Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje foi o último dia de fisioterapia antes da minha terapeuta ir para umas férias mais do que merecidas, tem feito um trabalho extraordinário com todos nós e hoje o dia foi excelente, com exercícios novos e com resultados extraordinários.
Comecei o meu dia a descer a rampa e fui até às barras, agarrei na tábua de Freeman e treinei o equilíbrio durante alguns minutos, a seguir a terapeuta disse-me para ir andando até ao corredor grande, agarrei na canadiana e fui até lá, quando lá cheguei encostei todas as cadeiras de rodas a um canto para ter mais espaço junto ao corrimão, comecei então a atravessar o corredor para os dois lados, sempre a controlar o tamanho dos passos, o movimento dos braços e também fui tentando olhar em frente, a seguir a terapeuta chegou lá e comecei a fazer um exercício, andar pelo corredor aos ziguezagues, consegui fazer todo o corredor sem me apoiar uma única vez, depois fiz um exercício novo, a terapeuta fez um percurso com os pinos e eu tive de o percorrer para os dois lados, acabava por ser o mesmo que tinha feito antes, mas desta vez sem me aproximar das paredes e os pinos estavam relativamente perto uns dos outros, este exercício correu muito melhor do que estava à espera, tanto eu como a terapeuta ficámos surpreendidos, nunca me apoiei em lado nenhum, dei as curvas muito bem, quase não tive desequilíbrios e fui sempre na conversa com a terapeuta, estava muito confiante, a seguir a terapeuta deu-me a bola e disse-me para andar com ela na mão e com os dois braços esticados para a frente, no início custou-me, mas acabei por fazer bem esse exercício, depois fiz outro exercício novo, com uma bola mais pequena, a terapeuta meteu a bola no chão e eu tinha de a chutar para a frente, o primeiro chuto que dei foi encostado ao corrimão, mas todos os outros foram no meio do corredor, longe das duas paredes, fui andando assim pelo corredor, fiz a curva, atravessei todo o corredor pequeno, no fundo dei a volta e fui até perto das escadas, assim que lá cheguei tive de dar um chuto com mais força, mas nessa altura desequilibrei-me bastante e tive de me agarrar à parede com as duas mãos, depois tive de dar esse chuto com força mais 3 ou 4 vezes, até conseguir fazer bem, a seguir entrei no ginásio, fui até ao degrau que dá para o pátio e estive por lá algum tempo a tentar subir sem qualquer apoio, voltei a conseguir dar o impulso que precisava para subir, já é mais fácil, mas continuo a tocar com o dedo na porta, depois desse exercício fui até às barras, agarrei na tábua de Freeman e na bola, e estive a mandar a bola contra a parede, hoje nem consegui muitas vezes seguidas, já estava com as costas um pouco cansadas e por isso não estava a correr tão bem, por fim fui até junto da parede para fazer o último exercício, desencostar-me e voltar-me a encostar à parede, sempre com os pés afastados da parede, este exercício já o consigo fazer muito bem, já não tenho qualquer receio de dar o impulso para a frente e de me deixar ir para trás, no fim do exercício acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, cheio de exercícios, dois deles novos e com resultados extraordinários. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Candidatura para o "Querido mudei a cozinha"
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Fisioterapia 155º dia (29 - 08 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje começou mais uma semana e voltei a fazer um treino cheio de exercícios e novamente com bons resultados, as diferenças com as primeiras vezes que fiz os exercícios são cada vez maiores.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, ao chegar lá fui para a pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até à barras fazer vários exercícios, comecei por me encostar bastante à parede e mandar a bola o máximo que conseguia para cima, contra a parede, ao fim de alguns minutos neste exercício fui buscar a tábua de Freeman e estive a treinar o equilíbrio em cima dela, inicialmente sem nada e mais tarde com a bola, enviando-a também contra a parede, mas hoje não consegui mandar muitas vezes seguidas, entretanto chegaram lá os médicos para a visita médica e durante toda a visita fiquei em cima da tábua de Freeman tentando apoiar-me o mínimo de vezes que conseguia.
No fim da visita médica agarrei numa canadiana e fui até ao corredor grande para andar sem canadianas, comecei por atravessar o corredor várias vezes, fui tendo sempre em atenção o balançar dos braços e o tamanho dos passos, a seguir a terapeuta levou lá a bola e estive a dribla-la, atravessei todo o corredor umas quatro vezes, depois agarrei na bola e na canadiana, e voltei para o ginásio, quando lá cheguei dei a bola à terapeuta e fui para o degrau que dá para o pátio, voltei a tentar subir sem qualquer apoio, mas ainda não consegui, o impulso que dou já é o suficiente para subir, no entanto falta um pouco de confiança para não chegar a tocar na porta, já só toco com um dedo, mas queria subir sem tocar com nada, no fim desse exercício fui-me encostar à parede do ginásio, ao lado das marquesas e voltei a fazer aquele exercício de me desencostar da parede, tendo os pés afastados da parede cerca de 40 ou 50 centímetros, para me sentir mais seguro meti o andarilho à minha frente, mas não precisava dele, este exercício correu bastante bem e até já consigo vir para trás sem qualquer dificuldade, por último chegou lá o condutor de uma ambulância lá do hospital, ele agarrou numa bola muito pequena(do tamanho de uma de ténis) e fomos mandando um para o outro, estávamos a cerca de 4 ou 5 metros um do outro, eu estava afastado da parede, nunca precisei de me apoiar ao andarilho ou à parede, como a bola era muito pequena precisava de olhar para ela para a conseguir agarrar, isso não acontecia quando não tinha confiança para estar afastado sem qualquer apoio por perto, por vezes não conseguia agarrar a bola e ela caía, nessas alturas tinha de a apanhar e só precisava de me apoiar com uma das mãos à parede, quando acabei este exercício acabei também o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz muitos exercícios, a minha confiança tem vindo a aumentar bastante, quando me desequilibro já não preciso de me agarrar logo, consigo controlar os desequilíbrios e também já consigo arriscar mais um pouco sentindo-me sempre seguro. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje começou mais uma semana e voltei a fazer um treino cheio de exercícios e novamente com bons resultados, as diferenças com as primeiras vezes que fiz os exercícios são cada vez maiores.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, ao chegar lá fui para a pedaleira de braços, coloquei a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas, a seguir fui até à barras fazer vários exercícios, comecei por me encostar bastante à parede e mandar a bola o máximo que conseguia para cima, contra a parede, ao fim de alguns minutos neste exercício fui buscar a tábua de Freeman e estive a treinar o equilíbrio em cima dela, inicialmente sem nada e mais tarde com a bola, enviando-a também contra a parede, mas hoje não consegui mandar muitas vezes seguidas, entretanto chegaram lá os médicos para a visita médica e durante toda a visita fiquei em cima da tábua de Freeman tentando apoiar-me o mínimo de vezes que conseguia.
