais uma vez até ao fundo do corredor, sem bola, fazendo os movimentos naturais dos braços, nesta altura estava a andar muito melhor do que no início do treino, os vários exercícios que fui fazendo fazem uma diferença muito grande, o último exercício que fiz ali no corredor foi a andar de costas, atravessei todo o corredor e correu muito bem, cheguei mesmo a percorrer uma parte bastante grande sem precisar de me apoiar, ao chegar ao fim agarrei na bola e na canadiana e fui até ao ginásio.
Um pouco mais tarde a terapeuta disse-me para ir-mos andar um pouco sem canadianas, saí do ginásio e virei à direita, fui até ao fundo do corredor e virei novamente à direita, naquela parte existe uma linha no chão, a terapeuta disse-me para andar sempre com a prótese esquerda em cima dela, depois dei a volta e fiz o mesmo com a direita, a seguir tive de ir andando e parando nas marcas que existem no chão, tinha de parar com as duas próteses alinhadas, andámos assim pelo corredor pequeno, ao chegar ao fundo estive a andar de lado em cima de outra marca,depois voltámos a travessar o corredor todo a andar de frente e a parar em todas as marcas do chão, por último fui deste a porta de entrada do pavilhão até ao ginásio sempre a andar de lado e acabei ali o meu treino de hoje.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz muitos exercícios que acabaram por correr bastante bem. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje voltei a ter um dia cheio de trabalho, onde os exercícios que fiz variaram muito, foi um dia muito diversificado e bastante positivo.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras, estive a treinar o equilíbrio na tábua de Freemen, equilíbrio sem nada e depois a mandar a bola contra a parede, a seguir pousei a bola e encostei a tábua, juntei as próteses o máximo que conseguia e estive a dar um pequeno passo em frente com a prótese esquerda, transferindo sempre o peso para cima dela, depois estive a andar de lado, andei durante algum tempo para o lado direito e para o esquerdo, também tentei andar para trás, mas nas barras o espaço é muito apertado, por isso é mais complicado, quando acabei estes exercícios agarrei na canadiana e na bola e fui até ao corredor grande, quando lá cheguei encostei as duas coisas e comecei a andar sem apoios, comecei por atravessar o corredor todo quatro vezes a andar perto do corrimão e a fazer os movimentos com os braços, a seguir voltei a atravessar o corredor todo mais duas vezes, mas agora a andar aos ziguezagues, sempre sem tocar nas paredes, depois agarrei na bola para fazer outros exercícios, em cada um deles percorri o corredor para um dos lados, comecei por andar com a bola atrás das costas, a segui com a bola encostada à barriga, depois com os dois braços esticados para a frente, a seguir com os braços esticados para cima e por último atravessei o corredor duas vezes a driblar a bola, destes exercícios todos com bola o mais difícil para mim é andar com a bola encostada à barriga, à partida seria o mais simples, no entanto o facto de não ter um ponto de referência para onde olhar acaba por dificultar bastante, a seguir fui mais uma vez até ao fundo do corredor, sem bola, fazendo os movimentos naturais dos braços, nesta altura estava a andar muito melhor do que no início do treino, os vários exercícios que fui fazendo fazem uma diferença muito grande, o último exercício que fiz ali no corredor foi a andar de costas, atravessei todo o corredor e correu muito bem, cheguei mesmo a percorrer uma parte bastante grande sem precisar de me apoiar, ao chegar ao fim agarrei na bola e na canadiana e fui até ao ginásio.
Um pouco mais tarde a terapeuta disse-me para ir-mos andar um pouco sem canadianas, saí do ginásio e virei à direita, fui até ao fundo do corredor e virei novamente à direita, naquela parte existe uma linha no chão, a terapeuta disse-me para andar sempre com a prótese esquerda em cima dela, depois dei a volta e fiz o mesmo com a direita, a seguir tive de ir andando e parando nas marcas que existem no chão, tinha de parar com as duas próteses alinhadas, andámos assim pelo corredor pequeno, ao chegar ao fundo estive a andar de lado em cima de outra marca,depois voltámos a travessar o corredor todo a andar de frente e a parar em todas as marcas do chão, por último fui deste a porta de entrada do pavilhão até ao ginásio sempre a andar de lado e acabei ali o meu treino de hoje.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz muitos exercícios que acabaram por correr bastante bem. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Fisioterapia 183º dia (17 - 11 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje tive um dia mais descansado na quantidade de exercícios, mas andei durante muito tempo e fui aumentando a minha confiança a andar sem canadianas.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras onde estive a treinar o equilíbrio em cima da tábua de Freemen, inicialmente apenas equilibrando-me em cima dela e a seguir com a bola, mandando-a contra a parede o máximo de vezes que conseguia, acabei por conseguir fazer boas séries com mais de 30 repetições, depois encostei a bola e a tábua de Freemen, juntei as próteses o máximo que conseguia e estive a dar um pequeno passo em frente, transferindo sempre o peso para cima da prótese esquerda, no fim deste exercício fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, quando acabei agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, ao chegar lá encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, fui andando pelo corredor todo, atravessei-o para o lado direito e para o esquerdo várias vezes, fui tentando fazer os movimentos naturais com os braços, depois fui até ao corredor pequeno, andei ali pelo pavilhão todo durante bastante tempo, até à terapeuta chegar ao pé de mim com os pinos e montar um percurso com eles, para eu o percorrer aos ziguezagues, fiz esse circuito dos pinos duas vezes para cada lado, sem precisar de me apoiar em lado nenhum, nem mesmo nas curvas, a seguir voltei a andar por todo o pavilhão e sempre que chegava ao pé do circuito dos pinos percorria-o aos ziguezagues, já me sinto muito mais confiante a andar sem canadianas e a fazer o circuito dos pinos, mas ainda o faço com muito cuidado e devagar, por último fui buscar a canadiana para apanhar todos os pinos do chão, para os apanhar tenho de me inclinar todo para a frente de forma a chegar ao pino e o agarrar, quando os apanhei todos voltei para o ginásio, já estava na hora da visita médica, nesta fase estou a aguardar pelo novo encaixe que vai ser feito, vou deixar de ter uma estrutura rígida em toda a volta, para passar a ter uma mais pequena e maleável em toda a volta, apesar de o lado direito ter de ficar sempre com alguns pontos como o encaixe actual, rígidos para me darem estabilidade, no fim da reunião médica acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz muito menos exercícios, mas por sua vez andei mais do que o normal. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje tive um dia mais descansado na quantidade de exercícios, mas andei durante muito tempo e fui aumentando a minha confiança a andar sem canadianas.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras onde estive a treinar o equilíbrio em cima da tábua de Freemen, inicialmente apenas equilibrando-me em cima dela e a seguir com a bola, mandando-a contra a parede o máximo de vezes que conseguia, acabei por conseguir fazer boas séries com mais de 30 repetições, depois encostei a bola e a tábua de Freemen, juntei as próteses o máximo que conseguia e estive a dar um pequeno passo em frente, transferindo sempre o peso para cima da prótese esquerda, no fim deste exercício fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, quando acabei agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, ao chegar lá encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, fui andando pelo corredor todo, atravessei-o para o lado direito e para o esquerdo várias vezes, fui tentando fazer os movimentos naturais com os braços, depois fui até ao corredor pequeno, andei ali pelo pavilhão todo durante bastante tempo, até à terapeuta chegar ao pé de mim com os pinos e montar um percurso com eles, para eu o percorrer aos ziguezagues, fiz esse circuito dos pinos duas vezes para cada lado, sem precisar de me apoiar em lado nenhum, nem mesmo nas curvas, a seguir voltei a andar por todo o pavilhão e sempre que chegava ao pé do circuito dos pinos percorria-o aos ziguezagues, já me sinto muito mais confiante a andar sem canadianas e a fazer o circuito dos pinos, mas ainda o faço com muito cuidado e devagar, por último fui buscar a canadiana para apanhar todos os pinos do chão, para os apanhar tenho de me inclinar todo para a frente de forma a chegar ao pino e o agarrar, quando os apanhei todos voltei para o ginásio, já estava na hora da visita médica, nesta fase estou a aguardar pelo novo encaixe que vai ser feito, vou deixar de ter uma estrutura rígida em toda a volta, para passar a ter uma mais pequena e maleável em toda a volta, apesar de o lado direito ter de ficar sempre com alguns pontos como o encaixe actual, rígidos para me darem estabilidade, no fim da reunião médica acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz muito menos exercícios, mas por sua vez andei mais do que o normal. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Fisioterapia 182º dia (15 - 11 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje voltei a ter um dia muito intenso, fiz vários exercícios com bola e alguns exercício bastante exigentes no ginásio grande.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras para treinar o equilíbrio em cima da tábua de Freemen, primeiro sem bola e depois com a bola, mandando-a contra a parede, quando acabei esses dois exercícios arrumei a tábua, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo em frente com a prótese esquerda, transferindo o peso para cima dela, a seguir fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a partir de meio foi muito difícil e quando acabei estava bastante cansado, quando acabei levantei-me e fui até ao corredor grande para andar sem apoios, estive a andar por todo o serviço, na parte do corredor grande fui tentando dar os passos tendo em conta os mosaicos do chão, para os passos serem mais certos, percorri todo o serviço várias vezes até a terapeuta chegar ao pé de mim, nessa altura ela trouxe a bola para fazer alguns exercícios, o primeiro foi para passar a bola para uma senhora amputada, eu estava no meio do corredor, afastado das duas paredes, ela estava perto do corrimão, era a primeira vez que ela fazia este exercício, a seguir a terapeuta foi andar mais com a senhora e eu estive driblar a bola pelo corredor, a seguir comecei a andar com ela atrás das costas, depois à frente da barriga e por último com os braços esticados para a frente, nessa altura já me estava a doer bastante a zona lombar, por isso a terapeuta disse que não valia a pena esforçar mais, comecei então a andar como no último dia, colocando os pés alinhados e completamente dentro dos mosaicos do chão, mas hoje não foi nada fácil, no início a prótese direito ficava sempre para trás, depois começou a ficar mais para a frente, só no fim é que comecei a fazer bem o exercício, fui assim até à porta para a sala de espera do ginásio grande, atravessámos essa sala e entrámos no ginásio, pelo meio tive de parar nas várias marcas que existiam no chão e alinhar bem os pés nelas, no ginásio tive de dar uma volta lá pelo meio, a seguir estava lá um circuito com pinos, estavam todos bastante juntos, tive de passar entre eles a andar de lado, consegui passar sem tocar em nenhum dos pinos, a seguir tive de andar de lado em cima de uma marca no chão, também consegui e os pés nunca saíram dessa linha, nestas duas vezes andei sempre para o lado esquerdo, a seguir fiz o mesmo para o lado direito, é muito mais difícil, os pés embora andassem sempre em cima da linha não andaram tão alinhados e foi mais difícil dar os passos para o lado, depois fomos para uma escada de madeira( onde comecei a treinar no início da fisioterapia com a ortoprótese), tive de subir o primeiro degrau sem me apoiar em lado nenhum, consegui dar o impulso muito bem e subi bem, mas tive bastantes dificuldades em posicionar a próteses direita e parar no degrau, estive ali cerca de 10 minutos a fazer repetições desse exercício, a seguir saímos do ginásio para o pátio, e tentei subir o degrau para o nosso ginásio, mas precisei de um ligeiro toque com o dedo polegar na parede, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi bastante cansativo, a zona lombar ficou bastante cansada com os exercícios que fiz com a bola, os exercício que fiz depois no outro ginásio são muito importantes para dar continuidade à minha evolução sem canadianas. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje voltei a ter um dia muito intenso, fiz vários exercícios com bola e alguns exercício bastante exigentes no ginásio grande.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras para treinar o equilíbrio em cima da tábua de Freemen, primeiro sem bola e depois com a bola, mandando-a contra a parede, quando acabei esses dois exercícios arrumei a tábua, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo em frente com a prótese esquerda, transferindo o peso para cima dela, a seguir fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a partir de meio foi muito difícil e quando acabei estava bastante cansado, quando acabei levantei-me e fui até ao corredor grande para andar sem apoios, estive a andar por todo o serviço, na parte do corredor grande fui tentando dar os passos tendo em conta os mosaicos do chão, para os passos serem mais certos, percorri todo o serviço várias vezes até a terapeuta chegar ao pé de mim, nessa altura ela trouxe a bola para fazer alguns exercícios, o primeiro foi para passar a bola para uma senhora amputada, eu estava no meio do corredor, afastado das duas paredes, ela estava perto do corrimão, era a primeira vez que ela fazia este exercício, a seguir a terapeuta foi andar mais com a senhora e eu estive driblar a bola pelo corredor, a seguir comecei a andar com ela atrás das costas, depois à frente da barriga e por último com os braços esticados para a frente, nessa altura já me estava a doer bastante a zona lombar, por isso a terapeuta disse que não valia a pena esforçar mais, comecei então a andar como no último dia, colocando os pés alinhados e completamente dentro dos mosaicos do chão, mas hoje não foi nada fácil, no início a prótese direito ficava sempre para trás, depois começou a ficar mais para a frente, só no fim é que comecei a fazer bem o exercício, fui assim até à porta para a sala de espera do ginásio grande, atravessámos essa sala e entrámos no ginásio, pelo meio tive de parar nas várias marcas que existiam no chão e alinhar bem os pés nelas, no ginásio tive de dar uma volta lá pelo meio, a seguir estava lá um circuito com pinos, estavam todos bastante juntos, tive de passar entre eles a andar de lado, consegui passar sem tocar em nenhum dos pinos, a seguir tive de andar de lado em cima de uma marca no chão, também consegui e os pés nunca saíram dessa linha, nestas duas vezes andei sempre para o lado esquerdo, a seguir fiz o mesmo para o lado direito, é muito mais difícil, os pés embora andassem sempre em cima da linha não andaram tão alinhados e foi mais difícil dar os passos para o lado, depois fomos para uma escada de madeira( onde comecei a treinar no início da fisioterapia com a ortoprótese), tive de subir o primeiro degrau sem me apoiar em lado nenhum, consegui dar o impulso muito bem e subi bem, mas tive bastantes dificuldades em posicionar a próteses direita e parar no degrau, estive ali cerca de 10 minutos a fazer repetições desse exercício, a seguir saímos do ginásio para o pátio, e tentei subir o degrau para o nosso ginásio, mas precisei de um ligeiro toque com o dedo polegar na parede, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi bastante cansativo, a zona lombar ficou bastante cansada com os exercícios que fiz com a bola, os exercício que fiz depois no outro ginásio são muito importantes para dar continuidade à minha evolução sem canadianas. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Fisioterapia 181º dia (10 - 11 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje tive mais um dia repleto de trabalho, voltei a andar muito pelos corredores e estive a fazer alguns exercícios novos sem canadianas.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras, estive a treinar o equilíbrio em cima da tábua de Freemen, a seguir estive a mandar a bola contra a parede, sempre em cima da tábua como faço habitualmente, no início estava a ser muito difícil manter o equilíbrio quando mandava a bola, raramente conseguia 10 vezes seguidas, só mesmo na última é que consegui cerca de 40 repetições seguidas, depois desse exercício encostei a bola e a tábua, juntei a próteses e estive a dar um pequeno passo em frente com a prótese esquerda, sempre a transferir o peso para a prótese esquerda, quando acabei o exercício agarrei na canadiana e fui até ao corredor, ao chegar lá encostei a canadiana e comecei a andar sem apoios, atravessei o corredor várias vezes, depois estive a andar por todo o pavilhão, sempre sem precisar de me apoiar à parede ou ao corrimão, andei dessa forma quase uma hora, quando a terapeuta chegou ao pé de mim disse-me para fazer uns exercício novos e fomos até à rampa, por causa da chuva estava toda molhada, comecei por subir e descer a rampa de lado, mas agarrado ao corrimão, não foi difícil porque tenho muita força de braços, o que me permitiu compensar as dificuldades de transferir o peso para a prótese direita, que era a que ia mais em cima, para descer foi mais fácil, mas fui sempre travando a agarrar com força no corrimão, a seguir subi parte da rampa e parei a meio para fazer outro exercício, a intenção no início era subir sem me agarrar no corrimão, mas não foi possível, por isso acabei apenas por me tentar equilibrar parado sem qualquer apoio, é muito difícil, fui conseguindo durante alguns segundos, mas a força que é exercida na zona lombar é muito grande e acaba por cansar bastante essa zona, a seguir virei-me para tentar fazer o mesmo, mas desta vez era a descer, era quase impossível, não aguentei mais de 2 ou 3 segundos e numa posição nada normal, desci então até ao fundo e voltei a subir a rampa de lado, mas desta vez encostado à parede, consegui subir, ma teve de ser na diagonal, tanto para subir como para descer, mas não é nada fácil, a seguir entrámos no ginásio e tive de ir parando em toda as marca do chão, percorrei dessa forma todo o corredor pequeno e parei à porta do ginásio entre 5 a 10 minutos sem tocar em lado nenhum, hoje foi mais fácil, mas porque sentia a segurança de ter o corrimão ao alcance da mão, depois voltei a andar e a parar em todas as marcas até ao corredor grande, a partir dali o piso é diferente, é de mosaico e com quadrados pequenos, tive de ir parando onde a terapeuta me pedia e completamente dentro dos quadrados, um pé em cada um, depois fui andando nas diagonais para conseguir apanhar os quadrados a direito, nessa altura tive de ir parando um a um e correu bastante bem, só em dois é que não consegui parar, precisei de dar mais um passo para manter o equilíbrio, fui andando assim até à porta da sala de espera do ginásio grande, atravessei essa sala e o ginásio, sempre a parar nas marcas que existem no chão e saí para o pátio, atravessei-o todo e pelo meio ainda parei uma vez para ficar em cima de uma folha que ali estava, por último parei no degrau do pátio para o ginásio e estive a tentar subi-lo sem apoios, já não tentava à muito tempo, acabei por consegui subir, mas necessitei sempre de dar um pequeno toque na parede para me sentir seguro, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz vários exercício novos que tiveram como objectivo aumentar mais a confiança em mim e começar a fazer tudo de forma mais pormenorizada. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourao
Hoje tive mais um dia repleto de trabalho, voltei a andar muito pelos corredores e estive a fazer alguns exercícios novos sem canadianas.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras, estive a treinar o equilíbrio em cima da tábua de Freemen, a seguir estive a mandar a bola contra a parede, sempre em cima da tábua como faço habitualmente, no início estava a ser muito difícil manter o equilíbrio quando mandava a bola, raramente conseguia 10 vezes seguidas, só mesmo na última é que consegui cerca de 40 repetições seguidas, depois desse exercício encostei a bola e a tábua, juntei a próteses e estive a dar um pequeno passo em frente com a prótese esquerda, sempre a transferir o peso para a prótese esquerda, quando acabei o exercício agarrei na canadiana e fui até ao corredor, ao chegar lá encostei a canadiana e comecei a andar sem apoios, atravessei o corredor várias vezes, depois estive a andar por todo o pavilhão, sempre sem precisar de me apoiar à parede ou ao corrimão, andei dessa forma quase uma hora, quando a terapeuta chegou ao pé de mim disse-me para fazer uns exercício novos e fomos até à rampa, por causa da chuva estava toda molhada, comecei por subir e descer a rampa de lado, mas agarrado ao corrimão, não foi difícil porque tenho muita força de braços, o que me permitiu compensar as dificuldades de transferir o peso para a prótese direita, que era a que ia mais em cima, para descer foi mais fácil, mas fui sempre travando a agarrar com força no corrimão, a seguir subi parte da rampa e parei a meio para fazer outro exercício, a intenção no início era subir sem me agarrar no corrimão, mas não foi possível, por isso acabei apenas por me tentar equilibrar parado sem qualquer apoio, é muito difícil, fui conseguindo durante alguns segundos, mas a força que é exercida na zona lombar é muito grande e acaba por cansar bastante essa zona, a seguir virei-me para tentar fazer o mesmo, mas desta vez era a descer, era quase impossível, não aguentei mais de 2 ou 3 segundos e numa posição nada normal, desci então até ao fundo e voltei a subir a rampa de lado, mas desta vez encostado à parede, consegui subir, ma teve de ser na diagonal, tanto para subir como para descer, mas não é nada fácil, a seguir entrámos no ginásio e tive de ir parando em toda as marca do chão, percorrei dessa forma todo o corredor pequeno e parei à porta do ginásio entre 5 a 10 minutos sem tocar em lado nenhum, hoje foi mais fácil, mas porque sentia a segurança de ter o corrimão ao alcance da mão, depois voltei a andar e a parar em todas as marcas até ao corredor grande, a partir dali o piso é diferente, é de mosaico e com quadrados pequenos, tive de ir parando onde a terapeuta me pedia e completamente dentro dos quadrados, um pé em cada um, depois fui andando nas diagonais para conseguir apanhar os quadrados a direito, nessa altura tive de ir parando um a um e correu bastante bem, só em dois é que não consegui parar, precisei de dar mais um passo para manter o equilíbrio, fui andando assim até à porta da sala de espera do ginásio grande, atravessei essa sala e o ginásio, sempre a parar nas marcas que existem no chão e saí para o pátio, atravessei-o todo e pelo meio ainda parei uma vez para ficar em cima de uma folha que ali estava, por último parei no degrau do pátio para o ginásio e estive a tentar subi-lo sem apoios, já não tentava à muito tempo, acabei por consegui subir, mas necessitei sempre de dar um pequeno toque na parede para me sentir seguro, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz vários exercício novos que tiveram como objectivo aumentar mais a confiança em mim e começar a fazer tudo de forma mais pormenorizada. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourao
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Fisioterapia 180º dia (08 - 11 - 2011)
Olá a todos o visitantes do "Biamputado".