No fim da visita médica agarrei numa canadiana e fui até ao corredor grande para andar sem canadianas, comecei por atravessar o corredor várias vezes, fui tendo sempre em atenção o balançar dos braços e o tamanho dos passos, a seguir a terapeuta levou lá a bola e estive a dribla-la, atravessei todo o corredor umas quatro vezes, depois agarrei na bola e na canadiana, e voltei para o ginásio, quando lá cheguei dei a bola à terapeuta e fui para o degrau que dá para o pátio, voltei a tentar subir sem qualquer apoio, mas ainda não consegui, o impulso que dou já é o suficiente para subir, no entanto falta um pouco de confiança para não chegar a tocar na porta, já só toco com um dedo, mas queria subir sem tocar com nada, no fim desse exercício fui-me encostar à parede do ginásio, ao lado das marquesas e voltei a fazer aquele exercício de me desencostar da parede, tendo os pés afastados da parede cerca de 40 ou 50 centímetros, para me sentir mais seguro meti o andarilho à minha frente, mas não precisava dele, este exercício correu bastante bem e até já consigo vir para trás sem qualquer dificuldade, por último chegou lá o condutor de uma ambulância lá do hospital, ele agarrou numa bola muito pequena(do tamanho de uma de ténis) e fomos mandando um para o outro, estávamos a cerca de 4 ou 5 metros um do outro, eu estava afastado da parede, nunca precisei de me apoiar ao andarilho ou à parede, como a bola era muito pequena precisava de olhar para ela para a conseguir agarrar, isso não acontecia quando não tinha confiança para estar afastado sem qualquer apoio por perto, por vezes não conseguia agarrar a bola e ela caía, nessas alturas tinha de a apanhar e só precisava de me apoiar com uma das mãos à parede, quando acabei este exercício acabei também o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, fiz muitos exercícios, a minha confiança tem vindo a aumentar bastante, quando me desequilibro já não preciso de me agarrar logo, consigo controlar os desequilíbrios e também já consigo arriscar mais um pouco sentindo-me sempre seguro. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
domingo, 28 de agosto de 2011
Fisioterapia 154º dia (26 - 08 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje voltei a ter um dia cheio de trabalho na fisioterapia, fui fazendo muitos exercícios e pelo meio tive um pequeno percalço que me "obrigou" a fazer o que nunca tinha feito sem ninguém por perto.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, voltei a começar nas barras, agarrei na bola e fiquei de frente para a parede, a cerca de 50cm, para a seguir mandar a bola o máximo que para cima e contra a parede, a esta distância os desequilíbrios são mais frequentes, mas consegui fazer o exercício bastante bem, a seguir agarrei na tábua de Freeman e também estive a mandar a bola contra a parede, hoje cheguei a conseguir mandar a bola 20 vezes seguidas sem me apoiar uma única vez, depois saí de cima da tábua de Freeman e fiz outro exercício, juntei as próteses o máximo que conseguia e fui dando um pequeno passo para a frente e para trás, este exercício correu muito bem, entretanto a terapeuta disse-me para sair das barras e ir para junto da parede, para fazer aquele exercício de me desencostar da parede, tendo os pés para a frente, o rabo para trás e desencostar-me sem me apoiar em nenhum lado, consegui muito bem, mas meti o andarilho à minha frente para evitar alguma possível queda, a segui fui até ao corredor grande, quando lá cheguei estive a andar sem apoios durante algum tempo, depois a terapeuta chegou lá e levou-me a bola para eu a driblar enquanto andava, fiz o corredor todo para os dois lados e só me apoiava quando dava a volta, quando estava a atravessa-lo pela terceira vez tive um pequeno percalço, ao chegar quase ao fim a bola bateu na ponta do pé direito e foi parar ao outro lado do corredor, já estava na parte mais larga do corredor, não havia por ali ninguém e eu não tinha forma de chegar à bola, por isso ou continuava sem a bola ou tinha de atravessar o corredor sozinho e sem apoios, foi o que decidi fazer, era muito arriscado porque estava completamente sozinho e se me desequilibrasse não tinha onde me apoiar, concentrei-me e comecei a andar, consegui atravessar para o outro lado sem problemas, foi a primeira vez que consegui sem ninguém por perto, a seguir não me senti confiante para o passar novamente, por isso fui andando com a bola na mão direita e com a esquerda apoiado na parede, fiz todo o corredor, quando cheguei ao fundo mandei a bola para cima das cadeiras de rodas e a seguir atravessei o corredor para o outro lado, mais uma vez sozinho, sem ninguém por perto, entretanto a terapeuta chegou lá e eu disse-lhe o que tinha acontecido, nessa altura ela disse-me para voltar a atravessar o corredor, mas desta vez fiz todo o corredor aos ziguezagues, a atravessá-lo para os dois lados, as curvas pela primeira vez neste exercício consegui fazer-las sem me apoiar no corrimão ou na parede, quando cheguei ao fundo a terapeuta mandou-me parar no meio do corredor, na parte mais larga e dar uma volta de 360º, dei-a para a esquerda e para a direita, a seguir ela disse-me para ficar ali parado e tentar aguentar o máximo sem me apoiar em lado nenhum enquanto ela ia ao ginásio, consegui, mas quando ela chegou a minha postura já era muito incorrecta, as costas já estavam bastante dobradas, depois começamos a andar pelo corredor e eu tinha de ir parando quando ela me dizia, fizemos todo o corredor grande a fazer esse exercício, no pequeno tive de parar no meio a fazer aquele exercício de juntar as duas próteses e dar um pequeno passo para a frente e para trás, da mesma forma que faço nas barras, mas ali só tinha o corrimão e não lhe podia tocar, acabei por conseguir fazer, a seguir dei a curva e fizemos aquele pequeno corredor para os dois lados, voltei a dar a volta, entrámos para o ginásio e fui logo para o degrau que dá acesso ao pátio, fiquei por ali durante bastante tempo a tentar subir o degrau sem me apoiar em lado nenhum, voltei a não conseguir nenhuma vez, mas hoje consegui dar um impulso muito maior e já me sentia mais confiante, alguns minutos depois a terapeuta disse-me para tentar descer, como estava no lado direito da porta, tinha de descer apoiando-me com a mão esquerda e tinha espaço para afastar a prótese direita e apoia-la no chão, mas quando tentei no lado direito já não consegui, experimentei de várias formas e não deu, precisava de conseguir descer de frente e destrancar o joelho, da mesma forma que desço com as duas canadianas, mas não me sinto seguro para fazer sem nenhuma, por último a terapeuta fez-me uma "maldade" muito grande, fez-me ir até à parte do Standing sem canadianas, mas ela fez questão e juntar várias cadeiras de rodas, para eu ficar com uma passagem muito apertada, os pés das prótese ficavam mesmo encostados dos dois lados, para além disso não era a direito, tinha de fazer duas curvas no meio, ela foi andando à minha frente, eu fui andando muito devagar, sempre com muito cuidado para não bater nas cadeiras e acabei por conseguir passar tudo, assim que acabei de passar ela disse-me para dar a volta e voltei a ter de passar tudo novamente, mais uma vez consegui passar e com esta "maldade" da terapeuta acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, muito exigente, cheio de exercícios, em cada exercício já dá para se ver o quanto tenho evoluído desde que o comecei a fazer até agora e foi também um dia com mais uma grande conquista. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje voltei a ter um dia cheio de trabalho na fisioterapia, fui fazendo muitos exercícios e pelo meio tive um pequeno percalço que me "obrigou" a fazer o que nunca tinha feito sem ninguém por perto.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, voltei a começar nas barras, agarrei na bola e fiquei de frente para a parede, a cerca de 50cm, para a seguir mandar a bola o máximo que para cima e contra a parede, a esta distância os desequilíbrios são mais frequentes, mas consegui fazer o exercício bastante bem, a seguir agarrei na tábua de Freeman e também estive a mandar a bola contra a parede, hoje cheguei a conseguir mandar a bola 20 vezes seguidas sem me apoiar uma única vez, depois saí de cima da tábua de Freeman e fiz outro exercício, juntei as próteses o máximo que conseguia e fui dando um pequeno passo para a frente e para trás, este exercício correu muito bem, entretanto a terapeuta disse-me para sair das barras e ir para junto da parede, para fazer aquele exercício de me desencostar da parede, tendo os pés para a frente, o rabo para trás e desencostar-me sem me apoiar em nenhum lado, consegui muito bem, mas meti o andarilho à minha frente para evitar alguma possível queda, a segui fui até ao corredor grande, quando lá cheguei estive a andar sem apoios durante algum tempo, depois a terapeuta chegou lá e levou-me a bola para eu a driblar enquanto andava, fiz o corredor todo para os dois lados e só me apoiava quando dava a volta, quando estava a atravessa-lo pela terceira vez tive um pequeno percalço, ao chegar quase ao fim a bola bateu na ponta do pé direito e foi parar ao outro lado do corredor, já estava na parte mais larga do corredor, não havia por ali ninguém e eu não tinha forma de chegar à bola, por isso ou continuava sem a bola ou tinha de atravessar o corredor sozinho e sem apoios, foi o que decidi fazer, era muito arriscado porque estava completamente sozinho e se me desequilibrasse não tinha onde me apoiar, concentrei-me e comecei a andar, consegui atravessar para o outro lado sem problemas, foi a primeira vez que consegui sem ninguém por perto, a seguir não me senti confiante para o passar novamente, por isso fui andando com a bola na mão direita e com a esquerda apoiado na parede, fiz todo o corredor, quando cheguei ao fundo mandei a bola para cima das cadeiras de rodas e a seguir atravessei o corredor para o outro lado, mais uma vez sozinho, sem ninguém por perto, entretanto a terapeuta chegou lá e eu disse-lhe o que tinha acontecido, nessa altura ela disse-me para voltar a atravessar o corredor, mas desta vez fiz todo o corredor aos ziguezagues, a atravessá-lo para os dois lados, as curvas pela primeira vez neste exercício consegui fazer-las sem me apoiar no corrimão ou na parede, quando cheguei ao fundo a terapeuta mandou-me parar no meio do corredor, na parte mais larga e dar uma volta de 360º, dei-a para a esquerda e para a direita, a seguir ela disse-me para ficar ali parado e tentar aguentar o máximo sem me apoiar em lado nenhum enquanto ela ia ao ginásio, consegui, mas quando ela chegou a minha postura já era muito incorrecta, as costas já estavam bastante dobradas, depois começamos a andar pelo corredor e eu tinha de ir parando quando ela me dizia, fizemos todo o corredor grande a fazer esse exercício, no pequeno tive de parar no meio a fazer aquele exercício de juntar as duas próteses e dar um pequeno passo para a frente e para trás, da mesma forma que faço nas barras, mas ali só tinha o corrimão e não lhe podia tocar, acabei por conseguir fazer, a seguir dei a curva e fizemos aquele pequeno corredor para os dois lados, voltei a dar a volta, entrámos para o ginásio e fui logo para o degrau que dá acesso ao pátio, fiquei por ali durante bastante tempo a tentar subir o degrau sem me apoiar em lado nenhum, voltei a não conseguir nenhuma vez, mas hoje consegui dar um impulso muito maior e já me sentia mais confiante, alguns minutos depois a terapeuta disse-me para tentar descer, como estava no lado direito da porta, tinha de descer apoiando-me com a mão esquerda e tinha espaço para afastar a prótese direita e apoia-la no chão, mas quando tentei no lado direito já não consegui, experimentei de várias formas e não deu, precisava de conseguir descer de frente e destrancar o joelho, da mesma forma que desço com as duas canadianas, mas não me sinto seguro para fazer sem nenhuma, por último a terapeuta fez-me uma "maldade" muito grande, fez-me ir até à parte do Standing sem canadianas, mas ela fez questão e juntar várias cadeiras de rodas, para eu ficar com uma passagem muito apertada, os pés das prótese ficavam mesmo encostados dos dois lados, para além disso não era a direito, tinha de fazer duas curvas no meio, ela foi andando à minha frente, eu fui andando muito devagar, sempre com muito cuidado para não bater nas cadeiras e acabei por conseguir passar tudo, assim que acabei de passar ela disse-me para dar a volta e voltei a ter de passar tudo novamente, mais uma vez consegui passar e com esta "maldade" da terapeuta acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, muito exigente, cheio de exercícios, em cada exercício já dá para se ver o quanto tenho evoluído desde que o comecei a fazer até agora e foi também um dia com mais uma grande conquista. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Fisioterapia 153º dia (24 - 08 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
No dia de hoje dei continuidade ao último treino, voltei a fazer grande parte daqueles exercícios novos, os resultados foram melhores e pela primeira vez consegui fazer uma coisa.
Comecei por descer a rampa e fui até ao ginásio, a terapeuta disse-me logo para ir até às barras, agarrei na bola, coloquei-me perto da parede e estive a mandar a bola bem lá para cima, senti-me sempre muito equilibrado, de seguida fui buscar a tábua de Freeman, subi para cima dela e fui ficando a treinar o equilíbrio, consegui muito bem e entre cada vez que me tinha de apoiar nas barras passou quase sempre 1 minuto ou até mais, entretanto a terapeuta trouxe um degrau para eu subir para cima dele só com uma das próteses, apoiar-me só com uma mão nas barras e tentar aguentar o máximo que conseguia, só parei quando já me doíam as costas, a seguir tirei o degrau e estive a fazer outro exercício, juntei as pernas o máximo que conseguia e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás, este exercício correu muito bem, não me desequilibrava para a frente nem para trás, também estive a fazer um exercício com a bola, inclinar-me para frente com a bola nas mãos e os braços esticados, no início voltei a não conseguir e por isso voltei a agarrar-me com uma mão nas barras para começar a fazer o movimento na zona da cintura, o último exercício que fiz nas barras foi em cima da outra tábua de balanço, a que tem meia bola de madeira por baixo, hoje consegui aguentar mais tempo e mais vezes, ainda foram poucos segundos, mas já consegui cerca de 6 ou 7 segundos seguidos, quando acabei este exercício a terapeuta disse-me para sair das barras e fomos dar uma volta sem canadianas, saímos do ginásio pelo lado do pátio, desci o degrau apoiado na porta, seguimos pelo pátio até ao ginásio grande, lá dentro dei duas voltas ao Standing (máquina de verticalização), nas duas voltas precisei de me apoiar quando tinha dado a volta quase completa, depois saímos daquele ginásio, passámos a sala de espera e fomos até ao corredor grande, atravessamos-o todo a fazer um exercício, ia andando normalmente e depois a terapeuta ia-me mandando parar, raramente precisei de dar mais um passo para conseguir parar e nunca precisei de me apoiar, ao chegar a fundo a terapeuta foi buscar a bola para fazer-mos outro exercício, inicialmente era para driblar a bola, mas como ela estava um pouco vazia tinha de fazer muita forma para ela saltar e isso desequilibrava-me mais, por isso a terapeuta optou por me mandar fazer outro, segurar a bola com as duas mãos, esticar os dois braços para a frente e andar assim, fui conseguindo andar com a bola nas duas mãos, mas nunca consegui com os braços esticados, sempre que tentava perdia o equilíbrio e tinha de me apoiar na parede, por isso raramente os estiquei, quando chegámos ao fundo do corredor, que é também a parte mais larga, tive de atravessar de um lado para o outro da mesma forma, o risco era maior porque não tinha nada ao meu lado, mas a terapeuta estava ali, fui avançando devagar a consegui, a seguir tive de o passar para o outro lado, desta vez a terapeuta ficou para trás, a meio tive de parar porque estavam a passar com uma cadeira de rodas, depois avancei e consegui passar sem problemas, desta vez a dificuldades foram muito maiores porque estava completamente sozinho e tive aquela dificuldade no meio, foi excelente conseguir passar daquela forma, foi a primeira vez, a seguir fizemos novamente o corredor todo da mesma forma, sempre com a bola nas mãos, no fim a terapeuta agarrou a bola e fomos andando até ao ginásio, quando lá chegámos eu fui logo para o degrau que dá para o pátio, estive a tentar subi-lo sem me apoiar, nunca consegui, mas muitas das vezes o apoio que precisava era muito pequena, para conseguir só preciso de dar mais um pouco de impulso que é o mesmo que dizer, ganhar mais um pouco de confiança, para finalizar o meu treino fui até às barras, meti-me em cima da tábua de Freeman e estive a mandar a bola contra a parede, este exercício correu muito bem, consegui fazer excelentes séries e numa delas mandei a bola 18 vezes contra a parede sem me apoiar uma única vez, no fim deste exercício acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi muito diversificado, os exercícios são cada vez mais difíceis, mas tenho vindo a melhorar bastante. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
No dia de hoje dei continuidade ao último treino, voltei a fazer grande parte daqueles exercícios novos, os resultados foram melhores e pela primeira vez consegui fazer uma coisa.
Comecei por descer a rampa e fui até ao ginásio, a terapeuta disse-me logo para ir até às barras, agarrei na bola, coloquei-me perto da parede e estive a mandar a bola bem lá para cima, senti-me sempre muito equilibrado, de seguida fui buscar a tábua de Freeman, subi para cima dela e fui ficando a treinar o equilíbrio, consegui muito bem e entre cada vez que me tinha de apoiar nas barras passou quase sempre 1 minuto ou até mais, entretanto a terapeuta trouxe um degrau para eu subir para cima dele só com uma das próteses, apoiar-me só com uma mão nas barras e tentar aguentar o máximo que conseguia, só parei quando já me doíam as costas, a seguir tirei o degrau e estive a fazer outro exercício, juntei as pernas o máximo que conseguia e estive a dar um pequeno passo para a frente e para trás, este exercício correu muito bem, não me desequilibrava para a frente nem para trás, também estive a fazer um exercício com a bola, inclinar-me para frente com a bola nas mãos e os braços esticados, no início voltei a não conseguir e por isso voltei a agarrar-me com uma mão nas barras para começar a fazer o movimento na zona da cintura, o último exercício que fiz nas barras foi em cima da outra tábua de balanço, a que tem meia bola de madeira por baixo, hoje consegui aguentar mais tempo e mais vezes, ainda foram poucos segundos, mas já consegui cerca de 6 ou 7 segundos seguidos, quando acabei este exercício a terapeuta disse-me para sair das barras e fomos dar uma volta sem canadianas, saímos do ginásio pelo lado do pátio, desci o degrau apoiado na porta, seguimos pelo pátio até ao ginásio grande, lá dentro dei duas voltas ao Standing (máquina de verticalização), nas duas voltas precisei de me apoiar quando tinha dado a volta quase completa, depois saímos daquele ginásio, passámos a sala de espera e fomos até ao corredor grande, atravessamos-o todo a fazer um exercício, ia andando normalmente e depois a terapeuta ia-me mandando parar, raramente precisei de dar mais um passo para conseguir parar e nunca precisei de me apoiar, ao chegar a fundo a terapeuta foi buscar a bola para fazer-mos outro exercício, inicialmente era para driblar a bola, mas como ela estava um pouco vazia tinha de fazer muita forma para ela saltar e isso desequilibrava-me mais, por isso a terapeuta optou por me mandar fazer outro, segurar a bola com as duas mãos, esticar os dois braços para a frente e andar assim, fui conseguindo andar com a bola nas duas mãos, mas nunca consegui com os braços esticados, sempre que tentava perdia o equilíbrio e tinha de me apoiar na parede, por isso raramente os estiquei, quando chegámos ao fundo do corredor, que é também a parte mais larga, tive de atravessar de um lado para o outro da mesma forma, o risco era maior porque não tinha nada ao meu lado, mas a terapeuta estava ali, fui avançando devagar a consegui, a seguir tive de o passar para o outro lado, desta vez a terapeuta ficou para trás, a meio tive de parar porque estavam a passar com