Hoje tive mais um dia muito preenchido na fisioterapia, fiz muitos exercícios e andei muito sem qualquer apoios, possivelmente foi a vez que andei mais sem apoios.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, inicialmente só com a tábua e mais tarde também com a bola, quando acabei estes dois exercícios saí de cima da tábua, juntei as próteses e estive a fazer o outro exercício em que dou um passo para a frente com a prótese esquerda, fazendo sempre a transferência do peso para cima da prótese esquerda, a seguir agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, a terapeuta foi-me a acompanhar porque o piso junto à porta de entrada estava bastante molhado por causa da chuva, no corredor o piso estava seco e eu pude ficar ali a treinar sem problemas, encostei então a canadiana e estive percorri várias vezes o corredor, fui passando do lado esquerdo para o lado direito e vice-versa sem qualquer dificuldade, também me fui desviando de uma cadeira de rodas que estava a meio do corredor, agora já não hesito quanto tenho de me desviar, faço-o sem qualquer problema, também fui a andar desde a ponta do corredor grande até à ponta do corredor pequeno, passando pela porta da entrada onde o piso estava molhado, nessa parte andei com mais precaução, mas correu tudo muito bem e não precisei de me apoiar, fiz todo esse caminho duas ou três vezes sem precisar de me apoiar, parei depois no nosso ginásio e esperei um pouco pela terapeuta, voltámos para o corredor grande, mas desta vez ela levou os pinos e a bola, quando lá chegámos ela fez um percurso com os pinos, foi deixando um pino em cada lado do corredor e a distância entre um e o outro era muito reduzida, para além disso também estavam bastante encostados à parede, eu tinha de os percorrer todos sem lhes tocar nem me apoiar na parede, mas não consegui fazer tudo sem tocar em dois pinos, o primeiro, estava bastante perto da parede e eu não tinha espaço para passar a andar de frente, por isso tive de me virar de lado, mas no início ainda lhe toquei e precisei de me apoiar na parede, os outros a terapeuta afastou-os mais um pouco da parede, eu fui andando e num deles ainda lhe toquei porque ainda não tinha espaço suficiente para passar, no último pino acabei por optar passar de lado e não tive dificuldades, a seguir a terapeuta arrumou os pinos e deu-me a bola, começamos a andar passando-a um para o outro, ela ia à minha frente e depois começou a ficar para trás, mas eu tinha de continuar em frente e passar-lhe na mesma a bola, fiz dessa forma todo o corredor, depois estive a andar com a bola atrás das costas, percorri novamente todo o corredor e ao chegar ao fundo tive de dar a volta da mesma forma, com a bola atrás das costas, no exercício a seguir estive a andar com os braços esticados para o alto, mais uma vez atravessei todo o corredor, a seguir andei com a bola à frente e com os braços esticados, depois fiz o mesmo mas com a bola junto à barriga, todos estes exercícios foram feitos com as duas mãos a segurar a bola, o último exercício que fiz foi a driblar a bola pelo corredor, atravessei-o todo para os dois lados, ao chegar ao fim agarrei a bola, a canadiana e os pinos e voltei para o ginásio, acabando depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, andei durante bastante tempo e percorri várias vezes os corredores do pavilhão sem qualquer apoio, também fiz vários exercícios com a bola e correram todos bastante bem. Muito obrigado.
Norberto Mourão
Hoje tive mais um dia muito preenchido na fisioterapia, fiz muitos exercícios e andei muito sem qualquer apoios, possivelmente foi a vez que andei mais sem apoios.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, inicialmente só com a tábua e mais tarde também com a bola, quando acabei estes dois exercícios saí de cima da tábua, juntei as próteses e estive a fazer o outro exercício em que dou um passo para a frente com a prótese esquerda, fazendo sempre a transferência do peso para cima da prótese esquerda, a seguir agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, a terapeuta foi-me a acompanhar porque o piso junto à porta de entrada estava bastante molhado por causa da chuva, no corredor o piso estava seco e eu pude ficar ali a treinar sem problemas, encostei então a canadiana e estive percorri várias vezes o corredor, fui passando do lado esquerdo para o lado direito e vice-versa sem qualquer dificuldade, também me fui desviando de uma cadeira de rodas que estava a meio do corredor, agora já não hesito quanto tenho de me desviar, faço-o sem qualquer problema, também fui a andar desde a ponta do corredor grande até à ponta do corredor pequeno, passando pela porta da entrada onde o piso estava molhado, nessa parte andei com mais precaução, mas correu tudo muito bem e não precisei de me apoiar, fiz todo esse caminho duas ou três vezes sem precisar de me apoiar, parei depois no nosso ginásio e esperei um pouco pela terapeuta, voltámos para o corredor grande, mas desta vez ela levou os pinos e a bola, quando lá chegámos ela fez um percurso com os pinos, foi deixando um pino em cada lado do corredor e a distância entre um e o outro era muito reduzida, para além disso também estavam bastante encostados à parede, eu tinha de os percorrer todos sem lhes tocar nem me apoiar na parede, mas não consegui fazer tudo sem tocar em dois pinos, o primeiro, estava bastante perto da parede e eu não tinha espaço para passar a andar de frente, por isso tive de me virar de lado, mas no início ainda lhe toquei e precisei de me apoiar na parede, os outros a terapeuta afastou-os mais um pouco da parede, eu fui andando e num deles ainda lhe toquei porque ainda não tinha espaço suficiente para passar, no último pino acabei por optar passar de lado e não tive dificuldades, a seguir a terapeuta arrumou os pinos e deu-me a bola, começamos a andar passando-a um para o outro, ela ia à minha frente e depois começou a ficar para trás, mas eu tinha de continuar em frente e passar-lhe na mesma a bola, fiz dessa forma todo o corredor, depois estive a andar com a bola atrás das costas, percorri novamente todo o corredor e ao chegar ao fundo tive de dar a volta da mesma forma, com a bola atrás das costas, no exercício a seguir estive a andar com os braços esticados para o alto, mais uma vez atravessei todo o corredor, a seguir andei com a bola à frente e com os braços esticados, depois fiz o mesmo mas com a bola junto à barriga, todos estes exercícios foram feitos com as duas mãos a segurar a bola, o último exercício que fiz foi a driblar a bola pelo corredor, atravessei-o todo para os dois lados, ao chegar ao fim agarrei a bola, a canadiana e os pinos e voltei para o ginásio, acabando depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, andei durante bastante tempo e percorri várias vezes os corredores do pavilhão sem qualquer apoio, também fiz vários exercícios com a bola e correram todos bastante bem. Muito obrigado.
Norberto Mourão
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Fisioterapia 179º dia (03 - 11 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Depois de uma semana sem fisioterapia por causa do feriado, hoje voltei e tive um dia cheio de trabalho, onde fiz muito exercícios e onde nem se notou que já não treinava à uma semana.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio durante vários minutos, depois pedi a bola para fazer o outro exercício de a mandar contra a parede, mas hoje só estava lá uma bola de borracha, mais leve, maior e com bicos, por isso a forma de a mandar e segurar era muito diferente, acabei por não conseguir mandar a bola muitas vezes seguidas, entretanto saí da tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a treinar um pouco o avançar da prótese esquerda, com ela o mais próximo possível da outra prótese e fazendo a transferência do peso para cima dela, quando acabei o exercício agarrei numa canadiana e fui até ao corredor com a terapeuta, o chão estava molhado e por isso não podia arriscar muito, mas quando cheguei ao corredor grande vi que ele estava seco, fiquei então por ali a andar sem apoios durante bastante tempo, aproveitei para fazer vários exercícios, comecei por andar apenas junto ao corrimão, depois fui-me afastando dele, passei para outro lado do corredor, nas voltas tentei sempre sem tocar no corrimão, percorri todo o corredor várias vezes a andar a direito, depois percorri-o todo para os dois lados aos ziguezagues, de uma parede à outra e sem tocar em nenhuma delas, a seguir andei por todo o serviço, desde o fundo do corredor grande até ao fundo do corredor pequeno, passando várias vezes de um lado para o outro dos corredores, já não me faz diferença nenhuma passar à frente das portas, nem mesmo fazer as curvas e hoje o piso estava húmido na zona da porta de entrada do pavilhão, quando cheguei à parte da secretaria, que é onde o corredor é mais largo, sentia-me bastante confiante e decidi passar mesmo pelo meio, completamente afastado de tudo e sozinho, nessa parte os passos foram mais pequenos, mas consegui sem dificuldades, continuei depois até ao corredor grande, nessa altura a terapeuta levou os pinos e fez um percurso com eles, para eu os percorrer aos ziguezagues sem canadianas, consegui sem dificuldades, uma vez com ela por perto e outras vezes sozinho, depois agarrei na canadiana e fiz o mesmo exercício, mas a andar de costas, também não tive dificuldades, por último agarrei todos os pinos, para o fazer tive de me baixar apenas com a ajuda da canadiana, acabou por ser fácil, segui então até ao ginásio, pois já ia começar a visita médica e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, andei durante muito tempo e por todo o pavilhão, atravessei o corredor para os dois lados sem qualquer problema e consegui fazer todos os exercícios. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Depois de uma semana sem fisioterapia por causa do feriado, hoje voltei e tive um dia cheio de trabalho, onde fiz muito exercícios e onde nem se notou que já não treinava à uma semana.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio durante vários minutos, depois pedi a bola para fazer o outro exercício de a mandar contra a parede, mas hoje só estava lá uma bola de borracha, mais leve, maior e com bicos, por isso a forma de a mandar e segurar era muito diferente, acabei por não conseguir mandar a bola muitas vezes seguidas, entretanto saí da tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a treinar um pouco o avançar da prótese esquerda, com ela o mais próximo possível da outra prótese e fazendo a transferência do peso para cima dela, quando acabei o exercício agarrei numa canadiana e fui até ao corredor com a terapeuta, o chão estava molhado e por isso não podia arriscar muito, mas quando cheguei ao corredor grande vi que ele estava seco, fiquei então por ali a andar sem apoios durante bastante tempo, aproveitei para fazer vários exercícios, comecei por andar apenas junto ao corrimão, depois fui-me afastando dele, passei para outro lado do corredor, nas voltas tentei sempre sem tocar no corrimão, percorri todo o corredor várias vezes a andar a direito, depois percorri-o todo para os dois lados aos ziguezagues, de uma parede à outra e sem tocar em nenhuma delas, a seguir andei por todo o serviço, desde o fundo do corredor grande até ao fundo do corredor pequeno, passando várias vezes de um lado para o outro dos corredores, já não me faz diferença nenhuma passar à frente das portas, nem mesmo fazer as curvas e hoje o piso estava húmido na zona da porta de entrada do pavilhão, quando cheguei à parte da secretaria, que é onde o corredor é mais largo, sentia-me bastante confiante e decidi passar mesmo pelo meio, completamente afastado de tudo e sozinho, nessa parte os passos foram mais pequenos, mas consegui sem dificuldades, continuei depois até ao corredor grande, nessa altura a terapeuta levou os pinos e fez um percurso com eles, para eu os percorrer aos ziguezagues sem canadianas, consegui sem dificuldades, uma vez com ela por perto e outras vezes sozinho, depois agarrei na canadiana e fiz o mesmo exercício, mas a andar de costas, também não tive dificuldades, por último agarrei todos os pinos, para o fazer tive de me baixar apenas com a ajuda da canadiana, acabou por ser fácil, segui então até ao ginásio, pois já ia começar a visita médica e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, andei durante muito tempo e por todo o pavilhão, atravessei o corredor para os dois lados sem qualquer problema e consegui fazer todos os exercícios. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Fisioterapia 178º dia (27 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje voltei novamente a levar as duas canadianas para a fisioterapia, isso porque estava a chover de manhã e era arriscado levar só uma, o meu treino também foi condicionado pela chuva, mas deu para fazer vários exercícios e com bons resultados.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência no 5 e fiz 1000 pedaladas, depois fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, primeiro sem bola e mais tarde com ela, hoje consegui bater o meu record, foram 71 vezes seguidas sem precisar de me apoiar, a seguir encostei a tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese do lado esquerdo, fazendo sempre a transferência do peso para cima da prótese esquerda, a seguir agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, a terapeuta foi comigo por precaução, uma vez que o chão estava molhado por causa da chuva, fui andando devagar e não tive problemas, ao chegar lá encostei a canadiana e estive a andar sozinho, sem qualquer apoio, percorri o corredor várias vezes, entretanto a terapeuta regressou e trouxe a bola com ela, comecei então a passar a bola para ela, mas antes de a passar dava um passo em frente, parava e só depois é que passava, fomos andando assim até ao fundo do corredor, depois comecei a andar e a passar ao mesmo tempo, sempre sem parar, desta forma é mais fácil, a seguir a terapeuta começou-me a passar a bola mais de lado e chegou mesmo a estar atrás de mim, eu não conseguia olhar para trás, nem mesmo olhar para o lado, só conseguia apanhar a bola porque me apercebia onde ela estava e dessa forma conseguia-a agarrar, entretanto a terapeuta foi até ao ginásio e eu continuei a andar por ali sozinho, sem me apoiar em nenhum lado, nem mesmo nas curvas, quando ela regressou deu-me e bola e disse-me de esticar os braços com a bola para cima, para começar a andar dessa forma, os primeiros passos foram complicados, mas depois fui andando melhor e ganhando confiança, depois parei no meio do corredor e dei-lhe a bola, mas tive de lha entregar nas mãos, mas ela foi trocando as mãos de posição, umas vezes mais em cima, outras mais em baixo e também mais para o lado, o mais difícil foi quanto tive de me tentar inclinar para a frente, não tenho confiança para me inclinar e por isso é muito difícil, a seguir tive de ir até ao meio do corredor, dando passos laterais, fui dando alguns passos para a direita e outras para a esquerda, até que parei mesmo no meio, nessa altura a terapeuta passava-me a bola, eu tinha de a rodar à volta da cintura e voltar a passar para ela, ela foi dificultando mais as coisas, porque foi mandando a bola para mais longe e eu tinha de esticar os braços para apanhar a bola, mas fui conseguindo apanhar sempre, depois voltei a andar e a passar a bola à terapeuta, mas desta vez a bater primeiro no chão, fui andando assim até ao fundo do corredor, depois a terapeuta meteu a bola no chão e fui-a chutando, primeiro até ao fundo do corredor e a seguir até ao ginásio, quando lá cheguei já lá estavam alguns médicos para a visita médica, acabei por isso ali o meu treino de hoje.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, embora estivesse a chover na rua, o corredor manteve-se seco e pude treinar sem grandes problemas. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje voltei novamente a levar as duas canadianas para a fisioterapia, isso porque estava a chover de manhã e era arriscado levar só uma, o meu treino também foi condicionado pela chuva, mas deu para fazer vários exercícios e com bons resultados.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência no 5 e fiz 1000 pedaladas, depois fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, primeiro sem bola e mais tarde com ela, hoje consegui bater o meu record, foram 71 vezes seguidas sem precisar de me apoiar, a seguir encostei a tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese do lado esquerdo, fazendo sempre a transferência do peso para cima da prótese esquerda, a seguir agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, a terapeuta foi comigo por precaução, uma vez que o chão estava molhado por causa da chuva, fui andando devagar e não tive problemas, ao chegar lá encostei a canadiana e estive a andar sozinho, sem qualquer apoio, percorri o corredor várias vezes, entretanto a terapeuta regressou e trouxe a bola com ela, comecei então a passar a bola para ela, mas antes de a passar dava um passo em frente, parava e só depois é que passava, fomos andando assim até ao fundo do corredor, depois comecei a andar e a passar ao mesmo tempo, sempre sem parar, desta forma é mais fácil, a seguir a terapeuta começou-me a passar a bola mais de lado e chegou mesmo a estar atrás de mim, eu não conseguia olhar para trás, nem mesmo olhar para o lado, só conseguia apanhar a bola porque me apercebia onde ela estava e dessa forma conseguia-a agarrar, entretanto a terapeuta foi até ao ginásio e eu continuei a andar por ali sozinho, sem me apoiar em nenhum lado, nem mesmo nas curvas, quando ela regressou deu-me e bola e disse-me de esticar os braços com a bola para cima, para começar a andar dessa forma, os primeiros passos foram complicados, mas depois fui andando melhor e ganhando confiança, depois parei no meio do corredor e dei-lhe a bola, mas tive de lha entregar nas mãos, mas ela foi trocando as mãos de posição, umas vezes mais em cima, outras mais em baixo e também mais para o lado, o mais difícil foi quanto tive de me tentar inclinar para a frente, não tenho confiança para me inclinar e por isso é muito difícil, a seguir tive de ir até ao meio do corredor, dando passos laterais, fui dando alguns passos para a direita e outras para a esquerda, até que parei mesmo no meio, nessa altura a terapeuta passava-me a bola, eu tinha de a rodar à volta da cintura e voltar a passar para ela, ela foi dificultando mais as coisas, porque foi mandando a bola para mais longe e eu tinha de esticar os braços para apanhar a bola, mas fui conseguindo apanhar sempre, depois voltei a andar e a passar a bola à terapeuta, mas desta vez a bater primeiro no chão, fui andando assim até ao fundo do corredor, depois a terapeuta meteu a bola no chão e fui-a chutando, primeiro até ao fundo do corredor e a seguir até ao ginásio, quando lá cheguei já lá estavam alguns médicos para a visita médica, acabei por isso ali o meu treino de hoje.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, embora estivesse a chover na rua, o corredor manteve-se seco e pude treinar sem grandes problemas. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Fisioterapia 177º dia (25 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje tive um dia excelente na fisioterapia, um dia repleto de novas pequena vitórias.