uma cadeira de rodas, depois avancei e consegui passar sem problemas, desta vez a dificuldades foram muito maiores porque estava completamente sozinho e tive aquela dificuldade no meio, foi excelente conseguir passar daquela forma, foi a primeira vez, a seguir fizemos novamente o corredor todo da mesma forma, sempre com a bola nas mãos, no fim a terapeuta agarrou a bola e fomos andando até ao ginásio, quando lá chegámos eu fui logo para o degrau que dá para o pátio, estive a tentar subi-lo sem me apoiar, nunca consegui, mas muitas das vezes o apoio que precisava era muito pequena, para conseguir só preciso de dar mais um pouco de impulso que é o mesmo que dizer, ganhar mais um pouco de confiança, para finalizar o meu treino fui até às barras, meti-me em cima da tábua de Freeman e estive a mandar a bola contra a parede, este exercício correu muito bem, consegui fazer excelentes séries e numa delas mandei a bola 18 vezes contra a parede sem me apoiar uma única vez, no fim deste exercício acabei o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, foi muito diversificado, os exercícios são cada vez mais difíceis, mas tenho vindo a melhorar bastante. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Fisioterapia 152º dia (22 - 08 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje começou mais uma semana de fisioterapia, tive um dia muito intenso e cheio de exercício novos.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, quando cheguei lá a pedaleira de braços estava ocupada e por isso fui para as barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio durante vários minutos, de seguida saí de cima dela e estive a fazer outro exercício ali nas barras, dar um passo em frente a parar de seguida, sempre sem me apoiar, fui conseguindo sem grandes problemas, raramente precisei de dar mais de um passo ou de me apoiar nas barras para me equilibrar, a seguir a terapeuta meteu-me a fazer algo muito mais difícil, trouxe outra tábua de balanço, esta tinha no meio metade de uma bola em madeira, ou seja, os desequilíbrios já não eram só para os lados, mas sim para todos, era muito complicado, a maioria das vezes desequilibrava-me para trás, tive de começar a perceber que tipo de músculos tinha de controlar para me conseguir equilibrar, no início nem 1 segundo conseguia aguentar sem me apoiar nas barras, aos poucos fui conseguindo melhorar, no entanto nunca consegui aguentar de 3 ou 4 segundos, de qualquer das formas já era bom, já não vinha tanto para trás e comecei a ficar com uma postura mais correcta, com as costas mais direitas, depois saí de cima dessa tábua de balanço e estive a fazer outro exercício, tinha de ficar parado, com a bola nas mãos e os braços esticados para a frente, a seguir tinha de me inclinar para a frente, com este exercício a terapeuta queria que eu ganhasse mais mobilidade na cintura pélvica, no início do exercício não conseguia nem um pouco, ou ia o corpo todo ou nada, tive de arranjar uma forma de ultrapassar isso, a solução foi inclinar-me inicialmente apoiado às barras e dessa forma "desbloquear" a articulação, passei a conseguir inclinar-me para a frente, no fim já conseguia fazer esse exercício e continuei a fazer até à visita médica.
No fim da visita médica fui até ao corredor grande com uma canadiana, ao chegar lá a terapeuta disse-me que ia buscar uma coisinha para mim, quando ela regressou até fiquei um pouco assustado, trouxe uma bola muito grande para fazer alguns exercícios com ela, no primeiro tive de me sentar em cima dela, sempre agarrado ao corrimão, destranquei o joelho direito com a mão e sentei-me devagar, a terapeuta estava nas minhas costas a segurar a bola, depois de me sentar tive de ir rodando para a esquerda e para a direita, acabou por ser fácil, para me levantar estiquei o joelho da prótese esquerda e subi normalmente, a seguir voltei-me a sentar, mas desta vez mais na ponta da bola, era mais complicado, voltei a fazer a mesma rotação para os dois lados e levantei-me, ainda me sentei mais duas ou três vezes, mas nessas vezes depois de me sentar tive de dar balanço para cima e para baixo até que no fim dava um impulso maior para me levantar, no fim desses exercícios estive a driblar a bola, como ela era muito grande tinha de dar passos muito mais pequenos, mas consegui sem grandes dificuldades, um pouco depois a terapeuta disse-me para parar a bola e rodar à volta dela, foi muito difícil, precisei que ela viesse para perto de mim para conseguir, a bola era muito instável, os passos eram muito pequenos e tinha receio de bater com a prótese direita na bola, desequilibrar-me e cair, nunca toquei na terapeuta e acabei por conseguir, voltei a fazer o corredor a driblar a bola e depois a terapeuta encostou a bola para eu andar sem apoios, fizemos o corredor todo, passámos na sala de espera do ginásio grande, atravessámos o ginásio, o pátio e no degrau para o nosso ginásio senti-me confiante para arriscar a fazer uma coisa, subir o degrau sem qualquer apoio, mas com a terapeuta ao pé de mim e a porta para me apoiar, tentei três vezes, mas acabei por não conseguir, ainda assim na última vez só precisei de um pequeno apoio na porta e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, nunca me sentei, fiz vários exercícios novos e quando acabei já estava bastante cansado das costas, mas foi um dia muito positivo. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje começou mais uma semana de fisioterapia, tive um dia muito intenso e cheio de exercício novos.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até ao ginásio, quando cheguei lá a pedaleira de braços estava ocupada e por isso fui para as barras, agarrei na tábua de Freemen e estive a treinar o equilíbrio durante vários minutos, de seguida saí de cima dela e estive a fazer outro exercício ali nas barras, dar um passo em frente a parar de seguida, sempre sem me apoiar, fui conseguindo sem grandes problemas, raramente precisei de dar mais de um passo ou de me apoiar nas barras para me equilibrar, a seguir a terapeuta meteu-me a fazer algo muito mais difícil, trouxe outra tábua de balanço, esta tinha no meio metade de uma bola em madeira, ou seja, os desequilíbrios já não eram só para os lados, mas sim para todos, era muito complicado, a maioria das vezes desequilibrava-me para trás, tive de começar a perceber que tipo de músculos tinha de controlar para me conseguir equilibrar, no início nem 1 segundo conseguia aguentar sem me apoiar nas barras, aos poucos fui conseguindo melhorar, no entanto nunca consegui aguentar de 3 ou 4 segundos, de qualquer das formas já era bom, já não vinha tanto para trás e comecei a ficar com uma postura mais correcta, com as costas mais direitas, depois saí de cima dessa tábua de balanço e estive a fazer outro exercício, tinha de ficar parado, com a bola nas mãos e os braços esticados para a frente, a seguir tinha de me inclinar para a frente, com este exercício a terapeuta queria que eu ganhasse mais mobilidade na cintura pélvica, no início do exercício não conseguia nem um pouco, ou ia o corpo todo ou nada, tive de arranjar uma forma de ultrapassar isso, a solução foi inclinar-me inicialmente apoiado às barras e dessa forma "desbloquear" a articulação, passei a conseguir inclinar-me para a frente, no fim já conseguia fazer esse exercício e continuei a fazer até à visita médica.
No fim da visita médica fui até ao corredor grande com uma canadiana, ao chegar lá a terapeuta disse-me que ia buscar uma coisinha para mim, quando ela regressou até fiquei um pouco assustado, trouxe uma bola muito grande para fazer alguns exercícios com ela, no primeiro tive de me sentar em cima dela, sempre agarrado ao corrimão, destranquei o joelho direito com a mão e sentei-me devagar, a terapeuta estava nas minhas costas a segurar a bola, depois de me sentar tive de ir rodando para a esquerda e para a direita, acabou por ser fácil, para me levantar estiquei o joelho da prótese esquerda e subi normalmente, a seguir voltei-me a sentar, mas desta vez mais na ponta da bola, era mais complicado, voltei a fazer a mesma rotação para os dois lados e levantei-me, ainda me sentei mais duas ou três vezes, mas nessas vezes depois de me sentar tive de dar balanço para cima e para baixo até que no fim dava um impulso maior para me levantar, no fim desses exercícios estive a driblar a bola, como ela era muito grande tinha de dar passos muito mais pequenos, mas consegui sem grandes dificuldades, um pouco depois a terapeuta disse-me para parar a bola e rodar à volta dela, foi muito difícil, precisei que ela viesse para perto de mim para conseguir, a bola era muito instável, os passos eram muito pequenos e tinha receio de bater com a prótese direita na bola, desequilibrar-me e cair, nunca toquei na terapeuta e acabei por conseguir, voltei a fazer o corredor a driblar a bola e depois a terapeuta encostou a bola para eu andar sem apoios, fizemos o corredor todo, passámos na sala de espera do ginásio grande, atravessámos o ginásio, o pátio e no degrau para o nosso ginásio senti-me confiante para arriscar a fazer uma coisa, subir o degrau sem qualquer apoio, mas com a terapeuta ao pé de mim e a porta para me apoiar, tentei três vezes, mas acabei por não conseguir, ainda assim na última vez só precisei de um pequeno apoio na porta e acabei por ali o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, nunca me sentei, fiz vários exercícios novos e quando acabei já estava bastante cansado das costas, mas foi um dia muito positivo. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
domingo, 21 de agosto de 2011
Fisioterapia 151º dia (19 - 08 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Esta semana de fisioterapia foi mais pequena, só tive fisioterapia duas vezes por causa do feriado, por isso hoje tive de aproveitar bem o dia, trabalhei bastante, fiz exercícios novos que foram muito puxados, mas que me iram ajudar a melhorar a minha marcha.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, hoje já puxei mais um pouco, meti a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas a um bom ritmo, a seguir agarrei numa canadiana, levantei-me e fui até ao pátio, a terapeuta tinha feito um circuito com os pinos e eu fiz-o duas vezes, depois fui até ao corredor grande, larguei a canadiana e estive por ali a andar sem apoios durante algum tempo, tive sempre a preocupação de tentar fazer os movimentos naturais com os braços, mas no início não foi nada fácil, passado um bocado agarrei na canadiana e fui até ao ginásio, ao chegar lá a terapeuta disse-me para ir até às barras e estivemos a fazer vários exercícios, no primeiro fui mandando a bola contra a parede e segurava-a de seguida, se estiver nas barras este exercício já começa a ser simples, de seguida a terapeuta disse-me para me virar para ela e fomos passando a bola um para o outro, fizemos passes de frente, de lado, por cima como se estivesse a fazer um lançamento no futebol, também fizemos passes com a bola a bater no chão, fomos sempre variando esse tipo de passes para que os meus movimentos para lançar a bola, segura-la e me equilibrar fossem bastante diversificados, a seguir fizemos outros exercícios novos e bastante complicados, juntei as duas próteses o máximo que conseguia, depois tinha de dar um pequeno passo para a frente (5 a 10cm centímetros) e a seguir voltava à posição inicial, tentando afastar as próteses o mínimo possível, para a frente se o passo fosse muito pequeno eu conseguia, mas para trás era muito difícil, raramente consegui sem me apoiar nas barras, o objectivo deste exercício é tentar fechar mais as próteses quando ando, de seguida fizemos mais dois exercícios muito cansativos, a terapeuta foi buscar um elástico e prendeu-o na próteses esquerda e nas barras, depois tive de abrir e fechar a perna, o esforço era bastante grande, mas fui conseguindo, a seguir virei-me de frente e tive de avançar e recuar a próteses, dando um passo em frente, o elástico fazia bastante força e no fim estava bastante cansado, quando acabei esses exercícios a terapeuta disse-me para sair das barras e fomos dar uma volta sem canadianas, saímos do ginásio virámos à direita e fomos andando pelos corredores, por vezes ela dizia-me para começar a andar mais depressa e para parar, fomos fazendo isso várias vezes até ao fundo do corredor grande, depois fizemos o caminho para o ginásio a fazer o mesmo exercício, quando chegámos ao ginásio voltei para as barras, desta vez para treinar o equilíbrio em cima da tábua de Freeman e fiquei por ali até ao fim do treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, muito cansativo e com exercícios novos que me vão ajudar bastante no futuro. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Esta semana de fisioterapia foi mais pequena, só tive fisioterapia duas vezes por causa do feriado, por isso hoje tive de aproveitar bem o dia, trabalhei bastante, fiz exercícios novos que foram muito puxados, mas que me iram ajudar a melhorar a minha marcha.