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e treinei o equilíbrio durante alguns minutos, depois a terapeuta deu-me a bola e estive a manda-la contra a parede, correu bem, cheguei a mandar 45 vezes seguidas sem me apoiar, a seguir arrumei tudo, juntei as próteses e fui dando um passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, passando o peso para cima da prótese esquerda quando a avançava, quando acabei este exercício agarrei na canadiana e na bola e fui até ao corredor grande, encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, entretanto a terapeuta chegou lá com os pinos, montou um circuito com eles e eu fui andando sem canadianas, percorrendo-o todo aos ziguezagues, com a terapeuta ao meu lado, depois dei a volta, passei o primeiro pino e a terapeuta disse-me para esperar por ela que ela tinha de ir ao ginásio, encostei-me ao corrimão, mas como me sentia bastante confiante decidi continuar o exercício, comecei devagar e acabei por conseguir acabar o exercício, a seguir fiz o mesmo percurso, mas desta vez com a canadiana e a andar de costas, consegui fazer tudo sem problemas, depois pousei a canadiana e fiz mais uma vez todo o percurso a andar de frente e sem qualquer apoio, quando cheguei ao fim chegou também a terapeuta e disse-me para fazermos um exercício novo, tive de fazer novamente todo o percurso, mas desta vez num dos pinos andava para a frente e no outro para trás, sem canadianas, para a frente não tive qualquer dificuldade, mas para trás foi muito diferente, nunca tinha andado dessa forma sem ser junto ao corrimão e mesmo aí não consigo dar muitos passos, sempre que tinha de andar para trás a terapeuta estava muito próxima de mim, para o caso de eu me desequilibrar, em todo o percurso só precisei de me apoiar duas vezes nela, o que foi muito bom, tendo em conta que nunca tinha andado assim, a seguir fiquei a andar por ali mais um bocado sozinho, percorri o corredor todo para os dois lados, voltei a fazer o circuito dos pinos e andei bastante tempo afastado das duas paredes, depois a terapeuta disse-me para fazer tudo o que ela fazia, tive de dar passos para os dois lados, para a frente, encostar o pé da prótese e a anca à parede, depois afastar-me, também tive de encostar o pé ao pé dela e a seguir começou-me a dizer para chutar os pinos, no início comecei a chutar devagar e a terapeuta disse para voltar a chutar, foi assim até o pino tombar, depois ela encostou esse e disse-me para andar até ao outro e chuta-lo, comecei então a tombar todos, quando já não havia mais a terapeuta foi levantando-os para eu voltar a chutar, fui assim até ao fundo do corredor, depois entrámos pela sala de espera do ginásio grande e seguimos pelo ginásio, até agora sempre que passava pelo ginásio grande tinha de me apoiar em algum lado, isso porque o piso é diferente, ligeiramente almofadado, o que altera a forma como o pé assenta no chão e dificulta o equilíbrio, mas hoje consegui passar sem qualquer desequilíbrio, sem tocar em lado nenhum e ainda tive de passar por cima de um fio da luz, depois saímos para o pátio e a terapeuta agarrou numa mangueira que existe ali e colocou-a para o meio, a seguir tive de passar por cima da mangueira, nas primeiras vezes pisei-a e até tive alguns desequilíbrios, mas depois tentei e consegui passar por cima dela sem lhe tocar, andei ali às voltas para passar por cima da mangueira, a terapeuta esteve sempre perto de mim e só precisei de me apoiar nela duas vezes, depois disse-me para esperar ali um bocadinho, eu estava no meio do pátio, sem nenhum apoio por perto, fiquei ali cerca de 5 minutos parado, no início foi muito fácil, mas aos poucos fui perdendo a confiança, precisei de focar pontos para me equilibrar e no fim já estava muito inseguro, com os braços abertos, nem conseguia focar nenhum ponto, já estava a chegar ao limite, estive quase para chamar a terapeuta, mas ela chegou a tempo, a seguir voltei a dar a volta e a passar por cima da mangueira mais algumas vezes e seguimos até ao ginásio, ao chegar lá eu parei logo na entrada e a terapeuta foi ter com outros amputados, eu precisava de atravessar o ginásio, mas não me estava a sentir seguro, então a terapeuta disse a uma auxiliar para me ir a "fazer sombra", que nem precisava de estar muito perto de mim, dessa forma consegui atravessar o ginásio até onde queria, a seguir fui até à porta na outra ponta do ginásio e voltei para o outro lado, pelo meio fui tendo alguns obstáculos que ultrapassei sem dificuldade, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, cheio de exercícios, muitos deles novos e no corredor já arrisco a fazer muitas coisas sozinho, como foi o caso do circuito dos pinos que nunca tinha feito sem apoios sozinho, mas onde ainda não em sinto confiante acabo por bloquear um pouco e preciso de tal "sombra" para me transmitir confiança. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje tive um dia excelente na fisioterapia, um dia repleto de novas pequena vitórias.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e treinei o equilíbrio durante alguns minutos, depois a terapeuta deu-me a bola e estive a manda-la contra a parede, correu bem, cheguei a mandar 45 vezes seguidas sem me apoiar, a seguir arrumei tudo, juntei as próteses e fui dando um passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, passando o peso para cima da prótese esquerda quando a avançava, quando acabei este exercício agarrei na canadiana e na bola e fui até ao corredor grande, encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, entretanto a terapeuta chegou lá com os pinos, montou um circuito com eles e eu fui andando sem canadianas, percorrendo-o todo aos ziguezagues, com a terapeuta ao meu lado, depois dei a volta, passei o primeiro pino e a terapeuta disse-me para esperar por ela que ela tinha de ir ao ginásio, encostei-me ao corrimão, mas como me sentia bastante confiante decidi continuar o exercício, comecei devagar e acabei por conseguir acabar o exercício, a seguir fiz o mesmo percurso, mas desta vez com a canadiana e a andar de costas, consegui fazer tudo sem problemas, depois pousei a canadiana e fiz mais uma vez todo o percurso a andar de frente e sem qualquer apoio, quando cheguei ao fim chegou também a terapeuta e disse-me para fazermos um exercício novo, tive de fazer novamente todo o percurso, mas desta vez num dos pinos andava para a frente e no outro para trás, sem canadianas, para a frente não tive qualquer dificuldade, mas para trás foi muito diferente, nunca tinha andado dessa forma sem ser junto ao corrimão e mesmo aí não consigo dar muitos passos, sempre que tinha de andar para trás a terapeuta estava muito próxima de mim, para o caso de eu me desequilibrar, em todo o percurso só precisei de me apoiar duas vezes nela, o que foi muito bom, tendo em conta que nunca tinha andado assim, a seguir fiquei a andar por ali mais um bocado sozinho, percorri o corredor todo para os dois lados, voltei a fazer o circuito dos pinos e andei bastante tempo afastado das duas paredes, depois a terapeuta disse-me para fazer tudo o que ela fazia, tive de dar passos para os dois lados, para a frente, encostar o pé da prótese e a anca à parede, depois afastar-me, também tive de encostar o pé ao pé dela e a seguir começou-me a dizer para chutar os pinos, no início comecei a chutar devagar e a terapeuta disse para voltar a chutar, foi assim até o pino tombar, depois ela encostou esse e disse-me para andar até ao outro e chuta-lo, comecei então a tombar todos, quando já não havia mais a terapeuta foi levantando-os para eu voltar a chutar, fui assim até ao fundo do corredor, depois entrámos pela sala de espera do ginásio grande e seguimos pelo ginásio, até agora sempre que passava pelo ginásio grande tinha de me apoiar em algum lado, isso porque o piso é diferente, ligeiramente almofadado, o que altera a forma como o pé assenta no chão e dificulta o equilíbrio, mas hoje consegui passar sem qualquer desequilíbrio, sem tocar em lado nenhum e ainda tive de passar por cima de um fio da luz, depois saímos para o pátio e a terapeuta agarrou numa mangueira que existe ali e colocou-a para o meio, a seguir tive de passar por cima da mangueira, nas primeiras vezes pisei-a e até tive alguns desequilíbrios, mas depois tentei e consegui passar por cima dela sem lhe tocar, andei ali às voltas para passar por cima da mangueira, a terapeuta esteve sempre perto de mim e só precisei de me apoiar nela duas vezes, depois disse-me para esperar ali um bocadinho, eu estava no meio do pátio, sem nenhum apoio por perto, fiquei ali cerca de 5 minutos parado, no início foi muito fácil, mas aos poucos fui perdendo a confiança, precisei de focar pontos para me equilibrar e no fim já estava muito inseguro, com os braços abertos, nem conseguia focar nenhum ponto, já estava a chegar ao limite, estive quase para chamar a terapeuta, mas ela chegou a tempo, a seguir voltei a dar a volta e a passar por cima da mangueira mais algumas vezes e seguimos até ao ginásio, ao chegar lá eu parei logo na entrada e a terapeuta foi ter com outros amputados, eu precisava de atravessar o ginásio, mas não me estava a sentir seguro, então a terapeuta disse a uma auxiliar para me ir a "fazer sombra", que nem precisava de estar muito perto de mim, dessa forma consegui atravessar o ginásio até onde queria, a seguir fui até à porta na outra ponta do ginásio e voltei para o outro lado, pelo meio fui tendo alguns obstáculos que ultrapassei sem dificuldade, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, cheio de exercícios, muitos deles novos e no corredor já arrisco a fazer muitas coisas sozinho, como foi o caso do circuito dos pinos que nunca tinha feito sem apoios sozinho, mas onde ainda não em sinto confiante acabo por bloquear um pouco e preciso de tal "sombra" para me transmitir confiança. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Fisioterapia 176º dia (20 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje tive mais um dia muito intenso, fiz muitos exercícios, alguns deles novos, com eles vou aumentando a minha confiança.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, hoje um dos amputados desafiou-me a aumentar mais a resistência, tentar meter no 8 que é máximo, eu disse que iria tentar, mas que não dava para fazer as 1000 pedaladas, a pedaleira não está fixa, por isso não deu para fazer com uma resistência tão alta, tive de baixar para os 6 e dessa forma só consegui fazer 300, depois baixei a resistência para os 4,5 e fiz mais 200, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freeman e estive a treinar o equilíbrio, depois agarrei na bola e comecei-a a manda-la contra a parede, hoje não consegui mandar muitas vezes seguidas, no máximo foram apenas cerca de 30 repetições, ao fim de alguns minutos arrumei a tábua e a bola, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo apara a frente e para atrás com a prótese esquerda, consegui fazer bem este exercício e fiz bem a transferência de peso para cima da prótese esquerda, no fim deste exercício agarrei na canadiana e fui até ao corredor, ao chegar lá tive de encostar todas as cadeiras de rodas, já não tenho qualquer dificuldade em fazer isso, depois encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor para os dois lados, depois a terapeuta chegou lá com a bola, disse-me para segurar nela com as duas mãos e andar com ela encostada à barriga, percorri todo o corredor para os dois lados dessa forma, depois fiz o mesmo para os dois lados, mas desta vez com a bola atrás das costas, neste exercício precisei de parar várias vezes para descansar a zona das omoplatas, ficava muito cansado e com uma dor desconfortável, mas nunca precisei de me apoiar no corrimão, a seguir voltei a percorrer o corredor para os dois lados sem apoios, quando cheguei ao fundo a terapeuta deu-me a bola e disse-me para levantar e esticar os braços acima da cabeça e começar a andar, o primeiro passo é muito difícil de dar, mas a partir dai volto ao normal, à medida que ia andando a terapeuta ia-me dizendo para lhe dar a bola com as duas mãos, ela ia trocando de sítio e colocava as mãos dela em alturas diferentes para ser ainda mais difícil, mas acabou por correr bem e só precisei de me apoiar uma vez, a seguir estive a driblar a bola e percorri todo o corredor, depois encostei a bola de estive a andar mais um pouco sem apoios, atravessei o corredor novamente para os dois lados, depois fiz todo o corredor a andar para a direita e para a esquerda, andando aos ziguezagues, nunca tinha feito este exercício sozinho e acabou por correu muito bem, só precisei de tocar na parede logo na primeira vez que passei para um dos lados, depois nunca mais toquei e fiz muito bem as curvas, quando cheguei ao fundo aproximei-me do corrimão e fiz novamente todo o corredor, mas desta vez a andar de costas, correu muito bem, numa das partes até consegui dar bastantes passos sem me desequilibrar e apoiar no corrimão, entretanto quando acabei este exercício chegou lá a terapeuta, foi metendo a bola no chão e fui-a chutando, fizemos o corredor para os dois lados e quando acabámos já estava na hora da visita médica, agarrei na canadiana e fomos até ao ginásio, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz bastantes exercícios, tem corrido tudo bastante bem e a confiança é cada vez maior. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje tive mais um dia muito intenso, fiz muitos exercícios, alguns deles novos, com eles vou aumentando a minha confiança.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, hoje um dos amputados desafiou-me a aumentar mais a resistência, tentar meter no 8 que é máximo, eu disse que iria tentar, mas que não dava para fazer as 1000 pedaladas, a pedaleira não está fixa, por isso não deu para fazer com uma resistência tão alta, tive de baixar para os 6 e dessa forma só consegui fazer 300, depois baixei a resistência para os 4,5 e fiz mais 200, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freeman e estive a treinar o equilíbrio, depois agarrei na bola e comecei-a a manda-la contra a parede, hoje não consegui mandar muitas vezes seguidas, no máximo foram apenas cerca de 30 repetições, ao fim de alguns minutos arrumei a tábua e a bola, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo apara a frente e para atrás com a prótese esquerda, consegui fazer bem este exercício e fiz bem a transferência de peso para cima da prótese esquerda, no fim deste exercício agarrei na canadiana e fui até ao corredor, ao chegar lá tive de encostar todas as cadeiras de rodas, já não tenho qualquer dificuldade em fazer isso, depois encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor para os dois lados, depois a terapeuta chegou lá com a bola, disse-me para segurar nela com as duas mãos e andar com ela encostada à barriga, percorri todo o corredor para os dois lados dessa forma, depois fiz o mesmo para os dois lados, mas desta vez com a bola atrás das costas, neste exercício precisei de parar várias vezes para descansar a zona das omoplatas, ficava muito cansado e com uma dor desconfortável, mas nunca precisei de me apoiar no corrimão, a seguir voltei a percorrer o corredor para os dois lados sem apoios, quando cheguei ao fundo a terapeuta deu-me a bola e disse-me para levantar e esticar os braços acima da cabeça e começar a andar, o primeiro passo é muito difícil de dar, mas a partir dai volto ao normal, à medida que ia andando a terapeuta ia-me dizendo para lhe dar a bola com as duas mãos, ela ia trocando de sítio e colocava as mãos dela em alturas diferentes para ser ainda mais difícil, mas acabou por correr bem e só precisei de me apoiar uma vez, a seguir estive a driblar a bola e percorri todo o corredor, depois encostei a bola de estive a andar mais um pouco sem apoios, atravessei o corredor novamente para os dois lados, depois fiz todo o corredor a andar para a direita e para a esquerda, andando aos ziguezagues, nunca tinha feito este exercício sozinho e acabou por correu muito bem, só precisei de tocar na parede logo na primeira vez que passei para um dos lados, depois nunca mais toquei e fiz muito bem as curvas, quando cheguei ao fundo aproximei-me do corrimão e fiz novamente todo o corredor, mas desta vez a andar de costas, correu muito bem, numa das partes até consegui dar bastantes passos sem me desequilibrar e apoiar no corrimão, entretanto quando acabei este exercício chegou lá a terapeuta, foi metendo a bola no chão e fui-a chutando, fizemos o corredor para os dois lados e quando acabámos já estava na hora da visita médica, agarrei na canadiana e fomos até ao ginásio, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz bastantes exercícios, tem corrido tudo bastante bem e a confiança é cada vez maior. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Fisioterapia 175º dia (18 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje começou mais uma semana de fisioterapia, a partir desta semana já só vou dois dias por semana, à Terça-feira e Quinta-feira, por isso aproveito ainda mais o tempo de fisioterapia, hoje acabei o treino já completamente de "rastos", mesmo muito cansado.
Já deixei definitivamente uma das canadianas, por isso fui só com uma para o Hospital, desci a rampa apoiado ao corrimão e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir a terapeuta disse-me para ir até ao pátio, ela tinha lá montado um circuito diferente do habitual, para descer o degrau do ginásio para o pátio precisei de fazer um pequeno apoio na parede, segui então para ao pé da terapeuta, ela estava junto a uma parte do circuito com vários paus no chão, paus esses que estavam paralelos uns aos outros, formando um pequeno corredor, simulando dois muros, eu tive de passar por ali a andar de lado e a canadiana também tinha de ir no meio dos paus, atravessei primeiro a andar para a esquerda e só dei um pequeno toque num dos paus quando estava a chegar ao fim, a seguir fiz o percurso para a direita e voltou a acontecer o mesmo no fim, um ligeiro toque praticamente no último passo, a seguir a terapeuta teve de ir tratar de outros doentes e eu fiquei a andar pelo resto do circuito, atravessei-o para os dois lados, depois fui para o degrau da entrada do ginásio e estive a tentar subi-lo sem canadiana e sem me apoiar, já à muito tempo que não fazia este exercício, acabei por nunca conseguir subir sem dar um ligeiro toque, no início também tive dificuldade para dar o impulso e subir, mas mesmo assim acabou por ser positivo, entretanto chegou lá a terapeuta, disse-me para me virar para ela e começar a andar sem canadiana, atravessámos o pátio, fiz o circuito dos pinos sem canadianas para os dois lados, consegui fazer todo o circuito sem tocar nos pinos e só precisei de me apoiar ligeiramente na terapeuta duas vezes, a seguir a terapeuta disse-me para ficar perto da parede enquanto ela ia fazer uma coisa ao ginásio, fui ficando por ali, mas o sol estava forte e decidi começar a andar até à porta do ginásio, segui sempre encostado à parede, inseguro, mas fui tentando andar a apoiar-me o mínimo possível, com a insegurança que sentia não dava muitos passos, mas o importante é que consegui andar sozinho ao longo de duas paredes até chegar à porta do ginásio, a seguir agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, a terapeuta disse-me para fazer todo o corredor a andar de costas, com a canadiana, consegui bastante bem, nunca tive a tendência de afastar as próteses, também nunca precisei de me apoiar e nunca me desequilibrei, quando cheguei ao fundo a terapeuta deu-me a bola e disse-me para começar a dribla-la, nesta altura já sem qualquer apoio, atravessei o corredor todo para os dois lados, depois encostei a bola e estive apenas a andar sem apoios, fiz o corredor várias vezes e nas curvas nunca me apoiei no corrimão, a seguir a terapeuta deu-me novamente a bola e estivemos a passar um para o outro, com a bola a bater sempre primeiro no chão, fui andando assim até ao fundo do corredor, depois ela disse-me para fazer um exercício muito difícil, andar com a bola atrás das costas, tive de atravessar todo o corredor dessa forma, os primeiros passos foram muito difíceis, depois comecei a andar melhor, fiz todo o corredor e só me apoiei umas 2 vezes, nenhuma delas por desequilíbrio, mas sim para aliviar as costas, ao andar assim fazia-me doer bastante as costas na parte de cima, quando cheguei ao fim a terapeuta disse-me para dar a volta, ainda com a bola nas costas, eu tentei, fiz um esforço muito grande, mas não consegui, ao estar com a bola atrás das costas ficava um pouco inclinado para a frente e já não conseguia avançar a prótese direita, acabei por ter de me apoiar ao corrimão para dar a volta, oo último exercício que fiz foi a chutar a bola, a terapeuta foi colocando a bola à minha frente, eu fui andando e posicionando-me de forma a conseguir chutar a bola, fomos assim até ao fundo do corredor, demos a volta lá no fundo da mesma maneira, voltámos a travessar o corredor todo, seguimos pelos corredores pequenos e só me apoiei na porta do ginásio, entrámos no ginásio, sempre a fazer o mesmo exercício e a terapeuta disse-me para parar mesmo no meio, sem ninguém por perto nem nada onde me pudesse apoiar, fiquei por ali cerca de 3 minutos parado, no início estava muito bem, mas aos poucos fui perdendo a confiança, tive de começar a abrir os braços para me ajudar a equilibrar e já estava a sentir que se ficasse mais algum tempo acabava por cair, era tudo psicológico, mas o que é certo é que já andava a abanar para a frente e para trás, assim que a terapeuta chegou ao pé de mim, meteu o braço dela ao alcance do meu e comecei a andar como se não tivesse chegado a parar, continuei então a andar até à parede e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, já acabei completamente de rastos, fiz muitos exercícios, uns novos, outros que já não fazia à bastante tempo, mas acabei o treino com um sentimento de dever cumprido, porque correu muito bem. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje começou mais uma semana de fisioterapia, a partir desta semana já só vou dois dias por semana, à Terça-feira e Quinta-feira, por isso aproveito ainda mais o tempo de fisioterapia, hoje acabei o treino já completamente de "rastos", mesmo muito cansado.