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, hoje já puxei mais um pouco, meti a resistência nos 4,5 e fiz 1000 pedaladas a um bom ritmo, a seguir agarrei numa canadiana, levantei-me e fui até ao pátio, a terapeuta tinha feito um circuito com os pinos e eu fiz-o duas vezes, depois fui até ao corredor grande, larguei a canadiana e estive por ali a andar sem apoios durante algum tempo, tive sempre a preocupação de tentar fazer os movimentos naturais com os braços, mas no início não foi nada fácil, passado um bocado agarrei na canadiana e fui até ao ginásio, ao chegar lá a terapeuta disse-me para ir até às barras e estivemos a fazer vários exercícios, no primeiro fui mandando a bola contra a parede e segurava-a de seguida, se estiver nas barras este exercício já começa a ser simples, de seguida a terapeuta disse-me para me virar para ela e fomos passando a bola um para o outro, fizemos passes de frente, de lado, por cima como se estivesse a fazer um lançamento no futebol, também fizemos passes com a bola a bater no chão, fomos sempre variando esse tipo de passes para que os meus movimentos para lançar a bola, segura-la e me equilibrar fossem bastante diversificados, a seguir fizemos outros exercícios novos e bastante complicados, juntei as duas próteses o máximo que conseguia, depois tinha de dar um pequeno passo para a frente (5 a 10cm centímetros) e a seguir voltava à posição inicial, tentando afastar as próteses o mínimo possível, para a frente se o passo fosse muito pequeno eu conseguia, mas para trás era muito difícil, raramente consegui sem me apoiar nas barras, o objectivo deste exercício é tentar fechar mais as próteses quando ando, de seguida fizemos mais dois exercícios muito cansativos, a terapeuta foi buscar um elástico e prendeu-o na próteses esquerda e nas barras, depois tive de abrir e fechar a perna, o esforço era bastante grande, mas fui conseguindo, a seguir virei-me de frente e tive de avançar e recuar a próteses, dando um passo em frente, o elástico fazia bastante força e no fim estava bastante cansado, quando acabei esses exercícios a terapeuta disse-me para sair das barras e fomos dar uma volta sem canadianas, saímos do ginásio virámos à direita e fomos andando pelos corredores, por vezes ela dizia-me para começar a andar mais depressa e para parar, fomos fazendo isso várias vezes até ao fundo do corredor grande, depois fizemos o caminho para o ginásio a fazer o mesmo exercício, quando chegámos ao ginásio voltei para as barras, desta vez para treinar o equilíbrio em cima da tábua de Freeman e fiquei por ali até ao fim do treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, muito cansativo e com exercícios novos que me vão ajudar bastante no futuro. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Fisioterapia 150º dia (17 - 08 - 2011)
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Hoje foi o primeiro dia de fisioterapia depois das férias, estava um pouco apreensivo porque nas férias só andei um bocadinho sem canadianas (cerca de 10 metros) e não cheguei a andar só com uma, no entanto andei sempre em pisos muito mais irregulares durante as férias.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, como era o primeiro dia decidi começar mais devagar, coloquei a resistência ligeiramente acima do 4 e fiz 1000 pedaladas devagar, a seguir a terapeuta disse-me para ir até às barras e deu-me a bola para fazer alguns exercícios, no primeiro fui mandando a bola contra a parede, a seguir virei-me para a terapeuta e fomos passando a bola um para o outro, umas vezes por cima e outras a bater no chão, também me fui virando para apanhar a bola, a seguir a terapeuta disse-me para sair das barras sem as canadianas, nessa altura estava com algum receio, mas lá fui andando, saímos do ginásio, virámos à direita e fizemos os corredores até ao fundo, foi correndo bem e só precisei de me apoiar a partir do momento em que me fui distraindo a conversar com a terapeuta, a seguir entrámos para a sala de espera do outro ginásio e atravessámos-o, depois saímos para o pátio e fomos até ao corredor grande, ao chegar lá a terapeuta deu-me a bola e disse-me para ir andando enquanto a driblava, só atravessei o corredor uma vez, depois voltei para trás com a bola na mão, a seguir estive a andar ali no corredor, também sem apoios e a tentar fazer os movimentos naturais dos braços, de seguida fui com a terapeuta dar uma pequena volta sem canadianas, saímos do nosso pavilhão e subi a rampa apoiado na parede, lá em cima virámos à direita e descemos a rampa para o Pavilhão de Oftalmologia, no início tinha um corrimão para me apoiar, mas a seguir tive de passar para o outro lado da rampa para me poder apoiar na parede e descer encostado a ela, fui sempre com muito receio e muito devagar, mas consegui descer tudo, no fundo da rampa dei a volta e fiz o caminho inverso, subi sempre apoiado na parede e sem grandes dificuldades, depois para descer a outra rampa já foi mais fácil, já sabia qual era a melhor forma de descer e não tive problemas, a seguir entrámos no nosso pavilhão e fomos até ao ginásio, ao chegar lá fui até às marquesas e a terapeuta disse-me para dar uma volta completa sem me apoiar, quando estava mesmo no fim dessa volta só tinha de me encostar à marquesa, mas desequilibrei-me um pouco e tive de dar um passo em frente para me equilibrar, como "castigo" a terapeuta disse-me para dar outra volta, mas voltou a acontecer o mesmo no final, depois tive de me sentar na marquesa, mas sem canadianas não consigo, a terapeuta deu-me uma e fui tentando, primeiro com a canadiana na mão esquerda, mas não conseguia destrancar o joelho direito, depois com a canadiana na mão direita e consegui sentar-me, embora de uma forma um pouco brusca, voltei a levantar-me e na segunda vez que me sentei já foi mais suave, entretanto fiquei a descansar ali um pouco, passado um pouco e para terminar o treino, a terapeuta subio a marquesa até ao máximo e disse-me para me ir encostar à parede, tinha de por os pés um pouco para a frente, ficar encostado à parede e depois desencostar-me dela, a marquesa funcionava como segurança, sempre que ia para a frente apoiava-me nela, este exercício correu bem e com o fim dele acabou também o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, acabou por correr melhor do que estava à espera, agora é dar continuidade. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Hoje foi o primeiro dia de fisioterapia depois das férias, estava um pouco apreensivo porque nas férias só andei um bocadinho sem canadianas (cerca de 10 metros) e não cheguei a andar só com uma, no entanto andei sempre em pisos muito mais irregulares durante as férias.
Comecei o dia a descer a rampa e fui até à pedaleira de braços, como era o primeiro dia decidi começar mais devagar, coloquei a resistência ligeiramente acima do 4 e fiz 1000 pedaladas devagar, a seguir a terapeuta disse-me para ir até às barras e deu-me a bola para fazer alguns exercícios, no primeiro fui mandando a bola contra a parede, a seguir virei-me para a terapeuta e fomos passando a bola um para o outro, umas vezes por cima e outras a bater no chão, também me fui virando para apanhar a bola, a seguir a terapeuta disse-me para sair das barras sem as canadianas, nessa altura estava com algum receio, mas lá fui andando, saímos do ginásio, virámos à direita e fizemos os corredores até ao fundo, foi correndo bem e só precisei de me apoiar a partir do momento em que me fui distraindo a conversar com a terapeuta, a seguir entrámos para a sala de espera do outro ginásio e atravessámos-o, depois saímos para o pátio e fomos até ao corredor grande, ao chegar lá a terapeuta deu-me a bola e disse-me para ir andando enquanto a driblava, só atravessei o corredor uma vez, depois voltei para trás com a bola na mão, a seguir estive a andar ali no corredor, também sem apoios e a tentar fazer os movimentos naturais dos braços, de seguida fui com a terapeuta dar uma pequena volta sem canadianas, saímos do nosso pavilhão e subi a rampa apoiado na parede, lá em cima virámos à direita e descemos a rampa para o Pavilhão de Oftalmologia, no início tinha um corrimão para me apoiar, mas a seguir tive de passar para o outro lado da rampa para me poder apoiar na parede e descer encostado a ela, fui sempre com muito receio e muito devagar, mas consegui descer tudo, no fundo da rampa dei a volta e fiz o caminho inverso, subi sempre apoiado na parede e sem grandes dificuldades, depois para descer a outra rampa já foi mais fácil, já sabia qual era a melhor forma de descer e não tive problemas, a seguir entrámos no nosso pavilhão e fomos até ao ginásio, ao chegar lá fui até às marquesas e a terapeuta disse-me para dar uma volta completa sem me apoiar, quando estava mesmo no fim dessa volta só tinha de me encostar à marquesa, mas desequilibrei-me um pouco e tive de dar um passo em frente para me equilibrar, como "castigo" a terapeuta disse-me para dar outra volta, mas voltou a acontecer o mesmo no final, depois tive de me sentar na marquesa, mas sem canadianas não consigo, a terapeuta deu-me uma e fui tentando, primeiro com a canadiana na mão esquerda, mas não conseguia destrancar o joelho direito, depois com a canadiana na mão direita e consegui sentar-me, embora de uma forma um pouco brusca, voltei a levantar-me e na segunda vez que me sentei já foi mais suave, entretanto fiquei a descansar ali um pouco, passado um pouco e para terminar o treino, a terapeuta subio a marquesa até ao máximo e disse-me para me ir encostar à parede, tinha de por os pés um pouco para a frente, ficar encostado à parede e depois desencostar-me dela, a marquesa funcionava como segurança, sempre que ia para a frente apoiava-me nela, este exercício correu bem e com o fim dele acabou também o meu treino.
Foi assim o meu dia de fisioterapia, acabou por correr melhor do que estava à espera, agora é dar continuidade. Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Subida da escadaria da Nossa Senhora dos Remédios
Olá a todos os visitantes do "Biamputado".
Tal como tinha informado antes de ir de férias, na terça-feira dia 2 de Agosto ia subir a escadaria da Nossa Senhora dos Remédios em Lamego (Portugal), no total foram 565 degraus.
Tinha previsto demorar 4 horas para subir tudo, por isso fui bastante preparado a nível de alimentação e de bebidas para hidratar, ao todo levei: 4 bananas, cerca de 6 laranjas, umas 7 sandes com paté de atum e alguns chocolates, para beber levei 5 litros de água e 2 litros de uma bebida energética, também levei o meu relógio com o frequencímetro para controlar os batimentos cardíacos e as calorias perdidas em toda a subida.
Cheguei lá por volta das 6h da manhã, ainda era noite, estava fresco e quando me estava a preparar ainda caíram umas pingas de chuva, comi logo uma laranja para ter alguma energia rápida e comecei a subir às 6h16m, os primeiros degraus não foram fáceis, eram 7 e tive de os subir com duas canadianas porque não tinham corrimão, àquela hora ainda estava um pouco "enferrujado", a partir dali comecei a ter quase sempre um corrimão (à excepção dos primeiros degraus de cada patamar), quando cheguei às primeiras escadas com corrimão decidi subir pelo lado esquerdo, pensei que seria o mais fácil, mas não era, nos corrimões não dava para me agarrar, tive por isso de subir sempre com os joelhos trancados, em todos os outros corrimões subi pelo lado direito, já não precisava de me agarrar, apenas precisava de empurrar um pouco, assim era muito mais simples e mais rápido, no entanto também não dava para subir com o joelho destrancado, pelo meio da escadaria só necessitei de parar duas vezes para me alimentar e hidratar.
A subida acabou por ser muito mais rápida e mais simples do que tinha pensado, subi todos os degraus em 1h46m, só precisei de beber cerca de 0,5L de sumo energético, comi duas laranjas e uma sandes, os batimentos cardíacos no máximo chegaram aos 120 BTM, ainda assim até me sentar no carro gastei 1164Kcal.
Esta subida foi muito gratificante, consegui subir o que muitos pensavam ser impossível e consegui demonstrar mais uma vez que é possível voltar a fazer tudo.
Deixo-vos aqui uma amostra (10m) em vídeo para que possam assistir a parte da subida.
Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
Tal como tinha informado antes de ir de férias, na terça-feira dia 2 de Agosto ia subir a escadaria da Nossa Senhora dos Remédios em Lamego (Portugal), no total foram 565 degraus.
Tinha previsto demorar 4 horas para subir tudo, por isso fui bastante preparado a nível de alimentação e de bebidas para hidratar, ao todo levei: 4 bananas, cerca de 6 laranjas, umas 7 sandes com paté de atum e alguns chocolates, para beber levei 5 litros de água e 2 litros de uma bebida energética, também levei o meu relógio com o frequencímetro para controlar os batimentos cardíacos e as calorias perdidas em toda a subida.
Cheguei lá por volta das 6h da manhã, ainda era noite, estava fresco e quando me estava a preparar ainda caíram umas pingas de chuva, comi logo uma laranja para ter alguma energia rápida e comecei a subir às 6h16m, os primeiros degraus não foram fáceis, eram 7 e tive de os subir com duas canadianas porque não tinham corrimão, àquela hora ainda estava um pouco "enferrujado", a partir dali comecei a ter quase sempre um corrimão (à excepção dos primeiros degraus de cada patamar), quando cheguei às primeiras escadas com corrimão decidi subir pelo lado esquerdo, pensei que seria o mais fácil, mas não era, nos corrimões não dava para me agarrar, tive por isso de subir sempre com os joelhos trancados, em todos os outros corrimões subi pelo lado direito, já não precisava de me agarrar, apenas precisava de empurrar um pouco, assim era muito mais simples e mais rápido, no entanto também não dava para subir com o joelho destrancado, pelo meio da escadaria só necessitei de parar duas vezes para me alimentar e hidratar.
A subida acabou por ser muito mais rápida e mais simples do que tinha pensado, subi todos os degraus em 1h46m, só precisei de beber cerca de 0,5L de sumo energético, comi duas laranjas e uma sandes, os batimentos cardíacos no máximo chegaram aos 120 BTM, ainda assim até me sentar no carro gastei 1164Kcal.
Esta subida foi muito gratificante, consegui subir o que muitos pensavam ser impossível e consegui demonstrar mais uma vez que é possível voltar a fazer tudo.
Deixo-vos aqui uma amostra (10m) em vídeo para que possam assistir a parte da subida.
Muito obrigado a todos.
Norberto Mourão
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