Já deixei definitivamente uma das canadianas, por isso fui só com uma para o Hospital, desci a rampa apoiado ao corrimão e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir a terapeuta disse-me para ir até ao pátio, ela tinha lá montado um circuito diferente do habitual, para descer o degrau do ginásio para o pátio precisei de fazer um pequeno apoio na parede, segui então para ao pé da terapeuta, ela estava junto a uma parte do circuito com vários paus no chão, paus esses que estavam paralelos uns aos outros, formando um pequeno corredor, simulando dois muros, eu tive de passar por ali a andar de lado e a canadiana também tinha de ir no meio dos paus, atravessei primeiro a andar para a esquerda e só dei um pequeno toque num dos paus quando estava a chegar ao fim, a seguir fiz o percurso para a direita e voltou a acontecer o mesmo no fim, um ligeiro toque praticamente no último passo, a seguir a terapeuta teve de ir tratar de outros doentes e eu fiquei a andar pelo resto do circuito, atravessei-o para os dois lados, depois fui para o degrau da entrada do ginásio e estive a tentar subi-lo sem canadiana e sem me apoiar, já à muito tempo que não fazia este exercício, acabei por nunca conseguir subir sem dar um ligeiro toque, no início também tive dificuldade para dar o impulso e subir, mas mesmo assim acabou por ser positivo, entretanto chegou lá a terapeuta, disse-me para me virar para ela e começar a andar sem canadiana, atravessámos o pátio, fiz o circuito dos pinos sem canadianas para os dois lados, consegui fazer todo o circuito sem tocar nos pinos e só precisei de me apoiar ligeiramente na terapeuta duas vezes, a seguir a terapeuta disse-me para ficar perto da parede enquanto ela ia fazer uma coisa ao ginásio, fui ficando por ali, mas o sol estava forte e decidi começar a andar até à porta do ginásio, segui sempre encostado à parede, inseguro, mas fui tentando andar a apoiar-me o mínimo possível, com a insegurança que sentia não dava muitos passos, mas o importante é que consegui andar sozinho ao longo de duas paredes até chegar à porta do ginásio, a seguir agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, a terapeuta disse-me para fazer todo o corredor a andar de costas, com a canadiana, consegui bastante bem, nunca tive a tendência de afastar as próteses, também nunca precisei de me apoiar e nunca me desequilibrei, quando cheguei ao fundo a terapeuta deu-me a bola e disse-me para começar a dribla-la, nesta altura já sem qualquer apoio, atravessei o corredor todo para os dois lados, depois encostei a bola e estive apenas a andar sem apoios, fiz o corredor várias vezes e nas curvas nunca me apoiei no corrimão, a seguir a terapeuta deu-me novamente a bola e estivemos a passar um para o outro, com a bola a bater sempre primeiro no chão, fui andando assim até ao fundo do corredor, depois ela disse-me para fazer um exercício muito difícil, andar com a bola atrás das costas, tive de atravessar todo o corredor dessa forma, os primeiros passos foram muito difíceis, depois comecei a andar melhor, fiz todo o corredor e só me apoiei umas 2 vezes, nenhuma delas por desequilíbrio, mas sim para aliviar as costas, ao andar assim fazia-me doer bastante as costas na parte de cima, quando cheguei ao fim a terapeuta disse-me para dar a volta, ainda com a bola nas costas, eu tentei, fiz um esforço muito grande, mas não consegui, ao estar com a bola atrás das costas ficava um pouco inclinado para a frente e já não conseguia avançar a prótese direita, acabei por ter de me apoiar ao corrimão para dar a volta, oo último exercício que fiz foi a chutar a bola, a terapeuta foi colocando a bola à minha frente, eu fui andando e posicionando-me de forma a conseguir chutar a bola, fomos assim até ao fundo do corredor, demos a volta lá no fundo da mesma maneira, voltámos a travessar o corredor todo, seguimos pelos corredores pequenos e só me apoiei na porta do ginásio, entrámos no ginásio, sempre a fazer o mesmo exercício e a terapeuta disse-me para parar mesmo no meio, sem ninguém por perto nem nada onde me pudesse apoiar, fiquei por ali cerca de 3 minutos parado, no início estava muito bem, mas aos poucos fui perdendo a confiança, tive de começar a abrir os braços para me ajudar a equilibrar e já estava a sentir que se ficasse mais algum tempo acabava por cair, era tudo psicológico, mas o que é certo é que já andava a abanar para a frente e para trás, assim que a terapeuta chegou ao pé de mim, meteu o braço dela ao alcance do meu e comecei a andar como se não tivesse chegado a parar, continuei então a andar até à parede e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, já acabei completamente de rastos, fiz muitos exercícios, uns novos, outros que já não fazia à bastante tempo, mas acabei o treino com um sentimento de dever cumprido, porque correu muito bem. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
domingo, 16 de outubro de 2011
Fisioterapia 174º dia (14 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, pela primeira vez fui só com uma canadiana para o hospital, o treinp hoje foi bastante diferente do normal, demos uma volta pelo hospital em ultrapassámos vários tipos de obstáculos, um deles merecia mesmo ter ficado registado através de uma fotografia.
Comecei o dia a descer a rampa, como ia só com uma canadiana desci-a apoiado ao corrimão, a seguir fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, de seguida fui até às barras, subi para cima da tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, depois fui buscar a bola, voltei a subir para cima da tábua e fui mandando a bola contra a parede, hoje correu muito mal este exercício, nunca consegui chegar às 20 vezes seguidas e a maior parte das vezes nem passei das 10, a seguir arrumei a bola e a tábua de Freemen, agarrei na canadiana e fui com a terapeuta e mais três amputados dar um passeio, saímos do nosso pavilhão, subimos a rampa, eu subi-a toda sem me apoiar no corrimão, virámos à esquerda e fomos por cima do passeio, este passeio tem estado em obras, por isso havia zonas em que as pedras da calçada estavam encostadas, tive de passar de lado nessa parte, mais à frente tive de passar no meio da terra e continuei até poder voltar a subir para cima da calçada, nessa altura a terapeuta foi buscar uma Sra amputada, enquanto isso esperámos por elas ali sentados nuns bancos, quando elas chegaram a Sra amputada sentou-se e nós fomos dar uma volta com a terapeuta, volta essa que tinha várias dificuldades, levantámos-nos dos bancos, atravessámos a calçada e também a parte que estava sem as pedras, descemos o passeio e seguimos para estrada, depois virámos à esquerda e andamos alguns metros, a seguir voltámos a virar à esquerda para entrarmos numa parte de terra e pedras, bastante irregular e seguimos até junto do muro do hospital, aí tivemos de passar por uma parte completamente diferente de tudo o resto, uma parte cheia de folhas que tinham caído das árvores, não se via o chão nem nos conseguíamos aperceber onde colocávamos os pés, eu fui levantando mais a prótese esquerda para nas arrastar as folhas, a prótese direita também tentei, mas fui sempre arrastando algumas folhas e isso dificultava um pouco a avançar da próteses, mas correu bastante bem, a seguir passei de lado entre dois carros e segui para os bancos, os outros foram pelo caminho mais a direito, mas eu preferi ir pela parte de trás de um pequeno lago(fonte) que há ali, nessa parte o piso é muito irregular, com vários buracos, terra por causa das obras e também cheio de folhas de uma bananeira, fui andando bastante bem e na parte da bananeira desviei as folhas com os braço para as conseguir passar, depois fizemos o caminho de regresso para o ginásio, voltámos a passar pela parte de terra, descemos o passeio e fomos pela estrada até à rampa, desci-a novamente apoiado no corrimão, segui até ao ginásio e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu treino de hoje, andei muito tempo fora do pavilhão, em piso muito irregulares e diferentes, sobretudo aquele pelo meio das folhas, a partir da próxima semana vou passar a treinar só duas vezes por semana, às Terças-Feira e Quintas-Feira. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, pela primeira vez fui só com uma canadiana para o hospital, o treinp hoje foi bastante diferente do normal, demos uma volta pelo hospital em ultrapassámos vários tipos de obstáculos, um deles merecia mesmo ter ficado registado através de uma fotografia.
Comecei o dia a descer a rampa, como ia só com uma canadiana desci-a apoiado ao corrimão, a seguir fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, de seguida fui até às barras, subi para cima da tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, depois fui buscar a bola, voltei a subir para cima da tábua e fui mandando a bola contra a parede, hoje correu muito mal este exercício, nunca consegui chegar às 20 vezes seguidas e a maior parte das vezes nem passei das 10, a seguir arrumei a bola e a tábua de Freemen, agarrei na canadiana e fui com a terapeuta e mais três amputados dar um passeio, saímos do nosso pavilhão, subimos a rampa, eu subi-a toda sem me apoiar no corrimão, virámos à esquerda e fomos por cima do passeio, este passeio tem estado em obras, por isso havia zonas em que as pedras da calçada estavam encostadas, tive de passar de lado nessa parte, mais à frente tive de passar no meio da terra e continuei até poder voltar a subir para cima da calçada, nessa altura a terapeuta foi buscar uma Sra amputada, enquanto isso esperámos por elas ali sentados nuns bancos, quando elas chegaram a Sra amputada sentou-se e nós fomos dar uma volta com a terapeuta, volta essa que tinha várias dificuldades, levantámos-nos dos bancos, atravessámos a calçada e também a parte que estava sem as pedras, descemos o passeio e seguimos para estrada, depois virámos à esquerda e andamos alguns metros, a seguir voltámos a virar à esquerda para entrarmos numa parte de terra e pedras, bastante irregular e seguimos até junto do muro do hospital, aí tivemos de passar por uma parte completamente diferente de tudo o resto, uma parte cheia de folhas que tinham caído das árvores, não se via o chão nem nos conseguíamos aperceber onde colocávamos os pés, eu fui levantando mais a prótese esquerda para nas arrastar as folhas, a prótese direita também tentei, mas fui sempre arrastando algumas folhas e isso dificultava um pouco a avançar da próteses, mas correu bastante bem, a seguir passei de lado entre dois carros e segui para os bancos, os outros foram pelo caminho mais a direito, mas eu preferi ir pela parte de trás de um pequeno lago(fonte) que há ali, nessa parte o piso é muito irregular, com vários buracos, terra por causa das obras e também cheio de folhas de uma bananeira, fui andando bastante bem e na parte da bananeira desviei as folhas com os braço para as conseguir passar, depois fizemos o caminho de regresso para o ginásio, voltámos a passar pela parte de terra, descemos o passeio e fomos pela estrada até à rampa, desci-a novamente apoiado no corrimão, segui até ao ginásio e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu treino de hoje, andei muito tempo fora do pavilhão, em piso muito irregulares e diferentes, sobretudo aquele pelo meio das folhas, a partir da próxima semana vou passar a treinar só duas vezes por semana, às Terças-Feira e Quintas-Feira. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Fisioterapia 173º dia (12 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje tive um dia diferente na fisioterapia, aproveitámos este tempo fantástico que está agora e fomos dar um passeio pelo hospital. Na parte da tarde fui a uma consulta de cirurgia vascular para ver como está agora o braço esquerdo.
Comecei o meu dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio enquanto falava com uma médica que vai estar connosco durante 3 meses, fomos falando sobre o acidente, o processo de reabilitação, todo o caminho que tenho vindo a fazer desde o primeiro dia ali na fisioterapia (quase 2 anos) e também sobre todos os desportos que faço frequentemente (canoagem de competição, kitesurf, ginásio e handbikes), entretanto a terapeuta disse-me para ir-mos dar uma volta e para eu levar uma canadiana, fui andando até à rua e subi a rampa sem me apoiar no corrimão, depois virámos à direita e descemos outra rampa em direcção ao pavilhão de Oftalmologia, a rampa desci-a com uma mão na parede, a partir de meio nem precisava de apoiar a mão, mas preferi manter-me em segurança, uma vez que a borracha da canadiana estava muito gasta, entrámos no pavilhão e assim que meti a canadiana numa parte de mosaico liso ela escorregou, mas aguentei-me bem e ninguém se apercebeu, continuámos a andar até às escadas de ferro, desci-as apoiado ao corrimão e com a canadiana na mão direita, foi muito simples, para subir também foi muito fácil, a seguir voltámos para trás subi a rampa apoiado apenas na canadiana, mesmo na parte mais inclinada, parei depois encostado ao corrimão enquanto a terapeuta foi até ao ginásio, quando regressou estive a andar sem canadianas, tive de passar primeiro uma parte para o escoamento da água das chuvas, aí precisei de me apoiar na mão da terapeuta, virámos à esquerda e a partir dali fui sempre sem em apoiar, andámos cerca de 30 metros, dei a volta e voltámos para trás, ao dar a volta também não precisei de me apoiar na terapeuta, o piso ali não era completamente direito, tinha uma pequena inclinação lateral que não me afectava no equilíbrio, mas a prótese direita raramente passava para a frente da prótese esquerda, mas correu bem, ao chegar outra vez à parte onde comecei a andar sem apoios, também tive de me apoiar na terapeuta, tentei aguentar o máximo, mas precisei de um ligeiro toque na mão dela, a seguir desci a rampa com a canadiana na mão esquerda e apoiado no corrimão, continuei até à entrada do ginásio, encostei a canadiana, fui sozinho até ao fundo do corredor grande e voltei para trás, neste percurso não em senti muito confiante, a prótese esquerda estava um pouco rodada para fora, a forma de apoiar o pé no chão era diferente e isso dificultou bastante, mas acabei por conseguir atravessar os corredores até ao fundo, regressar para a porta do ginásio e ainda atravessei para o lado esquerdo e para o lado direito, a seguir entrei no ginásio e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi diferente, fomos dar uma volta pela rua e pelo serviço de Oftalmologia, andei com uma canadiana e sem nenhuma, fui às escadas e às rampas, acabou por ser um treino bastante completo. Na parte da tarde fui a uma consulta de cirurgia vascular para ver como está o meu braço esquerdo, o médico disse que estava muito melhor, a diferença é muito grande em relação à última consulta à 6 meses. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje tive um dia diferente na fisioterapia, aproveitámos este tempo fantástico que está agora e fomos dar um passeio pelo hospital. Na parte da tarde fui a uma consulta de cirurgia vascular para ver como está agora o braço esquerdo.
Comecei o meu dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio enquanto falava com uma médica que vai estar connosco durante 3 meses, fomos falando sobre o acidente, o processo de reabilitação, todo o caminho que tenho vindo a fazer desde o primeiro dia ali na fisioterapia (quase 2 anos) e também sobre todos os desportos que faço frequentemente (canoagem de competição, kitesurf, ginásio e handbikes), entretanto a terapeuta disse-me para ir-mos dar uma volta e para eu levar uma canadiana, fui andando até à rua e subi a rampa sem me apoiar no corrimão, depois virámos à direita e descemos outra rampa em direcção ao pavilhão de Oftalmologia, a rampa desci-a com uma mão na parede, a partir de meio nem precisava de apoiar a mão, mas preferi manter-me em segurança, uma vez que a borracha da canadiana estava muito gasta, entrámos no pavilhão e assim que meti a canadiana numa parte de mosaico liso ela escorregou, mas aguentei-me bem e ninguém se apercebeu, continuámos a andar até às escadas de ferro, desci-as apoiado ao corrimão e com a canadiana na mão direita, foi muito simples, para subir também foi muito fácil, a seguir voltámos para trás subi a rampa apoiado apenas na canadiana, mesmo na parte mais inclinada, parei depois encostado ao corrimão enquanto a terapeuta foi até ao ginásio, quando regressou estive a andar sem canadianas, tive de passar primeiro uma parte para o escoamento da água das chuvas, aí precisei de me apoiar na mão da terapeuta, virámos à esquerda e a partir dali fui sempre sem em apoiar, andámos cerca de 30 metros, dei a volta e voltámos para trás, ao dar a volta também não precisei de me apoiar na terapeuta, o piso ali não era completamente direito, tinha uma pequena inclinação lateral que não me afectava no equilíbrio, mas a prótese direita raramente passava para a frente da prótese esquerda, mas correu bem, ao chegar outra vez à parte onde comecei a andar sem apoios, também tive de me apoiar na terapeuta, tentei aguentar o máximo, mas precisei de um ligeiro toque na mão dela, a seguir desci a rampa com a canadiana na mão esquerda e apoiado no corrimão, continuei até à entrada do ginásio, encostei a canadiana, fui sozinho até ao fundo do corredor grande e voltei para trás, neste percurso não em senti muito confiante, a prótese esquerda estava um pouco rodada para fora, a forma de apoiar o pé no chão era diferente e isso dificultou bastante, mas acabei por conseguir atravessar os corredores até ao fundo, regressar para a porta do ginásio e ainda atravessei para o lado esquerdo e para o lado direito, a seguir entrei no ginásio e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi diferente, fomos dar uma volta pela rua e pelo serviço de Oftalmologia, andei com uma canadiana e sem nenhuma, fui às escadas e às rampas, acabou por ser um treino bastante completo. Na parte da tarde fui a uma consulta de cirurgia vascular para ver como está o meu braço esquerdo, o médico disse que estava muito melhor, a diferença é muito grande em relação à última consulta à 6 meses. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Fisioterapia 172º dia (10 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje começou uma nova semana de fisioterapia, continuei com os progressos e a confiança do último treino e fiz alguns exercícios novos.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, subi para cima da tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, primeiro sem nada nas mãos, depois mandando a bola contra a parede, consegui várias séries de 30 e 40 repetições sem me apoiar, por último fui mandando a bola contra a parede e rodando-a de seguida à volta da cintura, hoje no máximo consegui 15 repetições seguidas, a seguir arrumei a tábua, juntei as próteses e fui dando um pequeno passo para a frente e para trás, correu bem este exercício, no fim agarrei numa canadiana e fui até ao pátio, a terapeuta tinha montado um circuito com os pinos, eu fiz-o 4 vezes, duas para cada lado, sem qualquer dificuldade e relativamente rápido, a seguir fui até ao corredor grande e estive a andar por lá durante algum tempo, passei várias vezes pelo outro sr. biamputado, tentei fazer sempre os movimentos com os braços e também fui olhando para a frente, depois chegou lá a terapeuta e montou ali um circuito com os pinos para nós voltarmos a fazer o exercício que tínhamos feito na última semana, andar de forma oblíqua entre os pinos, para a frente e para trás, eu fiz esse exercício para os dois lados com o auxílio de uma canadiana, correu bastante bem, as diagonais foram todas muito bem feitas, tanto para a frente como para trás, a seguir fiz novamente todo o percurso para um dos lados, mas desta vez a andar sempre de costas, quando cheguei ao fundo a terapeuta disse-me para fazer a última parte do exercício sem fazer as diagonais, para continuar na mesma de costas mas a fazer normalmente as curvas entre os pinos, consegui bastante bem, depois encostei a canadiana e continuei a andar normalmente pelo corredor, atravessei-o para os dois lados e ainda fui buscar uma canadiana ao outro lado do corredor para dar ao outro sr, ele ainda não consegue atravessar o corredor de um lado para o outro sem canadianas ou mesmo só com uma canadiana, consegui passar sem qualquer dificuldade e de forma bastante segura, a seguir percorri o corredor todo por aquele lado, até a terapeuta chegar ao pé de mim com uma bola, deu-ma para as mãos e fomos passando um para o outro até ao fim do corredor, depois disse-me para segurar a bola com as duas mãos junto da barriga e dar a volta, andar assim é bastante difícil, sempre que me desequilibro abro um braço ou os dois para me voltar a equilibrar, mas ao andar com a bola nas duas mãos e junto à barriga não era possível equilibrar-me dessa forma, tive de andar mais concentrado, percorri o corredor todo e só precisei de me apoiar na parede uma ou duas vezes, ao chegar ao fundo passei a bola para a terapeuta e ela disse-me para começar a andar com as mãos atrás das costas, não é nada fácil, voltei a ter o mesmo problema para me equilibrar e a postura não era a mais correcta, comecei a andar um pouco inclinado para a frente, acabei por conseguir fazer todo o corredor e só me apoiei na curva, mas ao chegar ao fim já me doía a zona da cervical por ter andado inclinado para a frente, agarrei depois na canadiana e voltei para o ginásio porque já lá estavam os médicos para a visita médica, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, voltei a passar o corredor de um lado para o outro sem qualquer problema e fiz exercícios novos que correram bem, principalmente aquele em que andei de costas a fazer o circuito dos pinos. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje começou uma nova semana de fisioterapia, continuei com os progressos e a confiança do último treino e fiz alguns exercícios novos.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, subi para cima da tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, primeiro sem nada nas mãos, depois mandando a bola contra a parede, consegui várias séries de 30 e 40 repetições sem me apoiar, por último fui mandando a bola contra a parede e rodando-a de seguida à volta da cintura, hoje no máximo consegui 15 repetições seguidas, a seguir arrumei a tábua, juntei as próteses e fui dando um pequeno passo para a frente e para trás, correu bem este exercício, no fim agarrei numa canadiana e fui até ao pátio, a terapeuta tinha montado um circuito com os pinos, eu fiz-o 4 vezes, duas para cada lado, sem qualquer dificuldade e relativamente rápido, a seguir fui até ao corredor grande e estive a andar por lá durante algum tempo, passei várias vezes pelo outro sr. biamputado, tentei fazer sempre os movimentos com os braços e também fui olhando para a frente, depois chegou lá a terapeuta e montou ali um circuito com os pinos para nós voltarmos a fazer o exercício que tínhamos feito na última semana, andar de forma oblíqua entre os pinos, para a frente e para trás, eu fiz esse exercício para os dois lados com o auxílio de uma canadiana, correu bastante bem, as diagonais foram todas muito bem feitas, tanto para a frente como para trás, a seguir fiz novamente todo o percurso para um dos lados, mas desta vez a andar sempre de costas, quando cheguei ao fundo a terapeuta disse-me para fazer a última parte do exercício sem fazer as diagonais, para continuar na mesma de costas mas a fazer normalmente as curvas entre os pinos, consegui bastante bem, depois encostei a canadiana e continuei a andar normalmente pelo corredor, atravessei-o para os dois lados e ainda fui buscar uma canadiana ao outro lado do corredor para dar ao outro sr, ele ainda não consegue atravessar o corredor de um lado para o outro sem canadianas ou mesmo só com uma canadiana, consegui passar sem qualquer dificuldade e de forma bastante segura, a seguir percorri o corredor todo por aquele lado, até a terapeuta chegar ao pé de mim com uma bola, deu-ma para as mãos e fomos passando um para o outro até ao fim do corredor, depois disse-me para segurar a bola com as duas mãos junto da barriga e dar a volta, andar assim é bastante difícil, sempre que me desequilibro abro um braço ou os dois para me voltar a equilibrar, mas ao andar com a bola nas duas mãos e junto à barriga não era possível equilibrar-me dessa forma, tive de andar mais concentrado, percorri o corredor todo e só precisei de me apoiar na parede uma ou duas vezes, ao chegar ao fundo passei a bola para a terapeuta e ela disse-me para começar a andar com as mãos atrás das costas, não é nada fácil, voltei a ter o mesmo problema para me equilibrar e a postura não era a mais correcta, comecei a andar um pouco inclinado para a frente, acabei por conseguir fazer todo o corredor e só me apoiei na curva, mas ao chegar ao fim já me doía a zona da cervical por ter andado inclinado para a frente, agarrei depois na canadiana e voltei para o ginásio porque já lá estavam os médicos para a visita médica, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, voltei a passar o corredor de um lado para o outro sem qualquer problema e fiz exercícios novos que correram bem, principalmente aquele em que andei de costas a fazer o circuito dos pinos. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Fisioterapia 171º dia (07 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, foi um dia excelente, correu tudo muito bem e até já comecei a fazer sozinho o que nunca tinha feito.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e subi para cima dela, estive a treinar o equilíbrio durante alguns minutos, depois agarrei na bola e comecei a manda-la contra a parede, não consegui bater o meu record, mas consegui fazer várias séries com mais de 30 e 40 vezes seguidas, a seguir fiz o outro exercício onde para além de mandar a bola contra a parede, rodo-a de seguida à volta da cintura, este exercício correu muito bem, consegui várias vezes perto das 10 repetições e consegui uma vez mandar 18 vezes seguidas, depois encostei a tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a dar o pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, tive alguns desequilíbrios, mas porque quando dava o passo para a frente transferia o peso todo para cima da prótese esquerda, no fim deste exercício agarrei na canadiana e fui até ao pátio, desci o degrau sem tocar em nenhum lado e continuei até ao circuito que a terapeuta tinha feito com os pinos, fiz o circuito duas vezes para cada lado, não tive qualquer problema nas curvas e fiz a andar bastante bem, entretanto chegou lá a terapeuta, disse-me para encostar a canadiana e estivemos a andar durante bastante tempo sem apoios, atravessei o pátio várias vezes e para todos os lados, nas curvas nunca me apoiei, tive de dar uma volta à palmeira que existe ali no pátio, na parte que está mais perto da parede precisei de desviar algumas folhas para conseguir passar, mas não tive qualquer desequilíbrio ao desvia-las, a terapeuta também me fez parar várias vezes e voltar a andar, cheguei mesmo a ter de ficar parado no meio do pátio enquanto ela foi ver umas coisas, nessa altura estava lá outra terapeuta por perto, mas consegui-me aguentar muito bem, durante todo o tempo que estive a andar no pátio sem qualquer apoio só precisei de me apoiar na terapeuta duas ou três vezes e foram apoios muito ligeiros, quando as compensações que fazia para me equilibrar não eram o suficiente, de seguida fomos para o corredor grande e estive a fazer dois exercícios, no primeiro tinha de me inclinar para a frente e apoiar-me no corrimão, para a seguir dar impulso com os braços e equilibrar-me a direito, este exercício eu consigo fazer, mas só se me sentir seguro, não era o caso, tinha muito receio de cair para trás, assim que a terapeuta se meteu atrás de mim consegui logo, depois fiz outro exercício, encostar-me de lado à parede e desencostar-me sem usar os braços, quando encostava o lado esquerdo conseguia muito bem, mas quando tentei encostar o lado direito era muito mais difícil e para além disso a prótese batia na costela que esteve magoada, por isso parei de fazer para este lado, a seguir comecei a andar sem a terapeuta por perto, também lá estava o outro senhor biamputado, eu estava-me a sentir muito confiante, desviei-me dele sem qualquer problema ou hesitação, até me desviei mais para o meio do corredor, fui tentando fazer sempre os movimentos dos braços e hoje até consegui olhar mais em frente, depois de atravessar o corredor várias vezes o outro senhor ia voltar para o ginásio, eu não tinha ali nenhuma canadiana, mas sentia-me tão confiante que decidi arriscar e fui com ele, passei o corredor para o lado esquerdo e fui andando, não tive qualquer desequilíbrio, fiz muito bem a curva para o corredor pequeno, fui andando pelo meio, não me fez qualquer confusão passar à frente das portas, dei depois a volta no fundo e fiz todo o caminho até ao fundo do corredor grande, novamente sem qualquer dificuldade, passei o corredor da direita para a esquerda e vice-versa sem dificuldades, ao chegar depois à entrada para o ginásio a terapeuta ficou surpreendida por me ver ali e perguntou-me como é que tinha vindo, disse-lhe que fui sozinho e que nunca precisei de me apoiar, ela ficou contente e os médicos até ficaram surpreendidos por me verem a andar por ali sem apoios e completamente sozinho, depois fui para o ginásio, ali tinha de fazer uma curva à direita e desviar-me de outros amputados, estava com mais receio, mas a terapeuta disse que não tinha porque ter receio, que consigo sem qualquer problema e que já tinha feito várias vezes, fui andando e consegui sem dificuldades, parei depois para descansar um pouco encostado ao standing, a seguir a terapeuta disse-me para ir andando ali num pequeno percurso entre a parede e ela, tinha de acelerar e parar quando ela me dizia, ao chegar ao pé dela ou da parede tinha de dar a volta sem tocar em lado nenhum, só precisei de dar uma vez um pequeno toque na parede, por último tinha de dar passos laterais, atrás de mim tinha o standing, mas estava longe e à minha frente tinha a marquesa, mas estava muito baixa, ou seja, estava desamparado, enquanto tive alcance com a mão até à parede fui conseguindo andar, mas depois não consegui mais, parei e esperei pela terapeuta, ela depois meteu-se ao meu lado, eu dei mais dois ou três passos, foi até ela ter de ir fazer outra coisa, quando ela saiu dali não consegui dar mais nenhum passo para o lado e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi um dia excelente, nunca tinha andado sozinho pelos dois corredores, sem qualquer apoio e sem ninguém por perto, olhando agora para trás, relembro os momentos em que para passar à frente de uma porta ara muito difícil e agora não só passo à frente das portas como atravesso os corredores de um lado para o outro e os percorro de uma ponta à outra sem apoios. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, foi um dia excelente, correu tudo muito bem e até já comecei a fazer sozinho o que nunca tinha feito.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e subi para cima dela, estive a treinar o equilíbrio durante alguns minutos, depois agarrei na bola e comecei a manda-la contra a parede, não consegui bater o meu record, mas consegui fazer várias séries com mais de 30 e 40 vezes seguidas, a seguir fiz o outro exercício onde para além de mandar a bola contra a parede, rodo-a de seguida à volta da cintura, este exercício correu muito bem, consegui várias vezes perto das 10 repetições e consegui uma vez mandar 18 vezes seguidas, depois encostei a tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a dar o pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, tive alguns desequilíbrios, mas porque quando dava o passo para a frente transferia o peso todo para cima da prótese esquerda, no fim deste exercício agarrei na canadiana e fui até ao pátio, desci o degrau sem tocar em nenhum lado e continuei até ao circuito que a terapeuta tinha feito com os pinos, fiz o circuito duas vezes para cada lado, não tive qualquer problema nas curvas e fiz a andar bastante bem, entretanto chegou lá a terapeuta, disse-me para encostar a canadiana e estivemos a andar durante bastante tempo sem apoios, atravessei o pátio várias vezes e para todos os lados, nas curvas nunca me apoiei, tive de dar uma volta à palmeira que existe ali no pátio, na parte que está mais perto da parede precisei de desviar algumas folhas para conseguir passar, mas não tive qualquer desequilíbrio ao desvia-las, a terapeuta também me fez parar várias vezes e voltar a andar, cheguei mesmo a ter de ficar parado no meio do pátio enquanto ela foi ver umas coisas, nessa altura estava lá outra terapeuta por perto, mas consegui-me aguentar muito bem, durante todo o tempo que estive a andar no pátio sem qualquer apoio só precisei de me apoiar na terapeuta duas ou três vezes e foram apoios muito ligeiros, quando as compensações que fazia para me equilibrar não eram o suficiente, de seguida fomos para o corredor grande e estive a fazer dois exercícios, no primeiro tinha de me inclinar para a frente e apoiar-me no corrimão, para a seguir dar impulso com os braços e equilibrar-me a direito, este exercício eu consigo fazer, mas só se me sentir seguro, não era o caso, tinha muito receio de cair para trás, assim que a terapeuta se meteu atrás de mim consegui logo, depois fiz outro exercício, encostar-me de lado à parede e desencostar-me sem usar os braços, quando encostava o lado esquerdo conseguia muito bem, mas quando tentei encostar o lado direito era muito mais difícil e para além disso a prótese batia na costela que esteve magoada, por isso parei de fazer para este lado, a seguir comecei a andar sem a terapeuta por perto, também lá estava o outro senhor biamputado, eu estava-me a sentir muito confiante, desviei-me dele sem qualquer problema ou hesitação, até me desviei mais para o meio do corredor, fui tentando fazer sempre os movimentos dos braços e hoje até consegui olhar mais em frente, depois de atravessar o corredor várias vezes o outro senhor ia voltar para o ginásio, eu não tinha ali nenhuma canadiana, mas sentia-me tão confiante que decidi arriscar e fui com ele, passei o corredor para o lado esquerdo e fui andando, não tive qualquer desequilíbrio, fiz muito bem a curva para o corredor pequeno, fui andando pelo meio, não me fez qualquer confusão passar à frente das portas, dei depois a volta no fundo e fiz todo o caminho até ao fundo do corredor grande, novamente sem qualquer dificuldade, passei o corredor da direita para a esquerda e vice-versa sem dificuldades, ao chegar depois à entrada para o ginásio a terapeuta ficou surpreendida por me ver ali e perguntou-me como é que tinha vindo, disse-lhe que fui sozinho e que nunca precisei de me apoiar, ela ficou contente e os médicos até ficaram surpreendidos por me verem a andar por ali sem apoios e completamente sozinho, depois fui para o ginásio, ali tinha de fazer uma curva à direita e desviar-me de outros amputados, estava com mais receio, mas a terapeuta disse que não tinha porque ter receio, que consigo sem qualquer problema e que já tinha feito várias vezes, fui andando e consegui sem dificuldades, parei depois para descansar um pouco encostado ao standing, a seguir a terapeuta disse-me para ir andando ali num pequeno percurso entre a parede e ela, tinha de acelerar e parar quando ela me dizia, ao chegar ao pé dela ou da parede tinha de dar a volta sem tocar em lado nenhum, só precisei de dar uma vez um pequeno toque na parede, por último tinha de dar passos laterais, atrás de mim tinha o standing, mas estava longe e à minha frente tinha a marquesa, mas estava muito baixa, ou seja, estava desamparado, enquanto tive alcance com a mão até à parede fui conseguindo andar, mas depois não consegui mais, parei e esperei pela terapeuta, ela depois meteu-se ao meu lado, eu dei mais dois ou três passos, foi até ela ter de ir fazer outra coisa, quando ela saiu dali não consegui dar mais nenhum passo para o lado e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi um dia excelente, nunca tinha andado sozinho pelos dois corredores, sem qualquer apoio e sem ninguém por perto, olhando agora para trás, relembro os momentos em que para passar à frente de uma porta ara muito difícil e agora não só passo à frente das portas como atravesso os corredores de um lado para o outro e os percorro de uma ponta à outra sem apoios. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Fisioterapia 170º dia (03 - 10 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje começou uma nova semana de fisioterapia e tive um dia cheio de exercícios e um foi novo.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, depois a terapeuta deu-me a bola e estive a manda-la contra a parede, este exercício correu bem, cheguei a mandar a bola 51 vezes seguidas, depois comecei a mandar a bola e a roda-la à volta da cintura, este exercício também correu bem, cheguei a mandar 10 vezes seguidas, já ia para a 11ª, este foi o último exercício com a tábua de Freemen, a seguir arrumei-a, juntei as duas próteses e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, quando acabei este exercício agarrei numa canadiana e fui pelo pátio até ao corredor grande, pelo meio desci o degrau para o pátio sem problemas, ao chegar lá encostei a canadiana e estive a andar durante bastante tempo sem apoios, fui tentando sempre fazer os movimentos com os braços, aos poucos ia olhando em frente, mas não é fácil, sinto-me um pouco desequilibrado, sempre que chegava ao fundo do corredor e tinha de dar a volta para o percorrer novamente, tentava dar a volta sem me apoiar no corrimão, na grande maioria das vezes consegui, pelo meio ainda tive de me desviar algumas vezes do outro senhor que também é biamputado, apesar a falta de confiança que ainda vou sentindo, já não é tão difícil passar ao lado dele e também já não preciso de me começar a desencostar tão cedo da parede, a seguir atravessei o corredor todo a andar de costas, hoje foi a vez que correu melhor, foi mais fácil recuar a prótese direita, que é a que recuo sempre em primeiro lugar, também não tive desequilíbrios tão grandes, os passos foram mais certos e até ligeiramente maiores, ainda não consegui andar muito sem me apoiar, mas as séries já começam a ser maiores e mais regulares, quando cheguei ao fundo a terapeuta já tinha feito um circuito com os pinos, hoje ela tinha preparado um exercício novo, tínhamos de fazer diagonais entre os pinos e de uma parede até à outra sem tocar nelas, sempre a andar para a frente e de seguida para trás, como tenho muitas dificuldades em andar para trás tive de fazer o exercício com o auxilio de uma canadiana, comecei então a fazer o exercício, as diagonais consegui-as fazer muito bem, no fundo dos pinos estava um banco, eu tinha de dar a volta ao banco a andar de costas, também correu bem, depois voltei a fazer todo o percurso, mas desta vez foi sempre de costas e sempre a fazer as diagonais entre as duas paredes, quando acabámos este exercício a terapeuta foi buscar a bola e cada um de nós (1 amputado e 2 biamputados) teve de ir até ao fundo do corredor a chutar a bola, neste exercício foi-me acontecendo uma coisa estranha, sempre que estou mais próximo de uma das paredes desequilibro-me muito mais facilmente, precisei mesmo de me apoiar duas vezes na parede, depois disso a terapeuta começou a meter a bola mesmo no meio do corredor, não dando hipóteses para me apoiar em nenhuma das paredes, nessa altura comecei a fazer muito bem o exercício, sem qualquer desequilíbrio e fui chutando a bola sem dificuldades, ao chegar o fundo dei a volta e fiz todo o corredor até à canadiana e voltei para o ginásio, já estava na hora da visita médica e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, muito preenchido, andei bastante pelo corredor e naquele exercício novo que tive de fazer com a canadiana acabei por me desenrascar muito bem. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje começou uma nova semana de fisioterapia e tive um dia cheio de exercícios e um foi novo.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, depois a terapeuta deu-me a bola e estive a manda-la contra a parede, este exercício correu bem, cheguei a mandar a bola 51 vezes seguidas, depois comecei a mandar a bola e a roda-la à volta da cintura, este exercício também correu bem, cheguei a mandar 10 vezes seguidas, já ia para a 11ª, este foi o último exercício com a tábua de Freemen, a seguir arrumei-a, juntei as duas próteses e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, quando acabei este exercício agarrei numa canadiana e fui pelo pátio até ao corredor grande, pelo meio desci o degrau para o pátio sem problemas, ao chegar lá encostei a canadiana e estive a andar durante bastante tempo sem apoios, fui tentando sempre fazer os movimentos com os braços, aos poucos ia olhando em frente, mas não é fácil, sinto-me um pouco desequilibrado, sempre que chegava ao fundo do corredor e tinha de dar a volta para o percorrer novamente, tentava dar a volta sem me apoiar no corrimão, na grande maioria das vezes consegui, pelo meio ainda tive de me desviar algumas vezes do outro senhor que também é biamputado, apesar a falta de confiança que ainda vou sentindo, já não é tão difícil passar ao lado dele e também já não preciso de me começar a desencostar tão cedo da parede, a seguir atravessei o corredor todo a andar de costas, hoje foi a vez que correu melhor, foi mais fácil recuar a prótese direita, que é a que recuo sempre em primeiro lugar, também não tive desequilíbrios tão grandes, os passos foram mais certos e até ligeiramente maiores, ainda não consegui andar muito sem me apoiar, mas as séries já começam a ser maiores e mais regulares, quando cheguei ao fundo a terapeuta já tinha feito um circuito com os pinos, hoje ela tinha preparado um exercício novo, tínhamos de fazer diagonais entre os pinos e de uma parede até à outra sem tocar nelas, sempre a andar para a frente e de seguida para trás, como tenho muitas dificuldades em andar para trás tive de fazer o exercício com o auxilio de uma canadiana, comecei então a fazer o exercício, as diagonais consegui-as fazer muito bem, no fundo dos pinos estava um banco, eu tinha de dar a volta ao banco a andar de costas, também correu bem, depois voltei a fazer todo o percurso, mas desta vez foi sempre de costas e sempre a fazer as diagonais entre as duas paredes, quando acabámos este exercício a terapeuta foi buscar a bola e cada um de nós (1 amputado e 2 biamputados) teve de ir até ao fundo do corredor a chutar a bola, neste exercício foi-me acontecendo uma coisa estranha, sempre que estou mais próximo de uma das paredes desequilibro-me muito mais facilmente, precisei mesmo de me apoiar duas vezes na parede, depois disso a terapeuta começou a meter a bola mesmo no meio do corredor, não dando hipóteses para me apoiar em nenhuma das paredes, nessa altura comecei a fazer muito bem o exercício, sem qualquer desequilíbrio e fui chutando a bola sem dificuldades, ao chegar o fundo dei a volta e fiz todo o corredor até à canadiana e voltei para o ginásio, já estava na hora da visita médica e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, muito preenchido, andei bastante pelo corredor e naquele exercício novo que tive de fazer com a canadiana acabei por me desenrascar muito bem. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
domingo, 2 de outubro de 2011
Fisioterapia 169º dia (30 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, mas também foi o primeiro em que consegui treinar sem limitações.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e subi para cima dela, estive a treinar o equilíbrio em cima dela, depois agarrei na bola e fui-a mandando contra a parede, no início estava a ter muitas dificuldades, mas aos poucos melhorei e cheguei a fazer a minha segunda maior sequência de sempre, foram 56 vezes seguidas sem me apoiar, a seguir comecei a passar a bola à volta da cintura depois de a enviar contra a parede, hoje só consegui 7 vezes seguidas, quando acabei este exercício saí de cima da tábua de Freemen, juntei as duas próteses e fui dando aquele pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, correu bem este exercício, quando o acabei agarrei numa canadiana e fui até ao corredor grande, mas pelo pátio, desci o degrau sem me apoiar em nenhum lado e segui então para o corredor grande, ao chegar lá comecei a encostar as cadeiras de rodas e comecei a andar sem apoios, atravessei o corredor várias vezes, sempre a ter o cuidado de fazer os movimentos com os braços e por vezes fui olhando em frente, foi correndo bastante bem e na maioria das voltas nem precisei de tocar no corrimão, depois fiz todo o corredor a andar de costas, já vou andando ligeiramente melhor, mas ainda são muito poucos os passos que dou seguidos em me apoiar, a seguir a terapeuta disse-nos para ir-mos (eu e outro amputado) dar uma volta até à rua, tanto eu como ele fomos sem canadianas, ele é amputado só de uma perna e já anda bastante bem, por isso a terapeuta foi-me sempre a acompanhar, saímos para a rua, subi a rampa encostando-me apenas com uma mão direita à parede, a seguir seguimos em frente até uns carros que estão estacionados mais à frente, aí a terapeuta disse-me para passar no meio deles a andar de lado e sem tocar nos carros, não era fácil e acabei por tocar uma ou duas vezes neles, mas no geral correu bastante bem, continuámos pelo meio dos carros até uma parte que tem umas rampas com corrimão nos dois lados, tentei subir sem me apoiar muitas vezes, mas não estava a conseguir dar muitos passos sem me apoiar, lá em cima virámos à direita e tive de subir outra rampa, esta era mais inclinada e não deu mesmo para subir sem estar apoiado, depois tive de descer, como o corrimão nesta rampa estava no lado esquerdo sentia-me mais confiante, rodei ligeiramente para a esquerda, dessa forma não havia uma grande probabilidade do joelho direito destrancar e consegui descer sem nenhum percalço, depois desci a outra rampa também sem problemas, entretanto a terapeuta foi com o outro amputado até ao ginásio e eu fiquei ali à espera dela, mas não fiquei parado, aproveitei para subir a primeira rampa mais duas vezes, na última subida consegui sem me apoiar no corrimão, a descer também consegui dar alguns passos sem me apoiar, mas é muito difícil, quando a terapeuta lá chegou voltámos para o ginásio e novamente pelo meio dos carros, tive de passar novamente de lado, mas desta vez precisei de me apoiar mais vezes, depois na parte a direito fui andando bastante bem, a seguir desci a rampa pelo lado esquerdo, apoiando-me à parede com a mão esquerda, mas não desci tão bem como já tinha descido noutras ocasiões, entrámos depois para o pavilhão e fomos até ao ginásio, não voltei a precisar de me apoiar em nenhum lado, ao chegar perto da porta do ginásio a terapeuta entrou e já não esperou por mim, fui andando pelo meio do ginásio completamente sozinho, tive de virar à direita e passar num espaço muito apertado entre uma cadeira de rodas e a marquesa, consegui bastante bem, apesar de estar com algum receio de me desequilibrar, parei depois quando cheguei ao standing e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, estive um pouco trapalhão quando estive a andar na rua, sobretudo nas rampas, mas no geral correu bastante bem o dia. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, mas também foi o primeiro em que consegui treinar sem limitações.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e subi para cima dela, estive a treinar o equilíbrio em cima dela, depois agarrei na bola e fui-a mandando contra a parede, no início estava a ter muitas dificuldades, mas aos poucos melhorei e cheguei a fazer a minha segunda maior sequência de sempre, foram 56 vezes seguidas sem me apoiar, a seguir comecei a passar a bola à volta da cintura depois de a enviar contra a parede, hoje só consegui 7 vezes seguidas, quando acabei este exercício saí de cima da tábua de Freemen, juntei as duas próteses e fui dando aquele pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, correu bem este exercício, quando o acabei agarrei numa canadiana e fui até ao corredor grande, mas pelo pátio, desci o degrau sem me apoiar em nenhum lado e segui então para o corredor grande, ao chegar lá comecei a encostar as cadeiras de rodas e comecei a andar sem apoios, atravessei o corredor várias vezes, sempre a ter o cuidado de fazer os movimentos com os braços e por vezes fui olhando em frente, foi correndo bastante bem e na maioria das voltas nem precisei de tocar no corrimão, depois fiz todo o corredor a andar de costas, já vou andando ligeiramente melhor, mas ainda são muito poucos os passos que dou seguidos em me apoiar, a seguir a terapeuta disse-nos para ir-mos (eu e outro amputado) dar uma volta até à rua, tanto eu como ele fomos sem canadianas, ele é amputado só de uma perna e já anda bastante bem, por isso a terapeuta foi-me sempre a acompanhar, saímos para a rua, subi a rampa encostando-me apenas com uma mão direita à parede, a seguir seguimos em frente até uns carros que estão estacionados mais à frente, aí a terapeuta disse-me para passar no meio deles a andar de lado e sem tocar nos carros, não era fácil e acabei por tocar uma ou duas vezes neles, mas no geral correu bastante bem, continuámos pelo meio dos carros até uma parte que tem umas rampas com corrimão nos dois lados, tentei subir sem me apoiar muitas vezes, mas não estava a conseguir dar muitos passos sem me apoiar, lá em cima virámos à direita e tive de subir outra rampa, esta era mais inclinada e não deu mesmo para subir sem estar apoiado, depois tive de descer, como o corrimão nesta rampa estava no lado esquerdo sentia-me mais confiante, rodei ligeiramente para a esquerda, dessa forma não havia uma grande probabilidade do joelho direito destrancar e consegui descer sem nenhum percalço, depois desci a outra rampa também sem problemas, entretanto a terapeuta foi com o outro amputado até ao ginásio e eu fiquei ali à espera dela, mas não fiquei parado, aproveitei para subir a primeira rampa mais duas vezes, na última subida consegui sem me apoiar no corrimão, a descer também consegui dar alguns passos sem me apoiar, mas é muito difícil, quando a terapeuta lá chegou voltámos para o ginásio e novamente pelo meio dos carros, tive de passar novamente de lado, mas desta vez precisei de me apoiar mais vezes, depois na parte a direito fui andando bastante bem, a seguir desci a rampa pelo lado esquerdo, apoiando-me à parede com a mão esquerda, mas não desci tão bem como já tinha descido noutras ocasiões, entrámos depois para o pavilhão e fomos até ao ginásio, não voltei a precisar de me apoiar em nenhum lado, ao chegar perto da porta do ginásio a terapeuta entrou e já não esperou por mim, fui andando pelo meio do ginásio completamente sozinho, tive de virar à direita e passar num espaço muito apertado entre uma cadeira de rodas e a marquesa, consegui bastante bem, apesar de estar com algum receio de me desequilibrar, parei depois quando cheguei ao standing e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, estive um pouco trapalhão quando estive a andar na rua, sobretudo nas rampas, mas no geral correu bastante bem o dia. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Fisioterapia 168º dia (28 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje ainda não treinei a 100%, continuo um pouco limitado com dores na costela, mas já consegui fazer vários exercícios.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase nos 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, subi para cima da tábua de Freemen e estive-me a equilibrar durante alguns minutos, depois agarrei na bola e fui-a mandando contra a parede, esta semana ainda não tinha feito este exercício e hoje nem correu nada mal, numa das vezes consegui mandar 36 vezes sem me apoiar, o médico chefe até me perguntou se não tinha os pés colados à tábua, estava bastante equilibrado, a seguir fiz o outro exercício em que mando a bola contra a parede e de seguida a rodo à volta da cintura, correu muito bem e cheguei a mandar 10 vezes seguidas, quando acabei este exercício arrumei a tábua, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, mantendo as próteses o mais junto possível, a seguir agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, hoje fui pelo pátio, desci o degrau sem me apoiar, quando cheguei ao corredor encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, fui andando devagar, a tentar perceber como estava a costela, ia sentindo algum desconforto, mas já estava muito melhor, atravessei o corredor para os dois lados várias vezes, a seguir atravessei-o mais uma, mas desta vez a andar de costas, ao chegar ao fundo percorri um circuito que a terapeuta tinha montado com os pinos, era um circuito para os outros amputados, mas como me estava a sentir melhor decidi percorre-lo para os dois lados, mas com uma canadiana, a seguir saí para o pátio e fui em direcção ao ginásio, quando cheguei a porta encostei a canadiana e estive a tentar subir o degrau sem qualquer apoio, consegui subir sem tocar em lado nenhum, mas acabei por não conseguir parar sem me apoiar, de qualquer forma foi positivo, já não tentava à algum tempo e este exercício esforça mais a zona da costela que está magoada, por último fui-me encostar à parede do ginásio, desencostei os pés e fui-me tentando desencostar da parede e parar sem me agarrar no andarilho que tinha encostado à marquesa por uma questão de segurança, consegui fazer este exercício muito bem, já não tenho dificuldades em me desencostar da parede, nem em encostar-me a ela, sempre sem apoiar as mãos na parede, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, ainda estou um pouco condicionado, mas já consegui fazer vários exercício, espero que no próximo treino já consiga voltar ao normal. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje ainda não treinei a 100%, continuo um pouco limitado com dores na costela, mas já consegui fazer vários exercícios.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase nos 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, subi para cima da tábua de Freemen e estive-me a equilibrar durante alguns minutos, depois agarrei na bola e fui-a mandando contra a parede, esta semana ainda não tinha feito este exercício e hoje nem correu nada mal, numa das vezes consegui mandar 36 vezes sem me apoiar, o médico chefe até me perguntou se não tinha os pés colados à tábua, estava bastante equilibrado, a seguir fiz o outro exercício em que mando a bola contra a parede e de seguida a rodo à volta da cintura, correu muito bem e cheguei a mandar 10 vezes seguidas, quando acabei este exercício arrumei a tábua, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, mantendo as próteses o mais junto possível, a seguir agarrei na canadiana e fui até ao corredor grande, hoje fui pelo pátio, desci o degrau sem me apoiar, quando cheguei ao corredor encostei a canadiana e estive a andar sem apoios, fui andando devagar, a tentar perceber como estava a costela, ia sentindo algum desconforto, mas já estava muito melhor, atravessei o corredor para os dois lados várias vezes, a seguir atravessei-o mais uma, mas desta vez a andar de costas, ao chegar ao fundo percorri um circuito que a terapeuta tinha montado com os pinos, era um circuito para os outros amputados, mas como me estava a sentir melhor decidi percorre-lo para os dois lados, mas com uma canadiana, a seguir saí para o pátio e fui em direcção ao ginásio, quando cheguei a porta encostei a canadiana e estive a tentar subir o degrau sem qualquer apoio, consegui subir sem tocar em lado nenhum, mas acabei por não conseguir parar sem me apoiar, de qualquer forma foi positivo, já não tentava à algum tempo e este exercício esforça mais a zona da costela que está magoada, por último fui-me encostar à parede do ginásio, desencostei os pés e fui-me tentando desencostar da parede e parar sem me agarrar no andarilho que tinha encostado à marquesa por uma questão de segurança, consegui fazer este exercício muito bem, já não tenho dificuldades em me desencostar da parede, nem em encostar-me a ela, sempre sem apoiar as mãos na parede, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, ainda estou um pouco condicionado, mas já consegui fazer vários exercício, espero que no próximo treino já consiga voltar ao normal. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Fisioterapia 167º dia (26 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje começou mais uma semana de fisioterapia, estive o fim-de-semana todo sem treinar e tenho andado a tomar uns comprimidos para as dores, por isso hoje já estava um pouco melhor e já consegui fazer algumas coisas.
Comecei o dia a descer a rampa, ainda sentia algum desconforto, mas consegui descer bem, a seguir fui até ao ginásio e comecei por fazer alguns exercícios nas barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio durante vários minutos, alguns deles passados a equilibrar-me com as mãos dentro dos bolsos, o que dificulta ainda mais, depois virei a tábua ao contrário, ou seja, em vez dos desequilíbrios serem para os lados, passaram a ser para a frente e para trás, já não tentava à bastante tempo e nas últimas vezes tinha tido muitas dificuldades, hoje consegui-me aguentar relativamente bem, quando a tendência era para ir para a frente não tinha muitas possibilidades para contrariar e equilibrar-me, por isso acabava por ter de me apoiar nas barras, quando os desequilíbrios eram para trás já conseguia contrariar um pouco e algumas vezes nem precisei de me apoiar, a seguir saí de cima da tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, ao fazer este exercício comecei a sentir um desconforto maior na costela que está dorida, por isso fiquei por ali pouco tempo, a seguir fui até à pedaleira de braços, este é o único exercício que consigo fazer sem qualquer problema, por isso acabo por me esforçar mais do que o normal, coloquei a resistência um pouco acima dos 4 e fiz 2250 pedaladas, quando acabei levantei-me da cadeira, encostei uma canadiana e fui até ao corredor grande, ao andar até lá fui sentindo algumas dores, quando lá cheguei e larguei a outra canadiana para andar sem apoios comecei a sentir dores mais fortes, mesmo assim não desisti, comecei a andar, fui fazendo os movimentos dos braços e atravessei o corredor duas vezes para cada lado, pelo meio ainda tive de me afastar de outro biamputado, não estava muito confiante, mas como a terapeuta estava ali ao meu lado acabei por conseguir sem dificuldades, quando acabei de atravessar o corredor pela última vez as dores já eram bastante fortes, agarrei então na canadiana e voltei para o ginásio, com a canadiana sentia um grande alívio, ao chegar ao ginásio sentei-me na marquesa e esperei pela visita médica, no fim dela acabei o meu dia de fisioterapia.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, ainda estou muito condicionado, mas já consigo fazer alguns exercícios. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje começou mais uma semana de fisioterapia, estive o fim-de-semana todo sem treinar e tenho andado a tomar uns comprimidos para as dores, por isso hoje já estava um pouco melhor e já consegui fazer algumas coisas.
Comecei o dia a descer a rampa, ainda sentia algum desconforto, mas consegui descer bem, a seguir fui até ao ginásio e comecei por fazer alguns exercícios nas barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio durante vários minutos, alguns deles passados a equilibrar-me com as mãos dentro dos bolsos, o que dificulta ainda mais, depois virei a tábua ao contrário, ou seja, em vez dos desequilíbrios serem para os lados, passaram a ser para a frente e para trás, já não tentava à bastante tempo e nas últimas vezes tinha tido muitas dificuldades, hoje consegui-me aguentar relativamente bem, quando a tendência era para ir para a frente não tinha muitas possibilidades para contrariar e equilibrar-me, por isso acabava por ter de me apoiar nas barras, quando os desequilíbrios eram para trás já conseguia contrariar um pouco e algumas vezes nem precisei de me apoiar, a seguir saí de cima da tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, ao fazer este exercício comecei a sentir um desconforto maior na costela que está dorida, por isso fiquei por ali pouco tempo, a seguir fui até à pedaleira de braços, este é o único exercício que consigo fazer sem qualquer problema, por isso acabo por me esforçar mais do que o normal, coloquei a resistência um pouco acima dos 4 e fiz 2250 pedaladas, quando acabei levantei-me da cadeira, encostei uma canadiana e fui até ao corredor grande, ao andar até lá fui sentindo algumas dores, quando lá cheguei e larguei a outra canadiana para andar sem apoios comecei a sentir dores mais fortes, mesmo assim não desisti, comecei a andar, fui fazendo os movimentos dos braços e atravessei o corredor duas vezes para cada lado, pelo meio ainda tive de me afastar de outro biamputado, não estava muito confiante, mas como a terapeuta estava ali ao meu lado acabei por conseguir sem dificuldades, quando acabei de atravessar o corredor pela última vez as dores já eram bastante fortes, agarrei então na canadiana e voltei para o ginásio, com a canadiana sentia um grande alívio, ao chegar ao ginásio sentei-me na marquesa e esperei pela visita médica, no fim dela acabei o meu dia de fisioterapia.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, ainda estou muito condicionado, mas já consigo fazer alguns exercícios. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Fisioterapia 166º dia (23 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "biamputado".
Hoje fui para a fisioterapia, mas estive para escrever nada aqui no "Biamputado" porque acabei por não conseguir fazer quase nada devido a umas dores muito fortes na última costela do lado direito.
Desde Domingo que tenho andado com dores na última costela do lado esquerdo, mas não sabia o que andava a provocar as dores, não sabia até ontem, quando me entrei para a adaptação e para dentro do kayak para fazer o treino de canoagem (10km), logo no início senti que a costela batia na adaptação e causava-me um desconforto muito grande, mesmo assim fiz todo o treino, mas acabei cheio de dores, já nem fui para o ginásio, de tarde ainda fui para o kytesurf, usei um arnês que é tipo um colete, acabei por ficar bem apertado e no início não sentia dores, mas quando acabei e tirei o arnês senti dores muito fortes, principalmente quando tinha de fazer algum movimento, mas as dores até as tinha a conduzir.
Hoje de manhã continuava com muitas dores, ao chegar ao hospital desci a rampa muito devagar e fui até à pedaleira de braços, meti a resistência ligeiramente acima dos 3,5 e fiz 2000 pedaladas, na pedaleira de braços acabava por mexer só os braços, a resistência era fraca, por isso consegui fazer as 2000, só parei porque chegou lá o médico e tinha de lhe dizer o que se estava a passar, expliquei-lhe o que se tinha passado, ele viu e tocou logo na parte onde me dói, depois foi fazer uma requisição para eu ir fazer um Raio X, tive de ir numa cadeira de rodas, no fim perguntei à Radiologista se tinha detectado alguma coisa e ela disse-me que não via nada de anormal, a seguir voltei para o ginásio e já não fiz nada até à hora de ir embora. Agora convém não fazer nenhum esforço e fazer uma medicação para as dores.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, acabei por só fazer a pedaleira e braços e ir fazer um Raio X às Grelha Costal, felizmente a última costela do lado esquerdo não está partida. Muito obrigado e bom fim-de-semana a todos.
Norberto Mourão
Hoje fui para a fisioterapia, mas estive para escrever nada aqui no "Biamputado" porque acabei por não conseguir fazer quase nada devido a umas dores muito fortes na última costela do lado direito.
Desde Domingo que tenho andado com dores na última costela do lado esquerdo, mas não sabia o que andava a provocar as dores, não sabia até ontem, quando me entrei para a adaptação e para dentro do kayak para fazer o treino de canoagem (10km), logo no início senti que a costela batia na adaptação e causava-me um desconforto muito grande, mesmo assim fiz todo o treino, mas acabei cheio de dores, já nem fui para o ginásio, de tarde ainda fui para o kytesurf, usei um arnês que é tipo um colete, acabei por ficar bem apertado e no início não sentia dores, mas quando acabei e tirei o arnês senti dores muito fortes, principalmente quando tinha de fazer algum movimento, mas as dores até as tinha a conduzir.
Hoje de manhã continuava com muitas dores, ao chegar ao hospital desci a rampa muito devagar e fui até à pedaleira de braços, meti a resistência ligeiramente acima dos 3,5 e fiz 2000 pedaladas, na pedaleira de braços acabava por mexer só os braços, a resistência era fraca, por isso consegui fazer as 2000, só parei porque chegou lá o médico e tinha de lhe dizer o que se estava a passar, expliquei-lhe o que se tinha passado, ele viu e tocou logo na parte onde me dói, depois foi fazer uma requisição para eu ir fazer um Raio X, tive de ir numa cadeira de rodas, no fim perguntei à Radiologista se tinha detectado alguma coisa e ela disse-me que não via nada de anormal, a seguir voltei para o ginásio e já não fiz nada até à hora de ir embora. Agora convém não fazer nenhum esforço e fazer uma medicação para as dores.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, acabei por só fazer a pedaleira e braços e ir fazer um Raio X às Grelha Costal, felizmente a última costela do lado esquerdo não está partida. Muito obrigado e bom fim-de-semana a todos.
Norberto Mourão
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Fisioterapia 165º dia (21 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje voltou a minha terapeuta das merecidas férias, por isso o meu treino acabou por ser diferente do habitual e caí pela primeira vez.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui para a barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, depois fiz o mesmo mas com bola, enviando-a contra a parede, hoje correu muito bem, nunca tinha corrido tão bem, comecei logo a mandar mais de 20 vezes e consegui bater o meu record, consegui 70 vezes seguidas, depois saí de cima da tábua de Freemen juntei as próteses e estive a dar aquele pequeno passo em frente com a prótese esquerda, este exercício também correu bem, a seguir agarrei na bola e na canadiana, e fui até ao corredor grande, ao chegar lá encostei a canadiana e fui andando com a bola na mão, até ao fundo do corredor, pelo meio tive de me desviar para passar por outro biamputado, nessa altura a terapeuta disse-me para continuar pelo meio do corredor, dei-lhe a bola, ela meteu a bola no chão e tive de a passar com o pé para um amputado, fomos passando um para o outro durante algum tempo, a terapeuta metia a bola sempre em posições complicadas, mesmo para me obrigar a andar e posicionar de forma a conseguir chutar a bola, a seguir fui com a terapeuta até à rua, o alcatrão ali é muito rugoso, ao andar a direito não tive grandes dificuldades, mas depois quando tinha de dar a volta não conseguia, porque o pé da prótese direita ficava muito preso ao chão e eu acabava por ter de me apoiar para conseguir dar a volta, depois estive a andar de lado, para os dois lados e fui conseguindo sem precisar de me apoiar muitas vezes, entretanto a terapeuta foi até ao ginásio, eu continuei por ali a andar e a tentar dar as curvas sem me apoiar, ainda consegui uma vez, quando a terapeuta voltou subimos a rampa, subi apoiado no corrimão, no cimo da rampa tive de passar para o outro lado da estrada, em direcção aos lugares de estacionamento reservados para pessoas com mobilidade reduzida que existem ali, estavam os dois lugares desocupados, por isso era o local ideal para fazer alguns exercícios, no primeiro tive de passar por baixo de uma placa com as indicações dos serviços lá do hospital, para isso tinha de me inclinar para a frente, mas só conseguia inclinar o pescoço e assim não dava para passar, por isso tive de me agarrar a um dos ferros, passei para os dois lados, depois tive de passar entre essa placa e um poste da luz, mas só dava para passar de lado e não podia tocar, também passei para os dois lados e só toquei uma vez no poste, depois tive de passar os dois lugares a andar o mais rápido que conseguia, no entanto de vez em quando a terapeuta mandava-me parar e voltar a andar, atravessei-os assim para os dois lados, no exercício a seguir tive de contornar uns ferros que estavam lá, para separar os estacionamentos e para não deixarem outros carros estacionarem lá sem terem direito ao lugar, ao todo eram 5 ferros, consegui passar para os dois lados sem problemas, por último, só faltava descer a rampa, atravessei a estrada para ir até ao corrimão e descer a rampa, comecei a descer devagar e estava tudo a correr bem, até que ao chegar a meio da rampa destranquei o joelho esquerdo para dar o passo em frente, nessa altura o joelho direito destrancou-se e acabei por ir ao chão, foi a primeira vez que isto aconteceu, acabou por não ser uma queda grande, mas fiquei sentado em cima das próteses, só não caí desamparado porque estava apoiado no corrimão, depois a terapeuta e um dos tripulantes das ambulâncias do hospital levantaram-me, ajustei-me e continuei a descer a rampa, ao chegar ao fundo continuei a andar normalmente sem apoios e fui até ao ginásio, quando cheguei lá acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia, foi excelente, consegui fazer coisas muito boas, sempre que andei na rua foi afastado de tudo, a confiança é cada vez maior e nem esta minha primeira queda mudou isso. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje voltou a minha terapeuta das merecidas férias, por isso o meu treino acabou por ser diferente do habitual e caí pela primeira vez.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência quase nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui para a barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio, depois fiz o mesmo mas com bola, enviando-a contra a parede, hoje correu muito bem, nunca tinha corrido tão bem, comecei logo a mandar mais de 20 vezes e consegui bater o meu record, consegui 70 vezes seguidas, depois saí de cima da tábua de Freemen juntei as próteses e estive a dar aquele pequeno passo em frente com a prótese esquerda, este exercício também correu bem, a seguir agarrei na bola e na canadiana, e fui até ao corredor grande, ao chegar lá encostei a canadiana e fui andando com a bola na mão, até ao fundo do corredor, pelo meio tive de me desviar para passar por outro biamputado, nessa altura a terapeuta disse-me para continuar pelo meio do corredor, dei-lhe a bola, ela meteu a bola no chão e tive de a passar com o pé para um amputado, fomos passando um para o outro durante algum tempo, a terapeuta metia a bola sempre em posições complicadas, mesmo para me obrigar a andar e posicionar de forma a conseguir chutar a bola, a seguir fui com a terapeuta até à rua, o alcatrão ali é muito rugoso, ao andar a direito não tive grandes dificuldades, mas depois quando tinha de dar a volta não conseguia, porque o pé da prótese direita ficava muito preso ao chão e eu acabava por ter de me apoiar para conseguir dar a volta, depois estive a andar de lado, para os dois lados e fui conseguindo sem precisar de me apoiar muitas vezes, entretanto a terapeuta foi até ao ginásio, eu continuei por ali a andar e a tentar dar as curvas sem me apoiar, ainda consegui uma vez, quando a terapeuta voltou subimos a rampa, subi apoiado no corrimão, no cimo da rampa tive de passar para o outro lado da estrada, em direcção aos lugares de estacionamento reservados para pessoas com mobilidade reduzida que existem ali, estavam os dois lugares desocupados, por isso era o local ideal para fazer alguns exercícios, no primeiro tive de passar por baixo de uma placa com as indicações dos serviços lá do hospital, para isso tinha de me inclinar para a frente, mas só conseguia inclinar o pescoço e assim não dava para passar, por isso tive de me agarrar a um dos ferros, passei para os dois lados, depois tive de passar entre essa placa e um poste da luz, mas só dava para passar de lado e não podia tocar, também passei para os dois lados e só toquei uma vez no poste, depois tive de passar os dois lugares a andar o mais rápido que conseguia, no entanto de vez em quando a terapeuta mandava-me parar e voltar a andar, atravessei-os assim para os dois lados, no exercício a seguir tive de contornar uns ferros que estavam lá, para separar os estacionamentos e para não deixarem outros carros estacionarem lá sem terem direito ao lugar, ao todo eram 5 ferros, consegui passar para os dois lados sem problemas, por último, só faltava descer a rampa, atravessei a estrada para ir até ao corrimão e descer a rampa, comecei a descer devagar e estava tudo a correr bem, até que ao chegar a meio da rampa destranquei o joelho esquerdo para dar o passo em frente, nessa altura o joelho direito destrancou-se e acabei por ir ao chão, foi a primeira vez que isto aconteceu, acabou por não ser uma queda grande, mas fiquei sentado em cima das próteses, só não caí desamparado porque estava apoiado no corrimão, depois a terapeuta e um dos tripulantes das ambulâncias do hospital levantaram-me, ajustei-me e continuei a descer a rampa, ao chegar ao fundo continuei a andar normalmente sem apoios e fui até ao ginásio, quando cheguei lá acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia, foi excelente, consegui fazer coisas muito boas, sempre que andei na rua foi afastado de tudo, a confiança é cada vez maior e nem esta minha primeira queda mudou isso. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Fisioterapia 164º dia (19 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje foi o primeiro dia desta semana e foi o último dia com a terapeuta que esteve a substituir a nossa enquanto ela esteve de férias, esta terapeuta que veio substituir a nossa também fez muito bem o trabalho dela, hoje acabou por exigir ainda mais de nós e deu-nos um exercício novo para fazermos.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, ao chegar lá a pedaleira de braços estava ocupada, por isso fui para as barras, agarrei na tábua de Freemen e subi para cima dela, estive a treinar o equilíbrio durante alguns minutos, a seguir fui buscar a bola, voltei para cima da tábua e comecei a mandar a bola contra a parede, no início este exercício começou a correr muito mal, só conseguia mandar 2 ou 3 vezes seguidas, depois consegui 10 vezes, ao fim de alguns minutos e de muitos ajustes comecei a melhorar, ainda assim no máximo só consegui 26 vezes seguidas, a seguir comecei a mandar a bola contra a parede e a roda-la à volta da cintura, nesse exercício só consegui 4 vezes seguidas, mas consegui várias vezes, depois arrumei a tábua de Freemen, encostei a bola, juntei as próteses e estive a dar o pequeno passo à frente com a prótese esquerda durante algum tempo, no fim desse exercício agarrei na bola e na canadiana, e fui até ao corredor grande, ao chegar lá encostei as duas coisas e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor todo várias vezes, sempre a tentar movimentar os braços, dar passos idênticos e aos poucos a olhar em frente, foi correndo bastante bem, a seguir chegou lá a terapeuta com os pinos e disse-nos que durante o fim-de-semana se lembrou de um bom exercício para nós, colocou os pinos com cerca de 1 metro de intervalo entre cada um, nós tínhamos de os passar a andar para a frente, para trás e para os lados , nos espaços ia-mos para a frente ou para trás, na parte dos pinos andávamos para o lado, era um exercício muito completo e muito difícil, eu tive de o fazer com uma canadiana, percorri o percurso duas vezes para cada lado, na última vez já consegui ser mais rápido e correu bastante bem, a seguir afastámos todos os pinos e esperei pela terapeuta, quando ela chegou percorri todos os pinos aos ziguezagues, sem qualquer apoio, foram passando muitas pessoas, tive de parar e voltar a andar várias vezes, acabei por conseguir percorrer todos os pinos para os dois lados e só tive um pequeno desequilíbrio, no fim deste exercício fui buscar a bola e atravessei o corredor 4 vezes a dribla-la, por último agarrei na bola e na canadiana, e voltei para o ginásio, quando lá cheguei começou a visita médica e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi um dia muito positivo, os exercício que foram feitos no percurso de pinos foram excelentes, cada vez me sinto mais confiante, mais seguro e as coisas cão correndo muito melhor. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje foi o primeiro dia desta semana e foi o último dia com a terapeuta que esteve a substituir a nossa enquanto ela esteve de férias, esta terapeuta que veio substituir a nossa também fez muito bem o trabalho dela, hoje acabou por exigir ainda mais de nós e deu-nos um exercício novo para fazermos.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, ao chegar lá a pedaleira de braços estava ocupada, por isso fui para as barras, agarrei na tábua de Freemen e subi para cima dela, estive a treinar o equilíbrio durante alguns minutos, a seguir fui buscar a bola, voltei para cima da tábua e comecei a mandar a bola contra a parede, no início este exercício começou a correr muito mal, só conseguia mandar 2 ou 3 vezes seguidas, depois consegui 10 vezes, ao fim de alguns minutos e de muitos ajustes comecei a melhorar, ainda assim no máximo só consegui 26 vezes seguidas, a seguir comecei a mandar a bola contra a parede e a roda-la à volta da cintura, nesse exercício só consegui 4 vezes seguidas, mas consegui várias vezes, depois arrumei a tábua de Freemen, encostei a bola, juntei as próteses e estive a dar o pequeno passo à frente com a prótese esquerda durante algum tempo, no fim desse exercício agarrei na bola e na canadiana, e fui até ao corredor grande, ao chegar lá encostei as duas coisas e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor todo várias vezes, sempre a tentar movimentar os braços, dar passos idênticos e aos poucos a olhar em frente, foi correndo bastante bem, a seguir chegou lá a terapeuta com os pinos e disse-nos que durante o fim-de-semana se lembrou de um bom exercício para nós, colocou os pinos com cerca de 1 metro de intervalo entre cada um, nós tínhamos de os passar a andar para a frente, para trás e para os lados , nos espaços ia-mos para a frente ou para trás, na parte dos pinos andávamos para o lado, era um exercício muito completo e muito difícil, eu tive de o fazer com uma canadiana, percorri o percurso duas vezes para cada lado, na última vez já consegui ser mais rápido e correu bastante bem, a seguir afastámos todos os pinos e esperei pela terapeuta, quando ela chegou percorri todos os pinos aos ziguezagues, sem qualquer apoio, foram passando muitas pessoas, tive de parar e voltar a andar várias vezes, acabei por conseguir percorrer todos os pinos para os dois lados e só tive um pequeno desequilíbrio, no fim deste exercício fui buscar a bola e atravessei o corredor 4 vezes a dribla-la, por último agarrei na bola e na canadiana, e voltei para o ginásio, quando lá cheguei começou a visita médica e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi um dia muito positivo, os exercício que foram feitos no percurso de pinos foram excelentes, cada vez me sinto mais confiante, mais seguro e as coisas cão correndo muito melhor. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
domingo, 18 de setembro de 2011
Fisioterapia 163º dia (16 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, fiz mais ou menos os mesmos exercício que faço habitualmente e fui dar um pequeno passeio.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio em cima dela, depois a terapeuta deu-me a bola e estive a manda-la contra a parede, este exercício correu bem, na maioria das vezes consegui mandar à volta de 15 vezes seguidas e no máximo consegui 27, a seguir fiz o outro exercício em que rodo a bola à volta da cintura depois de a enviar à parede, este exercício também correu bem, uma vez consegui mandar 7 vezes seguidas sem me apoiar, a seguir encostei a bola e a tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a treinar aquele passo para a frente e para trás durante algum tempo, esse foi a último exercício que fiz ali nas barras, a seguir agarrei na canadiana e na bola e fui até ao corredor, ao chegar lá estive a encostar todas as cadeiras de rodas e as duas primeiras encostei-as ainda com a bola na mão, quando acabei de as encostar todas larguei a canadiana e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor várias vezes, mas estava muito calor ali, por isso vim com outro amputado até cá fora e pedimos à terapeuta para nos deixar dar um pequeno passeio, fomos os dois até um lago (fonte) que existe nas traseiras do nosso pavilhão, eu subi a rampa toda com a canadiana e sem tocar no corrimão, depois virámos à esquerda e seguimos em frente, quando chegámos ao pé do lago tivemos de subir o passeio, consegui subir sem dificuldades, depois dei uma volta ao lago, nessa volta tinha algumas dificuldades, no início tive de passar por uma parte com uma inclinação lateral da direita para a esquerda, que é a mais difícil para mim, depois apanhei uma parte com alguns buracos, na última dificuldade tinha de passar por baixo de umas folhas grandes de uma árvore que está lá, o mais difícil foi mesmo passar naquela primeira parte com a inclinação lateral, o resto acabou por ser simples, depois desta volta ao lago voltámos para o pavilhão, desci o passeio sem dificuldades e a rampa desci-a apoiado ao corrimão, quando entrei no pavilhão virei para a esquerda e fui para o corredor grande, encostei a canadiana, agarrei na bola e atravessei o corredor 4 vezes a driblar a bola, depois agarrei na canadiana e trouxe a bola para o ginásio, quando lá cheguei fui para a marquesa, deitei-me, agarrei nos pesos de 4kg e fiz 100 repetições seguidas de um exercício em que tinha de abrir os braços, depois fiz 50 seguidas daquele exercício em que tenho os braços esticados para cima e dobro só os cotovelos, os pesos passam ao lado da cabeça e voltam a subir, por último fiz mais 50 repetições seguidas para treinar o bicip, no final destes exercícios acabei o meu treino.
Foi assim o meu último dia de fisioterapia desta semana, voltei a fazer os mesmos exercícios e aproveitei para dar um pequeno passeio, era algo que já não fazia à algum tempo. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, fiz mais ou menos os mesmos exercício que faço habitualmente e fui dar um pequeno passeio.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio em cima dela, depois a terapeuta deu-me a bola e estive a manda-la contra a parede, este exercício correu bem, na maioria das vezes consegui mandar à volta de 15 vezes seguidas e no máximo consegui 27, a seguir fiz o outro exercício em que rodo a bola à volta da cintura depois de a enviar à parede, este exercício também correu bem, uma vez consegui mandar 7 vezes seguidas sem me apoiar, a seguir encostei a bola e a tábua de Freemen, juntei as próteses e estive a treinar aquele passo para a frente e para trás durante algum tempo, esse foi a último exercício que fiz ali nas barras, a seguir agarrei na canadiana e na bola e fui até ao corredor, ao chegar lá estive a encostar todas as cadeiras de rodas e as duas primeiras encostei-as ainda com a bola na mão, quando acabei de as encostar todas larguei a canadiana e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor várias vezes, mas estava muito calor ali, por isso vim com outro amputado até cá fora e pedimos à terapeuta para nos deixar dar um pequeno passeio, fomos os dois até um lago (fonte) que existe nas traseiras do nosso pavilhão, eu subi a rampa toda com a canadiana e sem tocar no corrimão, depois virámos à esquerda e seguimos em frente, quando chegámos ao pé do lago tivemos de subir o passeio, consegui subir sem dificuldades, depois dei uma volta ao lago, nessa volta tinha algumas dificuldades, no início tive de passar por uma parte com uma inclinação lateral da direita para a esquerda, que é a mais difícil para mim, depois apanhei uma parte com alguns buracos, na última dificuldade tinha de passar por baixo de umas folhas grandes de uma árvore que está lá, o mais difícil foi mesmo passar naquela primeira parte com a inclinação lateral, o resto acabou por ser simples, depois desta volta ao lago voltámos para o pavilhão, desci o passeio sem dificuldades e a rampa desci-a apoiado ao corrimão, quando entrei no pavilhão virei para a esquerda e fui para o corredor grande, encostei a canadiana, agarrei na bola e atravessei o corredor 4 vezes a driblar a bola, depois agarrei na canadiana e trouxe a bola para o ginásio, quando lá cheguei fui para a marquesa, deitei-me, agarrei nos pesos de 4kg e fiz 100 repetições seguidas de um exercício em que tinha de abrir os braços, depois fiz 50 seguidas daquele exercício em que tenho os braços esticados para cima e dobro só os cotovelos, os pesos passam ao lado da cabeça e voltam a subir, por último fiz mais 50 repetições seguidas para treinar o bicip, no final destes exercícios acabei o meu treino.
Foi assim o meu último dia de fisioterapia desta semana, voltei a fazer os mesmos exercícios e aproveitei para dar um pequeno passeio, era algo que já não fazia à algum tempo. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Fisioterapia 162º dia (14 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje tive mais um dia muito cansativo, não parei nem um bocadinho, fui fazendo muitos exercícios e no final os músculos dos braços até estavam a tremer sozinhos.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, sentei-me na cadeira da pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, de seguida levantei-me e fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a fazer 3 exercícios de equilíbrio, no primeiro fui-me equilibrando apenas em cima da tábua, a seguir agarrei na bola e estive-a a mandar contra a parede, hoje correu muito bem e consegui mandar 34 vezes seguidas sem um único apoio, nunca tinha conseguido tantas vezes seguidas, o último exercício que fiz em cima da tábua foi aquele em que mando a bola contra a parede, a seguir rodo-a à volta da cintura e envio-a novamente contra a parede, consegui 5 vezes seguidas sem me apoiar, a seguir arrumei a tábua de Freemen, juntei as próteses uma à outra e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, este foi a meu último exercício ali nas barras, a seguir agarrei na bola e numa canadiana, saí do ginásio pela porta que dá para o pátio, desci aquele degrau com a bola na mão e dei um pequeno toque na porta, toque esse que nem era necessário, depois fui até ao circuito dos pinos que a terapeuta tinha feito ali no pátio, fiz o circuito para os dois lados e segui para o corredor grande, lá pousei a bola e a canadiana, e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor 7 vezes, pelo meio tive de me desviar duas vezes para o meio do corredor, para passar ao lado de outro biamputado, estava com algum receio, mas consegui sem problemas, a seguir atravessei o corredor mais uma vez, agora de costas, continua a ser muito difícil, voltei a parar várias vezes e ainda não consigo dar muitos passos sem me desequilibrar, quando cheguei ao fundo agarrei na bola e estive a dribla-la, atravessei o corredor 6 vezes dessa forma, mais duas vezes com a bola nas mãos e os braços esticados para a frente, na primeira vez correu bem, mas na segunda tive vários desequilíbrios e precisei de me apoiar algumas vezes no corrimão, quando cheguei ao fim do corredor agarrei na canadiana e voltei para o ginásio.
Ao chegar ao ginásio fui até à marquesa, deitei-me nela e estive a fazer 3 exercícios com os pesos de 4kg, agarrei em dois, um em cada mão, levantei os dois braços para cima e com eles esticados abri-os ao máximo, fiz 100 repetições seguidas desse exercício, a seguir fiz mais 50 de outro exercício, levantei também os braços, mas desta vez dobrei só o cotovelo e os pesos passavam ao lado da cabeça, para o último exercício na marquesa sentei-me e fiz 50 repetições a treinar o bicip, a seguir levantei-me e fui até ao degrau para o pátio, para treinar a subi-lo sem qualquer apoio, nas primeiras vezes não consegui, não estava a conseguir equilibrar-me bem e não estava a conseguir dar impulso para subir, aos poucos fui conseguindo equilibrar-me melhor, também fui conseguindo dar o impulso necessário para subir, mas hoje precisei de tocar na porta depois de subir, mas só quando tinha de parar, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia, acabei bastante cansado, os músculos dos braços até estavam a tremer por causa do esforço, gosto muito quando isso acontece, é sinal que o esforço foi muito grande e fez efeito. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje tive mais um dia muito cansativo, não parei nem um bocadinho, fui fazendo muitos exercícios e no final os músculos dos braços até estavam a tremer sozinhos.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, sentei-me na cadeira da pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, de seguida levantei-me e fui até às barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a fazer 3 exercícios de equilíbrio, no primeiro fui-me equilibrando apenas em cima da tábua, a seguir agarrei na bola e estive-a a mandar contra a parede, hoje correu muito bem e consegui mandar 34 vezes seguidas sem um único apoio, nunca tinha conseguido tantas vezes seguidas, o último exercício que fiz em cima da tábua foi aquele em que mando a bola contra a parede, a seguir rodo-a à volta da cintura e envio-a novamente contra a parede, consegui 5 vezes seguidas sem me apoiar, a seguir arrumei a tábua de Freemen, juntei as próteses uma à outra e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, este foi a meu último exercício ali nas barras, a seguir agarrei na bola e numa canadiana, saí do ginásio pela porta que dá para o pátio, desci aquele degrau com a bola na mão e dei um pequeno toque na porta, toque esse que nem era necessário, depois fui até ao circuito dos pinos que a terapeuta tinha feito ali no pátio, fiz o circuito para os dois lados e segui para o corredor grande, lá pousei a bola e a canadiana, e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor 7 vezes, pelo meio tive de me desviar duas vezes para o meio do corredor, para passar ao lado de outro biamputado, estava com algum receio, mas consegui sem problemas, a seguir atravessei o corredor mais uma vez, agora de costas, continua a ser muito difícil, voltei a parar várias vezes e ainda não consigo dar muitos passos sem me desequilibrar, quando cheguei ao fundo agarrei na bola e estive a dribla-la, atravessei o corredor 6 vezes dessa forma, mais duas vezes com a bola nas mãos e os braços esticados para a frente, na primeira vez correu bem, mas na segunda tive vários desequilíbrios e precisei de me apoiar algumas vezes no corrimão, quando cheguei ao fim do corredor agarrei na canadiana e voltei para o ginásio.
Ao chegar ao ginásio fui até à marquesa, deitei-me nela e estive a fazer 3 exercícios com os pesos de 4kg, agarrei em dois, um em cada mão, levantei os dois braços para cima e com eles esticados abri-os ao máximo, fiz 100 repetições seguidas desse exercício, a seguir fiz mais 50 de outro exercício, levantei também os braços, mas desta vez dobrei só o cotovelo e os pesos passavam ao lado da cabeça, para o último exercício na marquesa sentei-me e fiz 50 repetições a treinar o bicip, a seguir levantei-me e fui até ao degrau para o pátio, para treinar a subi-lo sem qualquer apoio, nas primeiras vezes não consegui, não estava a conseguir equilibrar-me bem e não estava a conseguir dar impulso para subir, aos poucos fui conseguindo equilibrar-me melhor, também fui conseguindo dar o impulso necessário para subir, mas hoje precisei de tocar na porta depois de subir, mas só quando tinha de parar, acabei depois por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia, acabei bastante cansado, os músculos dos braços até estavam a tremer por causa do esforço, gosto muito quando isso acontece, é sinal que o esforço foi muito grande e fez efeito. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Fisioterapia 161º dia (12 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje começou mais uma semana de fisioterapia, tive um dia semelhante aos outros, muito cansativo, com muitos exercícios e com bons resultados.
Comecei o meu dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, sentei-me na cadeira para a pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir levantei-me e fui até às barras, a terapeuta colocou a tábua de Freemen no lugar e eu subi para cima dela, inicialmente treinei o equilíbrio sem a bola, a seguir peguei na bola e fui-a mandando contra a parede, correu bem este exercício, mas não cheguei a conseguir passar das 20 vezes seguidas, depois deste exercício estive a fazer o outro em que rodo a bola à volta da cintura e de seguida a mando contra a parede, neste consegui manda-la numa das vezes 5 vezes seguidas, no fim deste exercício saí de cima da tábua de Freemen, arrumei-a, encostei as próteses o máximo que conseguia e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, voltei a conseguir fazer muito bem, entretanto chegaram lá os médicos para a visita médica.
No fim da visita médica agarrei na canadiana e na bola, e fui até ao corredor, ao chegar lá encostei as duas coisas e estive a andar sem apoios, hoje não necessitei de me desviar de ninguém, atravessei o corredor cinco vezes, tive alguns desequilíbrios, mas no geral correu bastante bem, a seguir fiz novamente todo o corredor, mas de costas, novamente com grandes dificuldades, não consegui dar muitos passos sem me apoiar e tive de parar várias vezes para descansar as costas, a seguir agarrei na bola e estive-a a driblar, percorri dessa forma todo o corredor quatro vezes, quando cheguei ao fim meti a bola no chão e estive com outros dois amputados a passar a bola uns para os outros, tentei novamente passar o máximo de vezes possível sem me apoiar ao corrimão, no fim deste jogo agarrei na bola e na canadiana, e voltei para o ginásio, ao chegar lá pousei a bola, fui até ao degrau para o pátio e estive a treinar o subir o degrau sem me apoiar em nenhum lado, no início foi muito complicado, nem me estava a conseguir equilibrar nem a dar o impulso para subir, ainda demorei um pouco até conseguir e só consegui subir uma vez sem qualquer apoio, depois disso acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, voltou a ser muito preenchido, com muitos exercícios em que se vão notando as evoluções. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje começou mais uma semana de fisioterapia, tive um dia semelhante aos outros, muito cansativo, com muitos exercícios e com bons resultados.
Comecei o meu dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, sentei-me na cadeira para a pedaleira de braços, coloquei a resistência quase no 5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir levantei-me e fui até às barras, a terapeuta colocou a tábua de Freemen no lugar e eu subi para cima dela, inicialmente treinei o equilíbrio sem a bola, a seguir peguei na bola e fui-a mandando contra a parede, correu bem este exercício, mas não cheguei a conseguir passar das 20 vezes seguidas, depois deste exercício estive a fazer o outro em que rodo a bola à volta da cintura e de seguida a mando contra a parede, neste consegui manda-la numa das vezes 5 vezes seguidas, no fim deste exercício saí de cima da tábua de Freemen, arrumei-a, encostei as próteses o máximo que conseguia e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás com a prótese esquerda, voltei a conseguir fazer muito bem, entretanto chegaram lá os médicos para a visita médica.
No fim da visita médica agarrei na canadiana e na bola, e fui até ao corredor, ao chegar lá encostei as duas coisas e estive a andar sem apoios, hoje não necessitei de me desviar de ninguém, atravessei o corredor cinco vezes, tive alguns desequilíbrios, mas no geral correu bastante bem, a seguir fiz novamente todo o corredor, mas de costas, novamente com grandes dificuldades, não consegui dar muitos passos sem me apoiar e tive de parar várias vezes para descansar as costas, a seguir agarrei na bola e estive-a a driblar, percorri dessa forma todo o corredor quatro vezes, quando cheguei ao fim meti a bola no chão e estive com outros dois amputados a passar a bola uns para os outros, tentei novamente passar o máximo de vezes possível sem me apoiar ao corrimão, no fim deste jogo agarrei na bola e na canadiana, e voltei para o ginásio, ao chegar lá pousei a bola, fui até ao degrau para o pátio e estive a treinar o subir o degrau sem me apoiar em nenhum lado, no início foi muito complicado, nem me estava a conseguir equilibrar nem a dar o impulso para subir, ainda demorei um pouco até conseguir e só consegui subir uma vez sem qualquer apoio, depois disso acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, voltou a ser muito preenchido, com muitos exercícios em que se vão notando as evoluções. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Fisioterapia 160º dia (09 - 09 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, foi por isso um dia bastante cansativo, onde fiz bastantes exercícios.
Comecei por descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir levantei-me e fui até às barras, a terapeuta deu-me a tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio em cima dela, inicialmente estive em cima dela durante alguns minutos, a seguir virei-me para a parede, agarrei na bola e estive a manda-la contra a parede, sempre em cima da tábua de Freemen, este exercício voltou a correr muito bem e consegui mandar 26 vezes seguidas, sem um único apoio, por último, ali nas barras, estive a fazer outro exercício que já não fazia à bastante tempo, enviava na mesma a bola contra a parede, mas entre cada vez que a mandava rodava-a à volta da cintura, não foi fácil, inicialmente estava-me a desequilibrar bastante, mas aos pouco fui melhorando, no entanto nunca consegui mais de três vezes seguidas, a seguir arrumei a tábua de Freemen, agarrei na canadiana e levei a bola até ao corredor grande, ao chegar lá pousei a bola e tive de voltar a encostar todas as cadeiras de rodas para ficar com mais espaço, encostei nessa altura a canadiana e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor várias vezes, pelo meio apanhei duas vezes um Sr também biamputado, ele já tem uma prótese dele à 11 anos, mas agora foi amputada a outra perna e ainda está numa fase inicial, anda sempre com as duas canadianas ou encostado ao corrimão, por isso sempre que me cruzei com ele tive de ser eu a afastar-me da parede, nas duas vezes que me cruzei com ele consegui-me desviar sem dificuldades, mas sempre com bastante cuidado, a seguir agarrei na bola e estive a dribla-la, fiz todo o corredor quatro vezes e pelo meio aconteceu-me algo inédito, um dos maqueiros lá do hospital já tinha passado por mim e viu-me completamente encharcado do suor, ele nessa altura disse-me para não sair dali para muito longe, quando regressou com outro doente trouxe-me uma toalha, para eu me ir limpando sempre que precisar, fiquei bastante surpreendido, deu muito jeito aquela toalha, o esforço é muito grande e aquele corredor acaba por ser quase como uma estufa, é muito quente, quando acabei aquele exercício de driblar a bola estive a passar a bola com o pé para outros amputados, fizemos ali um pequeno jogo a passar a bola uns para os outros, eu fui tentando chutar sempre sem me apoiar ao corrimão e na maioria das vezes consegui, no fim deste jogo agarrei na canadiana, voltei para o ginásio e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu último dia de fisioterapia desta semana, foi um dia muito preenchido e muito cansativo, mas também muito rentável. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje foi o último dia de fisioterapia desta semana, foi por isso um dia bastante cansativo, onde fiz bastantes exercícios.
Comecei por descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir levantei-me e fui até às barras, a terapeuta deu-me a tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio em cima dela, inicialmente estive em cima dela durante alguns minutos, a seguir virei-me para a parede, agarrei na bola e estive a manda-la contra a parede, sempre em cima da tábua de Freemen, este exercício voltou a correr muito bem e consegui mandar 26 vezes seguidas, sem um único apoio, por último, ali nas barras, estive a fazer outro exercício que já não fazia à bastante tempo, enviava na mesma a bola contra a parede, mas entre cada vez que a mandava rodava-a à volta da cintura, não foi fácil, inicialmente estava-me a desequilibrar bastante, mas aos pouco fui melhorando, no entanto nunca consegui mais de três vezes seguidas, a seguir arrumei a tábua de Freemen, agarrei na canadiana e levei a bola até ao corredor grande, ao chegar lá pousei a bola e tive de voltar a encostar todas as cadeiras de rodas para ficar com mais espaço, encostei nessa altura a canadiana e estive a andar sem apoios, atravessei o corredor várias vezes, pelo meio apanhei duas vezes um Sr também biamputado, ele já tem uma prótese dele à 11 anos, mas agora foi amputada a outra perna e ainda está numa fase inicial, anda sempre com as duas canadianas ou encostado ao corrimão, por isso sempre que me cruzei com ele tive de ser eu a afastar-me da parede, nas duas vezes que me cruzei com ele consegui-me desviar sem dificuldades, mas sempre com bastante cuidado, a seguir agarrei na bola e estive a dribla-la, fiz todo o corredor quatro vezes e pelo meio aconteceu-me algo inédito, um dos maqueiros lá do hospital já tinha passado por mim e viu-me completamente encharcado do suor, ele nessa altura disse-me para não sair dali para muito longe, quando regressou com outro doente trouxe-me uma toalha, para eu me ir limpando sempre que precisar, fiquei bastante surpreendido, deu muito jeito aquela toalha, o esforço é muito grande e aquele corredor acaba por ser quase como uma estufa, é muito quente, quando acabei aquele exercício de driblar a bola estive a passar a bola com o pé para outros amputados, fizemos ali um pequeno jogo a passar a bola uns para os outros, eu fui tentando chutar sempre sem me apoiar ao corrimão e na maioria das vezes consegui, no fim deste jogo agarrei na canadiana, voltei para o ginásio e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu último dia de fisioterapia desta semana, foi um dia muito preenchido e muito cansativo, mas também muito rentável. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
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